Desafios da cooperação interestadual no federalismo brasileiro: o consórcio de desenvolvimento sustentável do Nordeste

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Medeiros, Fernando Conde
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10438/32173
Resumo: A trajetória das relações intergovernamentais foi fortemente impactada pelo arcabouço institucional decorrente da Constituição de 1988, inaugurando uma nova fase do federalismo brasileiro. Quanto às relações horizontais envolvendo os governos locais, muito se tem publicado no Brasil sobre Consórcios Intermunicipais, principalmente após a publicação da Lei federal nº 11.107, de 6 de abril de 2005, que veio regulamentar essa previsão constitucional. Vislumbra-se que a literatura tem deixado a discussão sobre arranjos interestaduais em uma posição minoritária na reflexão acadêmica e priorizado o estudo da dimensão vertical da coordenação/cooperação bem como da dimensão horizontal referente à articulação entre os governos locais. Nesse contexto, foi analisado um modelo de relação intergovernamental horizontal mais recentemente adotado pelos entes federados estaduais: o Consórcio Público Interestadual, tendo por objeto de estudo o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste. O principal objetivo da pesquisa foi buscar as motivações para criação desse arranjo institucional interfederativo, com a participação exclusiva de entes estaduais, e de que modo essa articulação horizontal, por intermédio de sua governança, resolveu questões relacionadas à coordenação, autonomia e cooperação. Em linhas gerais considera-se que o arranjo de governança estabelecido pelo Consórcio tem cumprido o papel de articulação e coordenação das ações consorciadas entre os Estados envolvidos e apresentam-se os indicativos das principais motivações para a sua criação. São também apresentadas três dimensões analíticas interligadas que tendem a explicar a institucionalização do Consórcio: falência do modelo de desenvolvimento regional para o Nordeste, aprendizado incremental dos estados na implementação de ações cooperativas e a instalação de uma crise federativa no Brasil, a partir de 2019, quando da formação de um novo governo no nível federal. Foi realizada análise documental, utilizando-se de informações constantes no sítio eletrônico oficial do Consórcio, documentos oficialmente divulgados pela autarquia interestadual, reportagens jornalísticas e dados oficiais produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE. Como complemento, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com integrantes do Consórcio, ocupantes de posições nos três níveis de seu arranjo de Governança. Necessário esclarecer que este estudo não trata sobre avaliação de resultado ou desempenho do referido Consórcio, nem cuida de definir e/ou mensurar qualquer tipo de indicador de desempenho.
id FGV_f492f09f1a5daa0f604e4840818991a6
oai_identifier_str oai:repositorio.fgv.br:10438/32173
network_acronym_str FGV
network_name_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
repository_id_str 3974
spelling Medeiros, Fernando CondeEscolas::EPPGGrin, Eduardo JoséSegatto, Catarina IanniAbrucio, Fernando Luiz2022-06-28T19:51:54Z2022-06-28T19:51:54Z2022-06-02https://hdl.handle.net/10438/32173A trajetória das relações intergovernamentais foi fortemente impactada pelo arcabouço institucional decorrente da Constituição de 1988, inaugurando uma nova fase do federalismo brasileiro. Quanto às relações horizontais envolvendo os governos locais, muito se tem publicado no Brasil sobre Consórcios Intermunicipais, principalmente após a publicação da Lei federal nº 11.107, de 6 de abril de 2005, que veio regulamentar essa previsão constitucional. Vislumbra-se que a literatura tem deixado a discussão sobre arranjos interestaduais em uma posição minoritária na reflexão acadêmica e priorizado o estudo da dimensão vertical da coordenação/cooperação bem como da dimensão horizontal referente à articulação entre os governos locais. Nesse contexto, foi analisado um modelo de relação intergovernamental horizontal mais recentemente adotado pelos entes federados estaduais: o Consórcio Público Interestadual, tendo por objeto de estudo o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste. O principal objetivo da pesquisa foi buscar as motivações para criação desse arranjo institucional interfederativo, com a participação exclusiva de entes estaduais, e de que modo essa articulação horizontal, por intermédio de sua governança, resolveu questões relacionadas à coordenação, autonomia e cooperação. Em linhas gerais considera-se que o arranjo de governança estabelecido pelo Consórcio tem cumprido o papel de articulação e coordenação das ações consorciadas entre os Estados envolvidos e apresentam-se os indicativos das principais motivações para a sua criação. São também apresentadas três dimensões analíticas interligadas que tendem a explicar a institucionalização do Consórcio: falência do modelo de desenvolvimento regional para o Nordeste, aprendizado incremental dos estados na implementação de ações cooperativas e a instalação de uma crise federativa no Brasil, a partir de 2019, quando da formação de um novo governo no nível federal. Foi realizada análise documental, utilizando-se de informações constantes no sítio eletrônico oficial do Consórcio, documentos oficialmente divulgados pela autarquia interestadual, reportagens jornalísticas e dados oficiais produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE. Como complemento, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com integrantes do Consórcio, ocupantes de posições nos três níveis de seu arranjo de Governança. Necessário esclarecer que este estudo não trata sobre avaliação de resultado ou desempenho do referido Consórcio, nem cuida de definir e/ou mensurar qualquer tipo de indicador de desempenho.The trajectory of intergovernmental relations was strongly impacted by the institutional framework resulting from the 1988 Constitution, inaugurating a new phase of Brazilian federalism. As for horizontal relations involving local governments, much has been published in Brazil on Intermunicipal Consortia, especially after the publication of Federal Law 11.107 of April 6, 2005, which regulated this constitutional provision. We can see that the literature has left the discussion about interstate arrangements in a minority position in academic reflection and has prioritized the study of the vertical dimension of coordination/cooperation as well as the horizontal dimension referring to the articulation between local governments. In this context, a model of horizontal intergovernmental relationship more recently adopted by the state federal entities was analyzed: the Interstate Public Consortium, with the Northeast Interstate Sustainable Development Consortium as the object of study. The main objective of the research was to seek the main motivations for creating this interfederative institutional arrangement, with the exclusive participation of state entities, and how this horizontal articulation, through its governance, solved issues related to coordination, autonomy and cooperation. In general terms, it is considered that the governance arrangement established by the Consortium has fulfilled the role of articulation and coordination of consortium actions among the States involved, and the indicatives of the main motivations for its creation are presented. Three interconnected analytical dimensions that tend to explain the institutionalization of the Consortium are also presented: failure of the regional development model for the Northeast, incremental learning of the states in the implementation of cooperative actions, and the installation of a federative crisis in Brazil, starting in 2019, when a new government will be formed at the federal level. A documental analysis was carried out, using the information contained in the Consortium's official website, documents officially released by the interstate autarchy, newspaper reports, and official data produced by the Brazilian Institute of Geography and Statistics-IBGE. As a complement, semi-structured interviews were carried out with Consortium members, occupying positions in the three levels of its Governance arrangement. It is necessary to clarify that this study does not deal with the evaluation of results or performance of the Consortium, nor does it attempt to define and/or measure any kind of performance indicator.porFederalismoRelações intergovernamentaisCooperação interestadualConsórcio públicoFederalismIntergovernmental relationsInterstate cooperationPublic consortiumPublic consortiumAdministração públicaFederalismo - BrasilRelações interestaduaisConsórciosBrasil. [Lei n. 11.107, de 6 de abril de 2005]Administração pública - BrasilDesafios da cooperação interestadual no federalismo brasileiro: o consórcio de desenvolvimento sustentável do Nordesteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVORIGINALVF_27 06 2022_DISSERTAÇÃO MPPG - Fernando Conde Medeiros.pdfVF_27 06 2022_DISSERTAÇÃO MPPG - Fernando Conde Medeiros.pdfPDFapplication/pdf1019298https://repositorio.fgv.br/bitstreams/161022fa-3b39-43a2-ae74-d0d1cd1e0dab/downloadb29662375c77db7dc75cef3bc0d0a2e7MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-84707https://repositorio.fgv.br/bitstreams/0202cfef-43cc-4632-ae92-9106491aee67/downloaddfb340242cced38a6cca06c627998fa1MD54TEXTVF_27 06 2022_DISSERTAÇÃO MPPG - Fernando Conde Medeiros.pdf.txtVF_27 06 2022_DISSERTAÇÃO MPPG - Fernando Conde Medeiros.pdf.txtExtracted texttext/plain103387https://repositorio.fgv.br/bitstreams/29534152-0d31-4249-8f46-77d66325baf9/downloada1ed9141817a0c1e661ee0ab894cec29MD57THUMBNAILVF_27 06 2022_DISSERTAÇÃO MPPG - Fernando Conde Medeiros.pdf.jpgVF_27 06 2022_DISSERTAÇÃO MPPG - Fernando Conde Medeiros.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2576https://repositorio.fgv.br/bitstreams/2576b474-c2e2-426f-bb1a-af74d0bcf913/download5a7c343597774000f7e0f7a26afdbb4eMD5810438/321732023-11-25 23:16:35.871open.accessoai:repositorio.fgv.br:10438/32173https://repositorio.fgv.brRepositório InstitucionalPRIhttp://bibliotecadigital.fgv.br/dspace-oai/requestopendoar:39742023-11-25T23:16:35Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)falseVEVSTU9TIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gUEFSQSBBUlFVSVZBTUVOVE8sIFJFUFJPRFXDh8ODTyBFIERJVlVMR0HDh8ODTwpQw5pCTElDQSBERSBDT05URcOaRE8gw4AgQklCTElPVEVDQSBWSVJUVUFMIEZHViAodmVyc8OjbyAxLjIpCgoxLiBWb2PDqiwgdXN1w6FyaW8tZGVwb3NpdGFudGUgZGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgYXNzZWd1cmEsIG5vCnByZXNlbnRlIGF0bywgcXVlIMOpIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhdHJpbW9uaWFpcyBlL291CmRpcmVpdG9zIGNvbmV4b3MgcmVmZXJlbnRlcyDDoCB0b3RhbGlkYWRlIGRhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW0KZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBiZW0gY29tbyBkZSBzZXVzIGNvbXBvbmVudGVzIG1lbm9yZXMsIGVtIHNlIHRyYXRhbmRvCmRlIG9icmEgY29sZXRpdmEsIGNvbmZvcm1lIG8gcHJlY2VpdHVhZG8gcGVsYSBMZWkgOS42MTAvOTggZS9vdSBMZWkKOS42MDkvOTguIE7Do28gc2VuZG8gZXN0ZSBvIGNhc28sIHZvY8OqIGFzc2VndXJhIHRlciBvYnRpZG8sIGRpcmV0YW1lbnRlCmRvcyBkZXZpZG9zIHRpdHVsYXJlcywgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGUgZXhwcmVzc2EgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCmRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBPYnJhLCBhYnJhbmdlbmRvIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGUgY29uZXhvcwphZmV0YWRvcyBwZWxhIGFzc2luYXR1cmEgZG9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50bywgZGUKbW9kbyBhIGVmZXRpdmFtZW50ZSBpc2VudGFyIGEgRnVuZGHDp8OjbyBHZXR1bGlvIFZhcmdhcyBlIHNldXMKZnVuY2lvbsOhcmlvcyBkZSBxdWFscXVlciByZXNwb25zYWJpbGlkYWRlIHBlbG8gdXNvIG7Do28tYXV0b3JpemFkbyBkbwptYXRlcmlhbCBkZXBvc2l0YWRvLCBzZWphIGVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLCBzZWphCmVtIHZpbmN1bGHDp8OjbyBhIHF1YWlzcXVlciBzZXJ2acOnb3MgZGUgYnVzY2EgZSBkaXN0cmlidWnDp8OjbyBkZSBjb250ZcO6ZG8KcXVlIGZhw6dhbSB1c28gZGFzIGludGVyZmFjZXMgZSBlc3Bhw6dvIGRlIGFybWF6ZW5hbWVudG8gcHJvdmlkZW5jaWFkb3MKcGVsYSBGdW5kYcOnw6NvIEdldHVsaW8gVmFyZ2FzIHBvciBtZWlvIGRlIHNldXMgc2lzdGVtYXMgaW5mb3JtYXRpemFkb3MuCgoyLiBBIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGEgbGljZW7Dp2EgdGVtIGNvbW8gY29uc2Vxw7zDqm5jaWEgYSB0cmFuc2ZlcsOqbmNpYSwgYQp0w610dWxvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGUgbsOjby1vbmVyb3NvLCBpc2VudGEgZG8gcGFnYW1lbnRvIGRlIHJveWFsdGllcwpvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBjb250cmFwcmVzdGHDp8OjbywgcGVjdW5pw6FyaWEgb3UgbsOjbywgw6AgRnVuZGHDp8OjbwpHZXR1bGlvIFZhcmdhcywgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGFybWF6ZW5hciBkaWdpdGFsbWVudGUsIHJlcHJvZHV6aXIgZQpkaXN0cmlidWlyIG5hY2lvbmFsIGUgaW50ZXJuYWNpb25hbG1lbnRlIGEgT2JyYSwgaW5jbHVpbmRvLXNlIG8gc2V1CnJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCwgcG9yIG1laW9zIGVsZXRyw7RuaWNvcywgbm8gc2l0ZSBkYSBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwKRkdWLCBhbyBww7pibGljbyBlbSBnZXJhbCwgZW0gcmVnaW1lIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCgozLiBBIHByZXNlbnRlIGxpY2Vuw6dhIHRhbWLDqW0gYWJyYW5nZSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcwpubyBpdGVtIDIsIHN1cHJhLCBxdWFscXVlciBkaXJlaXRvIGRlIGNvbXVuaWNhw6fDo28gYW8gcMO6YmxpY28gY2Fiw612ZWwKZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvcyB1c29zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AKcmVwcmVzZW50YcOnw6NvIHDDumJsaWNhIGUvb3UgZXhlY3XDp8OjbyBww7pibGljYSwgYmVtIGNvbW8gcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEKbW9kYWxpZGFkZSBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIHF1ZSBleGlzdGEgb3UgdmVuaGEgYSBleGlzdGlyLApub3MgdGVybW9zIGRvIGFydGlnbyA2OCBlIHNlZ3VpbnRlcyBkYSBMZWkgOS42MTAvOTgsIG5hIGV4dGVuc8OjbyBxdWUKZm9yIGFwbGljw6F2ZWwgYW9zIHNlcnZpw6dvcyBwcmVzdGFkb3MgYW8gcMO6YmxpY28gcGVsYSBCaWJsaW90ZWNhClZpcnR1YWwgRkdWLgoKNC4gRXN0YSBsaWNlbsOnYSBhYnJhbmdlLCBhaW5kYSwgbm9zIG1lc21vcyB0ZXJtb3MgZXN0YWJlbGVjaWRvcyBubwppdGVtIDIsIHN1cHJhLCB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIGRlIGFydGlzdGFzIGludMOpcnByZXRlcyBvdQpleGVjdXRhbnRlcywgcHJvZHV0b3JlcyBmb25vZ3LDoWZpY29zIG91IGVtcHJlc2FzIGRlIHJhZGlvZGlmdXPDo28gcXVlCmV2ZW50dWFsbWVudGUgc2VqYW0gYXBsaWPDoXZlaXMgZW0gcmVsYcOnw6NvIMOgIG9icmEgZGVwb3NpdGFkYSwgZW0KY29uZm9ybWlkYWRlIGNvbSBvIHJlZ2ltZSBmaXhhZG8gbm8gVMOtdHVsbyBWIGRhIExlaSA5LjYxMC85OC4KCjUuIFNlIGEgT2JyYSBkZXBvc2l0YWRhIGZvaSBvdSDDqSBvYmpldG8gZGUgZmluYW5jaWFtZW50byBwb3IKaW5zdGl0dWnDp8O1ZXMgZGUgZm9tZW50byDDoCBwZXNxdWlzYSBvdSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBzZW1lbGhhbnRlLCB2b2PDqgpvdSBvIHRpdHVsYXIgYXNzZWd1cmEgcXVlIGN1bXByaXUgdG9kYXMgYXMgb2JyaWdhw6fDtWVzIHF1ZSBsaGUgZm9yYW0KaW1wb3N0YXMgcGVsYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIGZpbmFuY2lhZG9yYSBlbSByYXrDo28gZG8gZmluYW5jaWFtZW50bywgZQpxdWUgbsOjbyBlc3TDoSBjb250cmFyaWFuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzcG9zacOnw6NvIGNvbnRyYXR1YWwgcmVmZXJlbnRlIMOgCnB1YmxpY2HDp8OjbyBkbyBjb250ZcO6ZG8gb3JhIHN1Ym1ldGlkbyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLgoKNi4gQ2FzbyBhIE9icmEgb3JhIGRlcG9zaXRhZGEgZW5jb250cmUtc2UgbGljZW5jaWFkYSBzb2IgdW1hIGxpY2Vuw6dhCkNyZWF0aXZlIENvbW1vbnMgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBzb2IgYSBsaWNlbsOnYSBHTlUgRnJlZQpEb2N1bWVudGF0aW9uIExpY2Vuc2UgKHF1YWxxdWVyIHZlcnPDo28pLCBvdSBvdXRyYSBsaWNlbsOnYSBxdWFsaWZpY2FkYQpjb21vIGxpdnJlIHNlZ3VuZG8gb3MgY3JpdMOpcmlvcyBkYSBEZWZpbml0aW9uIG9mIEZyZWUgQ3VsdHVyYWwgV29ya3MKKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vZnJlZWRvbWRlZmluZWQub3JnL0RlZmluaXRpb24pIG91IEZyZWUgU29mdHdhcmUKRGVmaW5pdGlvbiAoZGlzcG9uw612ZWwgZW06IGh0dHA6Ly93d3cuZ251Lm9yZy9waGlsb3NvcGh5L2ZyZWUtc3cuaHRtbCksIApvIGFycXVpdm8gcmVmZXJlbnRlIMOgIE9icmEgZGV2ZSBpbmRpY2FyIGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBlbQpjb250ZcO6ZG8gbGVnw612ZWwgcG9yIHNlcmVzIGh1bWFub3MgZSwgc2UgcG9zc8OtdmVsLCB0YW1iw6ltIGVtIG1ldGFkYWRvcwpsZWfDrXZlaXMgcG9yIG3DoXF1aW5hLiBBIGluZGljYcOnw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZGV2ZSBzZXIKYWNvbXBhbmhhZGEgZGUgdW0gbGluayBwYXJhIG9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIG91IHN1YSBjw7NwaWEKaW50ZWdyYWwuCgoKQW8gY29uY2x1aXIgYSBwcmVzZW50ZSBldGFwYSBlIGFzIGV0YXBhcyBzdWJzZXHDvGVudGVzIGRvIHByb2Nlc3NvIGRlCnN1Ym1pc3PDo28gZGUgYXJxdWl2b3Mgw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgdm9jw6ogYXRlc3RhIHF1ZSBsZXUgZQpjb25jb3JkYSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIGNvbSBvcyB0ZXJtb3MgYWNpbWEgZGVsaW1pdGFkb3MsIGFzc2luYW5kby1vcwpzZW0gZmF6ZXIgcXVhbHF1ZXIgcmVzZXJ2YSBlIG5vdmFtZW50ZSBjb25maXJtYW5kbyBxdWUgY3VtcHJlIG9zCnJlcXVpc2l0b3MgaW5kaWNhZG9zIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEuCgpIYXZlbmRvIHF1YWxxdWVyIGRpc2NvcmTDom5jaWEgZW0gcmVsYcOnw6NvIGFvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIG91IG7Do28Kc2UgdmVyaWZpY2FuZG8gbyBleGlnaWRvIG5vIGl0ZW0gMSwgc3VwcmEsIHZvY8OqIGRldmUgaW50ZXJyb21wZXIKaW1lZGlhdGFtZW50ZSBvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3PDo28uIEEgY29udGludWlkYWRlIGRvIHByb2Nlc3NvCmVxdWl2YWxlIMOgIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb20gdG9kYXMgYXMgY29uc2Vxw7zDqm5jaWFzIG5lbGUKcHJldmlzdGFzLCBzdWplaXRhbmRvLXNlIG8gc2lnbmF0w6FyaW8gYSBzYW7Dp8O1ZXMgY2l2aXMgZSBjcmltaW5haXMgY2Fzbwpuw6NvIHNlamEgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGF0cmltb25pYWlzIGUvb3UgY29uZXhvcwphcGxpY8OhdmVpcyDDoCBPYnJhIGRlcG9zaXRhZGEgZHVyYW50ZSBlc3RlIHByb2Nlc3NvLCBvdSBjYXNvIG7Do28gdGVuaGEKb2J0aWRvIHByw6l2aWEgZSBleHByZXNzYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIHRpdHVsYXIgcGFyYSBvIGRlcMOzc2l0byBlCnRvZG9zIG9zIHVzb3MgZGEgT2JyYSBlbnZvbHZpZG9zLgoKClBhcmEgYSBzb2x1w6fDo28gZGUgcXVhbHF1ZXIgZMO6dmlkYSBxdWFudG8gYW9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIGUKbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLCBjbGlxdWUgbm8gbGluayAiRmFsZSBjb25vc2NvIi4K
dc.title.por.fl_str_mv Desafios da cooperação interestadual no federalismo brasileiro: o consórcio de desenvolvimento sustentável do Nordeste
title Desafios da cooperação interestadual no federalismo brasileiro: o consórcio de desenvolvimento sustentável do Nordeste
spellingShingle Desafios da cooperação interestadual no federalismo brasileiro: o consórcio de desenvolvimento sustentável do Nordeste
Medeiros, Fernando Conde
Federalismo
Relações intergovernamentais
Cooperação interestadual
Consórcio público
Federalism
Intergovernmental relations
Interstate cooperation
Public consortium
Public consortium
Administração pública
Federalismo - Brasil
Relações interestaduais
Consórcios
Brasil. [Lei n. 11.107, de 6 de abril de 2005]
Administração pública - Brasil
title_short Desafios da cooperação interestadual no federalismo brasileiro: o consórcio de desenvolvimento sustentável do Nordeste
title_full Desafios da cooperação interestadual no federalismo brasileiro: o consórcio de desenvolvimento sustentável do Nordeste
title_fullStr Desafios da cooperação interestadual no federalismo brasileiro: o consórcio de desenvolvimento sustentável do Nordeste
title_full_unstemmed Desafios da cooperação interestadual no federalismo brasileiro: o consórcio de desenvolvimento sustentável do Nordeste
title_sort Desafios da cooperação interestadual no federalismo brasileiro: o consórcio de desenvolvimento sustentável do Nordeste
author Medeiros, Fernando Conde
author_facet Medeiros, Fernando Conde
author_role author
dc.contributor.unidadefgv.por.fl_str_mv Escolas::EPPG
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Grin, Eduardo José
Segatto, Catarina Ianni
dc.contributor.author.fl_str_mv Medeiros, Fernando Conde
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Abrucio, Fernando Luiz
contributor_str_mv Abrucio, Fernando Luiz
dc.subject.por.fl_str_mv Federalismo
Relações intergovernamentais
Cooperação interestadual
Consórcio público
topic Federalismo
Relações intergovernamentais
Cooperação interestadual
Consórcio público
Federalism
Intergovernmental relations
Interstate cooperation
Public consortium
Public consortium
Administração pública
Federalismo - Brasil
Relações interestaduais
Consórcios
Brasil. [Lei n. 11.107, de 6 de abril de 2005]
Administração pública - Brasil
dc.subject.eng.fl_str_mv Federalism
Intergovernmental relations
Interstate cooperation
Public consortium
Public consortium
dc.subject.area.por.fl_str_mv Administração pública
dc.subject.bibliodata.por.fl_str_mv Federalismo - Brasil
Relações interestaduais
Consórcios
Brasil. [Lei n. 11.107, de 6 de abril de 2005]
Administração pública - Brasil
description A trajetória das relações intergovernamentais foi fortemente impactada pelo arcabouço institucional decorrente da Constituição de 1988, inaugurando uma nova fase do federalismo brasileiro. Quanto às relações horizontais envolvendo os governos locais, muito se tem publicado no Brasil sobre Consórcios Intermunicipais, principalmente após a publicação da Lei federal nº 11.107, de 6 de abril de 2005, que veio regulamentar essa previsão constitucional. Vislumbra-se que a literatura tem deixado a discussão sobre arranjos interestaduais em uma posição minoritária na reflexão acadêmica e priorizado o estudo da dimensão vertical da coordenação/cooperação bem como da dimensão horizontal referente à articulação entre os governos locais. Nesse contexto, foi analisado um modelo de relação intergovernamental horizontal mais recentemente adotado pelos entes federados estaduais: o Consórcio Público Interestadual, tendo por objeto de estudo o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste. O principal objetivo da pesquisa foi buscar as motivações para criação desse arranjo institucional interfederativo, com a participação exclusiva de entes estaduais, e de que modo essa articulação horizontal, por intermédio de sua governança, resolveu questões relacionadas à coordenação, autonomia e cooperação. Em linhas gerais considera-se que o arranjo de governança estabelecido pelo Consórcio tem cumprido o papel de articulação e coordenação das ações consorciadas entre os Estados envolvidos e apresentam-se os indicativos das principais motivações para a sua criação. São também apresentadas três dimensões analíticas interligadas que tendem a explicar a institucionalização do Consórcio: falência do modelo de desenvolvimento regional para o Nordeste, aprendizado incremental dos estados na implementação de ações cooperativas e a instalação de uma crise federativa no Brasil, a partir de 2019, quando da formação de um novo governo no nível federal. Foi realizada análise documental, utilizando-se de informações constantes no sítio eletrônico oficial do Consórcio, documentos oficialmente divulgados pela autarquia interestadual, reportagens jornalísticas e dados oficiais produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE. Como complemento, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com integrantes do Consórcio, ocupantes de posições nos três níveis de seu arranjo de Governança. Necessário esclarecer que este estudo não trata sobre avaliação de resultado ou desempenho do referido Consórcio, nem cuida de definir e/ou mensurar qualquer tipo de indicador de desempenho.
publishDate 2022
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-06-28T19:51:54Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-06-28T19:51:54Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-06-02
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/10438/32173
url https://hdl.handle.net/10438/32173
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron:FGV
instname_str Fundação Getulio Vargas (FGV)
instacron_str FGV
institution FGV
reponame_str Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
collection Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.fgv.br/bitstreams/161022fa-3b39-43a2-ae74-d0d1cd1e0dab/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/0202cfef-43cc-4632-ae92-9106491aee67/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/29534152-0d31-4249-8f46-77d66325baf9/download
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/2576b474-c2e2-426f-bb1a-af74d0bcf913/download
bitstream.checksum.fl_str_mv b29662375c77db7dc75cef3bc0d0a2e7
dfb340242cced38a6cca06c627998fa1
a1ed9141817a0c1e661ee0ab894cec29
5a7c343597774000f7e0f7a26afdbb4e
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1813797823104155648