Imposto sobre grandes fortunas: efeitos positivos e negativos de um tributo com essas características
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/10438/34659 |
Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo analisar o imposto sobre grandes fortunas em sua base constitucional e tentar antever os efeitos positivos e negativos, caso um tributo com essas características, venha a ser implantado no Brasil. Partindo da complexidade do sistema tributário em que seria inserido e da realidade política atual, a discussão sobre a instituição do imposto sobre grandes fortunas – IGF – sofreria grande resistência, haja vista que a imprensa institucional e os super-ricos do Brasil tomaram como verdade absoluta que a criação de uma exação dessa natureza levaria, necessariamente, à fuga de capitais e, com isso, à acentuação da crise econômica que o país enfrenta desde meados da década de setenta.Em sentido oposto, este estudo vai demonstrar que a criação do Imposto sobre GrandesFortunas – IGF –, com uma alíquota que busque a neutralidade econômica, ou seja, baixa e progressiva, sobre um montante de riqueza líquida acrescida ao final de cada exercíciofinanceiro, pode cumprir seu papel constitucional de promover justiça tributária, primando pelo princípio da capacidade contributiva, sem onerar demasiadamente o contribuinte. Se assim forfeito, haverá pouco estímulo para a imigração de capitais.Além disso, o estudo demonstra que a criação do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), sem outras mudanças no sistema tributário brasileiro para tornálo menos regressivo, nãoserá capaz de promover mudança significativa na desigualdade social. Por isso, sugerem-se como medidas complementares a imposição do novo tributo: (i) elevar as alíquotas do imposto de renda dos contribuintes super-ricos; (ii) tributar dividendos;instituir um tributo com alíquota baixa para incidir sobre o acréscimo positivo de valor dosativos mobiliários que não foram transferidos ou liquidados até o final do exercício financeiro;tornar mais progressivo o imposto sobre herança e doação entre vivos com o escopo de isentar mais o contribuinte de classe média e cobrar mais dos ricos e super-ricos; (v) elevar a alíquota do imposto sobre propriedade rural e mudar sua base de cálculo para valor venal do bem; (vi) combater a contratação de profissionais por meio de pessoa jurídica com única finalidade de diminuir os encargos fiscais, conhecida no Brasil como “pejotização”; e (vii) reduzir as possibilidades de criação de holdings com finalidade exclusivamente de preservação patrimonial. |
id |
FGV_f513fce5aa6ba8ead93655ffcdeda112 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.fgv.br:10438/34659 |
network_acronym_str |
FGV |
network_name_str |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
repository_id_str |
3974 |
spelling |
Sousa, Pedro Neto Lopes deEscolas::EAESPAndrade, José Maria Arruda dePires, Manoel Carlos de CastroMarconi, Nelson2023-12-22T18:47:27Z2023-12-22T18:47:27Z2023-11-14https://hdl.handle.net/10438/34659O presente trabalho tem como objetivo analisar o imposto sobre grandes fortunas em sua base constitucional e tentar antever os efeitos positivos e negativos, caso um tributo com essas características, venha a ser implantado no Brasil. Partindo da complexidade do sistema tributário em que seria inserido e da realidade política atual, a discussão sobre a instituição do imposto sobre grandes fortunas – IGF – sofreria grande resistência, haja vista que a imprensa institucional e os super-ricos do Brasil tomaram como verdade absoluta que a criação de uma exação dessa natureza levaria, necessariamente, à fuga de capitais e, com isso, à acentuação da crise econômica que o país enfrenta desde meados da década de setenta.Em sentido oposto, este estudo vai demonstrar que a criação do Imposto sobre GrandesFortunas – IGF –, com uma alíquota que busque a neutralidade econômica, ou seja, baixa e progressiva, sobre um montante de riqueza líquida acrescida ao final de cada exercíciofinanceiro, pode cumprir seu papel constitucional de promover justiça tributária, primando pelo princípio da capacidade contributiva, sem onerar demasiadamente o contribuinte. Se assim forfeito, haverá pouco estímulo para a imigração de capitais.Além disso, o estudo demonstra que a criação do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), sem outras mudanças no sistema tributário brasileiro para tornálo menos regressivo, nãoserá capaz de promover mudança significativa na desigualdade social. Por isso, sugerem-se como medidas complementares a imposição do novo tributo: (i) elevar as alíquotas do imposto de renda dos contribuintes super-ricos; (ii) tributar dividendos;instituir um tributo com alíquota baixa para incidir sobre o acréscimo positivo de valor dosativos mobiliários que não foram transferidos ou liquidados até o final do exercício financeiro;tornar mais progressivo o imposto sobre herança e doação entre vivos com o escopo de isentar mais o contribuinte de classe média e cobrar mais dos ricos e super-ricos; (v) elevar a alíquota do imposto sobre propriedade rural e mudar sua base de cálculo para valor venal do bem; (vi) combater a contratação de profissionais por meio de pessoa jurídica com única finalidade de diminuir os encargos fiscais, conhecida no Brasil como “pejotização”; e (vii) reduzir as possibilidades de criação de holdings com finalidade exclusivamente de preservação patrimonial.The present work aims to analyze the tax on large fortunes in its constitutional basis and attempt to foresee the positive and negative effects if a tax with these characteristics were to be implemented in Brazil. Given the complexity of the tax system in which it would be inserted and the current political reality, the discussion about the establishment of the tax on large fortunes - IGF would face significant resistance, as institutional media and the super-richin Brazil have taken it as an absolute truth that the creation of such a levy would inevitably leadto capital flight and, thereby, exacerbate the economic crisis that the country has been facing since the mid-seventies.On the contrary, this study will demonstrate that the creation of the Tax on Large Fortunes - IGF, with a rate that seeks economic neutrality, i.e., low and progressive, on a net wealth amount accumulated at the end of each financial year, can fulfill its constitutional role of promoting tax justice, emphasizing the principle of ability to contribute, without overly burdening the taxpayer. If done so, there would be little incentive for capital emigration. Furthermore, the study shows that the creation of the Tax on Large Fortunes - IGF, without other changes in the Brazilian tax system to make it less regressive, will not be capableof bringing about significant change in social inequality. Therefore, it is suggested that, as complementary measures to the imposition of the new tax: (i) increase the income tax rates for super-rich taxpayers; (ii) tax dividends; (iii) institute a low-rate tax to be levied on the positive increase in value of securities that have not been transferred or liquidated by the end of the financial year; (iv) make the inheritance and gifttax more progressive with the aim of exempting more middle-class taxpayers and charging more from the rich and super-rich; (v) increase the rural property tax rate and change its calculation base to the fair market value of the property; (vi) combat the hiring of professionalsthrough legal entities with the sole purpose of reducing tax burdens, known in Brazil as "pejotization"; and (vii) reduce the possibilities of creating holdings solely for the purpose of wealth preservation.porImposto sobre Grandes Fortunas (IGF)Imposto sobre Grandes Fortunas no BrasilTax on Large Fortunes (IGF)Tax on Large Fortunes in BrazilAdministração públicaImposto sobre a fortunaRiquezaReforma tributária - BrasilImposto sobre grandes fortunas: efeitos positivos e negativos de um tributo com essas característicasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVORIGINALDissertação - Pedro Sousa -revisão pós banca.pdfDissertação - Pedro Sousa -revisão pós banca.pdfPDFapplication/pdf920034https://repositorio.fgv.br/bitstreams/62d69fd8-118b-4e94-97ee-d71a405dc9a6/download8f92ffb7065929ff22bdb10c7d7d6576MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-85112https://repositorio.fgv.br/bitstreams/232d2262-1b86-4236-9340-8276d5a56f87/download2a4b67231f701c416a809246e7a10077MD53TEXTDissertação - Pedro Sousa -revisão pós banca.pdf.txtDissertação - Pedro Sousa -revisão pós banca.pdf.txtExtracted texttext/plain102832https://repositorio.fgv.br/bitstreams/cd12dc5e-24ec-4450-8d66-bd56cba49a4b/downloaddb53717ab363567c96b6557028dc1d73MD54THUMBNAILDissertação - Pedro Sousa -revisão pós banca.pdf.jpgDissertação - Pedro Sousa -revisão pós banca.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2385https://repositorio.fgv.br/bitstreams/1fc43afa-3c7d-4f4d-aaef-6e0484cfbeb9/downloade385072a676bbe5e48f89fafeb362ab0MD5510438/346592024-02-29 13:44:35.044open.accessoai:repositorio.fgv.br:10438/34659https://repositorio.fgv.brRepositório InstitucionalPRIhttp://bibliotecadigital.fgv.br/dspace-oai/requestopendoar:39742024-02-29T13:44:35Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV)falseVGVybW8gZGUgTGljZW5jaWFtZW50bwpIw6EgdW0gw7psdGltbyBwYXNzbzogcGFyYSByZXByb2R1emlyLCB0cmFkdXppciBlIGRpc3RyaWJ1aXIgc3VhIHN1Ym1pc3PDo28gZW0gdG9kbyBvIG11bmRvLCB2b2PDqiBkZXZlIGNvbmNvcmRhciBjb20gb3MgdGVybW9zIGEgc2VndWlyLgoKQ29uY29yZGFyIGNvbSBvIFRlcm1vIGRlIExpY2VuY2lhbWVudG8sIHNlbGVjaW9uYW5kbyAiRXUgY29uY29yZG8gY29tIG8gVGVybW8gZGUgTGljZW5jaWFtZW50byIgZSBjbGlxdWUgZW0gIkZpbmFsaXphciBzdWJtaXNzw6NvIi4KClRFUk1PUyBMSUNFTkNJQU1FTlRPIFBBUkEgQVJRVUlWQU1FTlRPLCBSRVBST0RVw4fDg08gRSBESVZVTEdBw4fDg08gUMOaQkxJQ0EgREUgQ09OVEXDmkRPIMOAIEJJQkxJT1RFQ0EgVklSVFVBTCBGR1YgKHZlcnPDo28gMS4yKQoKMS4gVm9jw6osIHVzdcOhcmlvLWRlcG9zaXRhbnRlIGRhIEJpYmxpb3RlY2EgVmlydHVhbCBGR1YsIGFzc2VndXJhLCBubyBwcmVzZW50ZSBhdG8sIHF1ZSDDqSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgZS9vdSBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AgdG90YWxpZGFkZSBkYSBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhIGVtIGZvcm1hdG8gZGlnaXRhbCwgYmVtIGNvbW8gZGUgc2V1cyBjb21wb25lbnRlcyBtZW5vcmVzLCBlbSBzZSB0cmF0YW5kbyBkZSBvYnJhIGNvbGV0aXZhLCBjb25mb3JtZSBvIHByZWNlaXR1YWRvIHBlbGEgTGVpIDkuNjEwLzk4IGUvb3UgTGVpIDkuNjA5Lzk4LiBOw6NvIHNlbmRvIGVzdGUgbyBjYXNvLCB2b2PDqiBhc3NlZ3VyYSB0ZXIgb2J0aWRvLCBkaXJldGFtZW50ZSBkb3MgZGV2aWRvcyB0aXR1bGFyZXMsIGF1dG9yaXphw6fDo28gcHLDqXZpYSBlIGV4cHJlc3NhIHBhcmEgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZGEgT2JyYSwgYWJyYW5nZW5kbyB0b2RvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmV4b3MgYWZldGFkb3MgcGVsYSBhc3NpbmF0dXJhIGRvcyBwcmVzZW50ZXMgdGVybW9zIGRlIGxpY2VuY2lhbWVudG8sIGRlIG1vZG8gYSBlZmV0aXZhbWVudGUgaXNlbnRhciBhIEZ1bmRhw6fDo28gR2V0dWxpbyBWYXJnYXMgZSBzZXVzIGZ1bmNpb27DoXJpb3MgZGUgcXVhbHF1ZXIgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBwZWxvIHVzbyBuw6NvLWF1dG9yaXphZG8gZG8gbWF0ZXJpYWwgZGVwb3NpdGFkbywgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gYSBxdWFpc3F1ZXIgc2VydmnDp29zIGRlIGJ1c2NhIGUgZGlzdHJpYnVpw6fDo28gZGUgY29udGXDumRvIHF1ZSBmYcOnYW0gdXNvIGRhcyBpbnRlcmZhY2VzIGUgZXNwYcOnbyBkZSBhcm1hemVuYW1lbnRvIHByb3ZpZGVuY2lhZG9zIHBlbGEgRnVuZGHDp8OjbyBHZXR1bGlvIFZhcmdhcyBwb3IgbWVpbyBkZSBzZXVzIHNpc3RlbWFzIGluZm9ybWF0aXphZG9zLgoKMi4gQSBhc3NpbmF0dXJhIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIHRlbSBjb21vIGNvbnNlccO8w6puY2lhIGEgdHJhbnNmZXLDqm5jaWEsIGEgdMOtdHVsbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBlIG7Do28tb25lcm9zbywgaXNlbnRhIGRvIHBhZ2FtZW50byBkZSByb3lhbHRpZXMgb3UgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgY29udHJhcHJlc3Rhw6fDo28sIHBlY3VuacOhcmlhIG91IG7Do28sIMOgIEZ1bmRhw6fDo28gR2V0dWxpbyBWYXJnYXMsIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhcm1hemVuYXIgZGlnaXRhbG1lbnRlLCByZXByb2R1emlyIGUgZGlzdHJpYnVpciBuYWNpb25hbCBlIGludGVybmFjaW9uYWxtZW50ZSBhIE9icmEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvIHNldSByZXN1bW8vYWJzdHJhY3QsIHBvciBtZWlvcyBlbGV0csO0bmljb3MsIG5vIHNpdGUgZGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHViwgYW8gcMO6YmxpY28gZW0gZ2VyYWwsIGVtIHJlZ2ltZSBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgoKMy4gQSBwcmVzZW50ZSBsaWNlbsOnYSB0YW1iw6ltIGFicmFuZ2UsIG5vcyBtZXNtb3MgdGVybW9zIGVzdGFiZWxlY2lkb3Mgbm8gaXRlbSAyLCBzdXByYSwgcXVhbHF1ZXIgZGlyZWl0byBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIGNhYsOtdmVsIGVtIHJlbGHDp8OjbyDDoCBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLCBpbmNsdWluZG8tc2Ugb3MgdXNvcyByZWZlcmVudGVzIMOgIHJlcHJlc2VudGHDp8OjbyBww7pibGljYSBlL291IGV4ZWN1w6fDo28gcMO6YmxpY2EsIGJlbSBjb21vIHF1YWxxdWVyIG91dHJhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBhbyBww7pibGljbyBxdWUgZXhpc3RhIG91IHZlbmhhIGEgZXhpc3Rpciwgbm9zIHRlcm1vcyBkbyBhcnRpZ28gNjggZSBzZWd1aW50ZXMgZGEgTGVpIDkuNjEwLzk4LCBuYSBleHRlbnPDo28gcXVlIGZvciBhcGxpY8OhdmVsIGFvcyBzZXJ2acOnb3MgcHJlc3RhZG9zIGFvIHDDumJsaWNvIHBlbGEgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHVi4KCjQuIEVzdGEgbGljZW7Dp2EgYWJyYW5nZSwgYWluZGEsIG5vcyBtZXNtb3MgdGVybW9zIGVzdGFiZWxlY2lkb3Mgbm8gaXRlbSAyLCBzdXByYSwgdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgY29uZXhvcyBkZSBhcnRpc3RhcyBpbnTDqXJwcmV0ZXMgb3UgZXhlY3V0YW50ZXMsIHByb2R1dG9yZXMgZm9ub2dyw6FmaWNvcyBvdSBlbXByZXNhcyBkZSByYWRpb2RpZnVzw6NvIHF1ZSBldmVudHVhbG1lbnRlIHNlamFtIGFwbGljw6F2ZWlzIGVtIHJlbGHDp8OjbyDDoCBvYnJhIGRlcG9zaXRhZGEsIGVtIGNvbmZvcm1pZGFkZSBjb20gbyByZWdpbWUgZml4YWRvIG5vIFTDrXR1bG8gViBkYSBMZWkgOS42MTAvOTguCgo1LiBTZSBhIE9icmEgZGVwb3NpdGFkYSBmb2kgb3Ugw6kgb2JqZXRvIGRlIGZpbmFuY2lhbWVudG8gcG9yIGluc3RpdHVpw6fDtWVzIGRlIGZvbWVudG8gw6AgcGVzcXVpc2Egb3UgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgc2VtZWxoYW50ZSwgdm9jw6ogb3UgbyB0aXR1bGFyIGFzc2VndXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHRvZGFzIGFzIG9icmlnYcOnw7VlcyBxdWUgbGhlIGZvcmFtIGltcG9zdGFzIHBlbGEgaW5zdGl0dWnDp8OjbyBmaW5hbmNpYWRvcmEgZW0gcmF6w6NvIGRvIGZpbmFuY2lhbWVudG8sIGUgcXVlIG7Do28gZXN0w6EgY29udHJhcmlhbmRvIHF1YWxxdWVyIGRpc3Bvc2nDp8OjbyBjb250cmF0dWFsIHJlZmVyZW50ZSDDoCBwdWJsaWNhw6fDo28gZG8gY29udGXDumRvIG9yYSBzdWJtZXRpZG8gw6AgQmlibGlvdGVjYSBWaXJ0dWFsIEZHVi4KCjYuIENhc28gYSBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhIGVuY29udHJlLXNlIGxpY2VuY2lhZGEgc29iIHVtYSBsaWNlbsOnYSBDcmVhdGl2ZSBDb21tb25zIChxdWFscXVlciB2ZXJzw6NvKSwgc29iIGEgbGljZW7Dp2EgR05VIEZyZWUgRG9jdW1lbnRhdGlvbiBMaWNlbnNlIChxdWFscXVlciB2ZXJzw6NvKSwgb3Ugb3V0cmEgbGljZW7Dp2EgcXVhbGlmaWNhZGEgY29tbyBsaXZyZSBzZWd1bmRvIG9zIGNyaXTDqXJpb3MgZGEgRGVmaW5pdGlvbiBvZiBGcmVlIEN1bHR1cmFsIFdvcmtzIChkaXNwb27DrXZlbCBlbTogaHR0cDovL2ZyZWVkb21kZWZpbmVkLm9yZy9EZWZpbml0aW9uKSBvdSBGcmVlIFNvZnR3YXJlIERlZmluaXRpb24gKGRpc3BvbsOtdmVsIGVtOiBodHRwOi8vd3d3LmdudS5vcmcvcGhpbG9zb3BoeS9mcmVlLXN3Lmh0bWwpLCBvIGFycXVpdm8gcmVmZXJlbnRlIMOgIE9icmEgZGV2ZSBpbmRpY2FyIGEgbGljZW7Dp2EgYXBsaWPDoXZlbCBlbSBjb250ZcO6ZG8gbGVnw612ZWwgcG9yIHNlcmVzIGh1bWFub3MgZSwgc2UgcG9zc8OtdmVsLCB0YW1iw6ltIGVtIG1ldGFkYWRvcyBsZWfDrXZlaXMgcG9yIG3DoXF1aW5hLiBBIGluZGljYcOnw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZGV2ZSBzZXIgYWNvbXBhbmhhZGEgZGUgdW0gbGluayBwYXJhIG9zIHRlcm1vcyBkZSBsaWNlbmNpYW1lbnRvIG91IHN1YSBjw7NwaWEgaW50ZWdyYWwuCgpBbyBjb25jbHVpciBhIHByZXNlbnRlIGV0YXBhIGUgYXMgZXRhcGFzIHN1YnNlccO8ZW50ZXMgZG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8OjbyBkZSBhcnF1aXZvcyDDoCBCaWJsaW90ZWNhIFZpcnR1YWwgRkdWLCB2b2PDqiBhdGVzdGEgcXVlIGxldSBlIGNvbmNvcmRhIGludGVncmFsbWVudGUgY29tIG9zIHRlcm1vcyBhY2ltYSBkZWxpbWl0YWRvcywgYXNzaW5hbmRvLW9zIHNlbSBmYXplciBxdWFscXVlciByZXNlcnZhIGUgbm92YW1lbnRlIGNvbmZpcm1hbmRvIHF1ZSBjdW1wcmUgb3MgcmVxdWlzaXRvcyBpbmRpY2Fkb3Mgbm8gaXRlbSAxLCBzdXByYS4KCkhhdmVuZG8gcXVhbHF1ZXIgZGlzY29yZMOibmNpYSBlbSByZWxhw6fDo28gYW9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3Mgb3UgbsOjbyBzZSB2ZXJpZmljYW5kbyBvIGV4aWdpZG8gbm8gaXRlbSAxLCBzdXByYSwgdm9jw6ogZGV2ZSBpbnRlcnJvbXBlciBpbWVkaWF0YW1lbnRlIG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8Ojby4gQSBjb250aW51aWRhZGUgZG8gcHJvY2Vzc28gZXF1aXZhbGUgw6AgYXNzaW5hdHVyYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbSB0b2RhcyBhcyBjb25zZXHDvMOqbmNpYXMgbmVsZSBwcmV2aXN0YXMsIHN1amVpdGFuZG8tc2UgbyBzaWduYXTDoXJpbyBhIHNhbsOnw7VlcyBjaXZpcyBlIGNyaW1pbmFpcyBjYXNvIG7Do28gc2VqYSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgZS9vdSBjb25leG9zIGFwbGljw6F2ZWlzIMOgIE9icmEgZGVwb3NpdGFkYSBkdXJhbnRlIGVzdGUgcHJvY2Vzc28sIG91IGNhc28gbsOjbyB0ZW5oYSBvYnRpZG8gcHLDqXZpYSBlIGV4cHJlc3NhIGF1dG9yaXphw6fDo28gZG8gdGl0dWxhciBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIGUgdG9kb3Mgb3MgdXNvcyBkYSBPYnJhIGVudm9sdmlkb3MuCgpQYXJhIGEgc29sdcOnw6NvIGRlIHF1YWxxdWVyIGTDunZpZGEgcXVhbnRvIGFvcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50byBlIG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8OjbywgY2xpcXVlIG5vIGxpbmsgIkZhbGUgY29ub3NjbyIuCgpTZSB2b2PDqiB0aXZlciBkw7p2aWRhcyBzb2JyZSBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBwb3IgZmF2b3IgZW50cmUgZW0gY29udGF0byBjb20gb3MgYWRtaW5pc3RyYWRvcmVzIGRvIFJlcG9zaXTDs3Jpby4K |
dc.title.por.fl_str_mv |
Imposto sobre grandes fortunas: efeitos positivos e negativos de um tributo com essas características |
title |
Imposto sobre grandes fortunas: efeitos positivos e negativos de um tributo com essas características |
spellingShingle |
Imposto sobre grandes fortunas: efeitos positivos e negativos de um tributo com essas características Sousa, Pedro Neto Lopes de Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) Imposto sobre Grandes Fortunas no Brasil Tax on Large Fortunes (IGF) Tax on Large Fortunes in Brazil Administração pública Imposto sobre a fortuna Riqueza Reforma tributária - Brasil |
title_short |
Imposto sobre grandes fortunas: efeitos positivos e negativos de um tributo com essas características |
title_full |
Imposto sobre grandes fortunas: efeitos positivos e negativos de um tributo com essas características |
title_fullStr |
Imposto sobre grandes fortunas: efeitos positivos e negativos de um tributo com essas características |
title_full_unstemmed |
Imposto sobre grandes fortunas: efeitos positivos e negativos de um tributo com essas características |
title_sort |
Imposto sobre grandes fortunas: efeitos positivos e negativos de um tributo com essas características |
author |
Sousa, Pedro Neto Lopes de |
author_facet |
Sousa, Pedro Neto Lopes de |
author_role |
author |
dc.contributor.unidadefgv.por.fl_str_mv |
Escolas::EAESP |
dc.contributor.member.none.fl_str_mv |
Andrade, José Maria Arruda de Pires, Manoel Carlos de Castro |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Sousa, Pedro Neto Lopes de |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Marconi, Nelson |
contributor_str_mv |
Marconi, Nelson |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) Imposto sobre Grandes Fortunas no Brasil |
topic |
Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) Imposto sobre Grandes Fortunas no Brasil Tax on Large Fortunes (IGF) Tax on Large Fortunes in Brazil Administração pública Imposto sobre a fortuna Riqueza Reforma tributária - Brasil |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Tax on Large Fortunes (IGF) Tax on Large Fortunes in Brazil |
dc.subject.area.por.fl_str_mv |
Administração pública |
dc.subject.bibliodata.por.fl_str_mv |
Imposto sobre a fortuna Riqueza Reforma tributária - Brasil |
description |
O presente trabalho tem como objetivo analisar o imposto sobre grandes fortunas em sua base constitucional e tentar antever os efeitos positivos e negativos, caso um tributo com essas características, venha a ser implantado no Brasil. Partindo da complexidade do sistema tributário em que seria inserido e da realidade política atual, a discussão sobre a instituição do imposto sobre grandes fortunas – IGF – sofreria grande resistência, haja vista que a imprensa institucional e os super-ricos do Brasil tomaram como verdade absoluta que a criação de uma exação dessa natureza levaria, necessariamente, à fuga de capitais e, com isso, à acentuação da crise econômica que o país enfrenta desde meados da década de setenta.Em sentido oposto, este estudo vai demonstrar que a criação do Imposto sobre GrandesFortunas – IGF –, com uma alíquota que busque a neutralidade econômica, ou seja, baixa e progressiva, sobre um montante de riqueza líquida acrescida ao final de cada exercíciofinanceiro, pode cumprir seu papel constitucional de promover justiça tributária, primando pelo princípio da capacidade contributiva, sem onerar demasiadamente o contribuinte. Se assim forfeito, haverá pouco estímulo para a imigração de capitais.Além disso, o estudo demonstra que a criação do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), sem outras mudanças no sistema tributário brasileiro para tornálo menos regressivo, nãoserá capaz de promover mudança significativa na desigualdade social. Por isso, sugerem-se como medidas complementares a imposição do novo tributo: (i) elevar as alíquotas do imposto de renda dos contribuintes super-ricos; (ii) tributar dividendos;instituir um tributo com alíquota baixa para incidir sobre o acréscimo positivo de valor dosativos mobiliários que não foram transferidos ou liquidados até o final do exercício financeiro;tornar mais progressivo o imposto sobre herança e doação entre vivos com o escopo de isentar mais o contribuinte de classe média e cobrar mais dos ricos e super-ricos; (v) elevar a alíquota do imposto sobre propriedade rural e mudar sua base de cálculo para valor venal do bem; (vi) combater a contratação de profissionais por meio de pessoa jurídica com única finalidade de diminuir os encargos fiscais, conhecida no Brasil como “pejotização”; e (vii) reduzir as possibilidades de criação de holdings com finalidade exclusivamente de preservação patrimonial. |
publishDate |
2023 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-12-22T18:47:27Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-12-22T18:47:27Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2023-11-14 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://hdl.handle.net/10438/34659 |
url |
https://hdl.handle.net/10438/34659 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) instname:Fundação Getulio Vargas (FGV) instacron:FGV |
instname_str |
Fundação Getulio Vargas (FGV) |
instacron_str |
FGV |
institution |
FGV |
reponame_str |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
collection |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.fgv.br/bitstreams/62d69fd8-118b-4e94-97ee-d71a405dc9a6/download https://repositorio.fgv.br/bitstreams/232d2262-1b86-4236-9340-8276d5a56f87/download https://repositorio.fgv.br/bitstreams/cd12dc5e-24ec-4450-8d66-bd56cba49a4b/download https://repositorio.fgv.br/bitstreams/1fc43afa-3c7d-4f4d-aaef-6e0484cfbeb9/download |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
8f92ffb7065929ff22bdb10c7d7d6576 2a4b67231f701c416a809246e7a10077 db53717ab363567c96b6557028dc1d73 e385072a676bbe5e48f89fafeb362ab0 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) - Fundação Getulio Vargas (FGV) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1813797776053501952 |