Condições de trabalho dos profissionais de saúde indígena no maior Polo Base do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vicente,Renata de Matos
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Moreira,Naiara Ferraz, Moreira,Caroline Camila, Simonelli,Caio Gustavo, Luz,Verônica Gronau
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2022001205001
Resumo: O objetivo deste estudo foi investigar e comparar as condições de trabalho dos profissionais da saúde indígena no maior Polo Base do Brasil. Trata-se de um estudo transversal realizado com todos os profissionais de saúde (N = 124) do Polo Base de Dourados, Mato Grosso do Sul, em 2020 que realizavam atendimento direto no território, por meio de questionário semiestruturado, com questões sociodemográficas, econômicas e de trabalho. As análises estatísticas foram feitas por teste qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher, com nível de 5% de significância. Os profissionais atuantes nas equipes fixas obtiveram maior frequência em levar trabalho para casa (p = 0,047), e o trabalho no fim de semana atrapalhou o descanso (p = 0,018) em comparação aos de equipes volantes. Os trabalhadores com menor tempo de serviço referiram maior sobrecarga de trabalho (p = 0,022), levar trabalho para casa e trabalhar no fim de semana, enquanto os profissionais com maior tempo de serviço relataram mais acidentes de trabalho (p = 0,004). Os agentes indígenas de saúde (AIS) e de saneamento (AISAN) trabalhavam mais aos finais de semana (p < 0,001) e tiveram mais problemas com usuários do serviço (p = 0,021). Independentemente das categorias estudadas, a maioria dos profissionais apresentou insegurança com vínculo trabalhista (72,5%), carência de plano de cargo e carreira (86,3%), trabalho no fim de semana (78,6%), ocorrência de riscos à saúde (78,6%), acidentes (65%), violências presenciadas (73,2%) e sofridas (54,7%) no ambiente laboral, pagamento atrasado (95,7%) e insatisfação salarial (86,4%). Portanto, tornam-se essenciais mais investimentos e profissionais na saúde indígena para o desenvolvimento de melhores condições de trabalho.
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