A biologia como ideologia: contra-argumentos para a desigualdade social
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Vittalle (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.furg.br/vittalle/article/view/5129 |
Resumo: | Dois enfoques constituem interesse de análise neste artigo – a biologia e a ideologia, justaposição considerada questionável e, ao mesmo tempo, instigante. Esses enfoques são tratados em dois textos de alta qualidade argumentativa – “Está tudo nos genes?” e “A biologia como ideologia” (no livro A biologia como ideologia), ambos de autoria de Richard Lewontin, biólogo evolucionista, geneticista, filósofo e crítico social, que, em suas análises, opõe-se ao determinismo genético. O artigo procura evidenciar a postura hegemônica da biologia quando esta atribui aos genes todas as formas de o ser humano se constituir e de agir. Lewontin destaca que a cultura política se desenvolve e se afirma por meio de slogans, cuja expressão é ideológica e serve para encobrir a realidade e manter interesses de setores privilegiados da sociedade. É nesse sentido que o autor refuta a postura determinista da biologia, considerando-a ideológica. Seus textos recorrem a exemplos históricos de uso de slogans que serviram para justificar e manter as desigualdades sociais, ainda que apregoassem a liberdade e igualdade para todos. Lewontin contra-argumenta a id0eia de que as desigualdades sociais são consequências exclusivas de fatores genéticos, como argumenta amplamente o determinismo biológico. Como procedimento metodológico do trabalho, as autoras deste artigo realizaram detida análise das ideias de Lewontin contidas nos dois textos selecionados, buscando reunir os argumentos por ele apresentados quanto à inconsistência do slogan dominante na biologia, presumivelmente responsável pela desigualdade social. Concluem que muitos questionamentos permanecem, fato que contribui para novas buscas e construção de novos conhecimentos. |
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