La construcción de la víctima infantil Wayúu en la Guajira (Colombia): el discurso colonial que justifica el extractivismo.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro, Alvaro Javier Fernández
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/8658
Resumo: O objetivo desta dissertação foi pesquisar como é produzida a imagem da infância vítima através do discurso ambiental dos atores hegemônicos do/no Departamento de La Guajira (Norte da Colômbia), e suas relações com o colonialismo e o conflito socioambiental decorrente da mineração de carvão a céu aberto. Porém, fizeram-se várias ações como: a identificação dos elementos que criaram as condições para a instalação do conflito ambiental em La Guajira e a caracterização do conflito socioambiental, resultante da mineração assim como a sua aparição na mídia de massa e nas políticas públicas da infância na Colômbia. Posteriormente, foram discutidos os elementos coloniais em torno à construção da imagem da infância indígenas Wayúu, e além problematizou-se o uso da imagem da infância vítima para justificar o projeto de mineração em La Guajira. Desenvolveu-se a metodologia baseada numa perspectiva descolonial, a partir de uma análise do discurso dos atores hegemônicos; Estado, Empresa de mineração e Mídia de massa. Percebe-se a linguagem como uma construção que permite pensar sobre a materialidade dos sentidos, sujeitos e a sua produção histórica, ou seja, as relações de poder são também discursivas e políticas. Nessa análise, utilizou-se a ferramenta Atlas.ti, que serviu de suporte metodológico na organização das informações e na análise da mesma, permitindo a identificação de padrões e categorias emergentes na linguagem usada pelos atores hegemônicos em relação às infâncias, o indígena e a natureza. Para a sistematização e reflexão do estudo, identificou-se que o Extrativismo, o Desenvolvimento e Crise humanitária em La Guajira, são questões que fazem parte da agenda da grande mídia na Colômbia e que tais questões são parte da agenda das classes dirigentes e empresariais do país, e também das agendas pública e política. Nesta é produzida e reproduzida, nos e pelos discursos, uma imagem da infância Wayúu vítima do fenômeno do niño e a corrupção do governo local. Neste sentido, conclui-se que os atores hegemônicos usam o discurso ambiental e a imagem da infância, para justificar o extrativismo como essencial para melhorar as condições de vida em La Guajira, enquanto subalterniza as práticas e saberes indígenas através de construções do território como um lugar selvagem e corrupto, mantendo-o assim no status de periferia para exercer o controle e administração simbólica do território e dos indígenas desde os centros urbanos.
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Posteriormente, foram discutidos os elementos coloniais em torno à construção da imagem da infância indígenas Wayúu, e além problematizou-se o uso da imagem da infância vítima para justificar o projeto de mineração em La Guajira. Desenvolveu-se a metodologia baseada numa perspectiva descolonial, a partir de uma análise do discurso dos atores hegemônicos; Estado, Empresa de mineração e Mídia de massa. Percebe-se a linguagem como uma construção que permite pensar sobre a materialidade dos sentidos, sujeitos e a sua produção histórica, ou seja, as relações de poder são também discursivas e políticas. Nessa análise, utilizou-se a ferramenta Atlas.ti, que serviu de suporte metodológico na organização das informações e na análise da mesma, permitindo a identificação de padrões e categorias emergentes na linguagem usada pelos atores hegemônicos em relação às infâncias, o indígena e a natureza. Para a sistematização e reflexão do estudo, identificou-se que o Extrativismo, o Desenvolvimento e Crise humanitária em La Guajira, são questões que fazem parte da agenda da grande mídia na Colômbia e que tais questões são parte da agenda das classes dirigentes e empresariais do país, e também das agendas pública e política. Nesta é produzida e reproduzida, nos e pelos discursos, uma imagem da infância Wayúu vítima do fenômeno do niño e a corrupção do governo local. Neste sentido, conclui-se que os atores hegemônicos usam o discurso ambiental e a imagem da infância, para justificar o extrativismo como essencial para melhorar as condições de vida em La Guajira, enquanto subalterniza as práticas e saberes indígenas através de construções do território como um lugar selvagem e corrupto, mantendo-o assim no status de periferia para exercer o controle e administração simbólica do território e dos indígenas desde os centros urbanos.El objetivo en esta disertación fue indagar cómo se ha producido la imagen de infância víctima a través del discurso ambiental de los actores hegemónicos de/en el Departamento de La Guajira (Norte de Colombia), y sus relaciones con la colonialidad y el conflicto socio-ambiental que se presenta con la minería de carbón a cielo abierto. Para esto, se adelantaron diferentes acciones tales como: la identificación de los elementos que han generado las condiciones para La instalación del conflicto ambiental en La Guajira y la caracterización del conflicto socio-ambiental consecuente de la explotación minera, su aparición en los medios masivos y en las políticas públicas de infância del Estado colombiano. Posteriormente, se discutieron los elementos coloniales entorno a La construcción de la imagen de infancia indígena Wayúu, y consecuentemente se problematizó el uso de la imagen de infancia víctima para justificar el proyecto minero en La Guajira. Se desarrolló La metodología basada en una perspectiva decolonial, a partir de un análisis del discurso de los actores hegemónicos: Estado, Empresa minera y Medios masivos de Comunicación. Se percibe el lenguaje como una construcción que permite pensar en la materialidad de los sentidos, de los sujetos y su producción histórica, es decir, las relaciones de poder son también discursivas y políticas. Para dicho análisis se utilizó la herramienta Atlas.ti, que sirvió de soporte metodológico en La organización de la información y en el análisis de la misma, permitiendo la identificación de patrones y categorías emergentes en el lenguaje usado por los actores hegemónicos en relación a lãs infancias, lo indígena y la naturaleza. Para la sistematización y la reflexión del estudio, se identifico que el extractivismo, el Desarrollo y la Crisis humanitaria en La Guajira, son temas que hacen parte de la agenda de los grandes medios de comunicación en Colombia y que tales temas hacen parte de la agenda de las clases dirigentes y empresariales del país, y también de las agendas pública y política. En esta se produce y reproduce, en los y por los discursos, una imagen de infancia Wayúu víctima del fenómeno del niño y la corrupción del gobierno local. En este sentido, se concluye que los actores hegemónicos usan el discurso ambiental y dicha imagen de infancia para justificar el extractivismo como esencial para mejorar las condiciones de vida en La Guajira, al mismo tiempo que subalterniza las prácticas y saberes indígenas a través de construcciones del territorio como um lugar salvaje y corrupto, manteniéndolo así en el estatus de periferia para poder ejercer el control y administración simbólica del territorio y de los indígenas desde los centros urbanos del país.Machado, Carlos Roberto da SilvaCastro, Alvaro Javier Fernández2020-04-23T18:29:53Z2020-04-23T18:29:53Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCASTRO, Alvaro Javier Fernandez. La construcción de la víctima infantil Wayúu en la Guajira (Colombia): el discurso colonial que justifica el extractivismo. 2017. Dissertação (Mestrado em Educação Ambiental) - Faculdade de Educação Ambiental. Universidade Federal do Rio Grande, 2017.http://repositorio.furg.br/handle/1/8658porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)instacron:FURG2023-03-13T16:57:21Zoai:repositorio.furg.br:1/8658Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.furg.br/oai/request || http://200.19.254.174/oai/requestopendoar:2023-03-13T16:57:21Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)false
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