O PARFOR na furg e os efeitos na constituição das subjetividades de professoras pedagogas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Prates, Deise Costa
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/6171
Resumo: O presente estudo refere-se a uma dissertação de mestrado em Educação, a qual teve como finalidade problematizar a constituição de subjetividades docentes no âmbito do Curso PARFOR Pedagogia, ofertado pela Universidade do Rio Grande (FURG). O foco teórico que alimenta este trabalho segue alguns elementos dos estudos foucaultianos que se detêm na perspectiva da governamentalidade e, por esse viés investigativo, as problematizações foram se constituindo, basicamente, a partir de três ferramentas analíticas: discurso, governo e subjetivação. Através desta perspectiva de estudo, proponho compreender as políticas de formação docente como uma questão de governo das condutas e o PARFOR, como uma tecnologia de governo que conduz o modo como as professoras que vivenciam essa formação atuam e se pensam nessa sociedade. A partir das narrativas de algumas professoras formadoras e acadêmicas deste curso, foi possível evidenciar o currículo como um espaço de controle e produção de subjetividades. Argumentei que as professoras-acadêmicas, ao justificarem as suas escolhas pelo PARFOR, foram capturadas pelo discurso das faltas com a profissão, tendo suas condutas orientadas a buscar o ensino superior como meio de qualificação e ascensão social. Após, discuti que as práticas realizadas no projeto de formação seguem um ciclo que leva à conversão. Sustentei esta ideia mostrando que as docentes são convocadas a se confessar por meio das escritas dos memoriais e TCC’s, reconhecendo-se como sujeitos da educação - avaliando, julgando, comparando, criando resistências, produzindo verdades sobre si – e assim convertendo-se a uma nova postura que, de alguma forma, venha assegurar o sucesso do seu fazer docente. Por fim, chamo a atenção para as relações de poder imbricadas no equilíbrio dos interesses e forças que envolvem o currículo de formação e seus efeitos na constituição dos sujeitos que vivenciaram este processo. Defendo que as professoras-acadêmicas, ao não terem suas expectativas contempladas no curso, promovem, em diferentes momentos, ações ou resistências, entrando em conflito com as professoras formadoras. Os efeitos dessa forma de subjetivação vão gerando negociações, indicando rumos diferentes aos pré-estabelecidos inicialmente.
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Através desta perspectiva de estudo, proponho compreender as políticas de formação docente como uma questão de governo das condutas e o PARFOR, como uma tecnologia de governo que conduz o modo como as professoras que vivenciam essa formação atuam e se pensam nessa sociedade. A partir das narrativas de algumas professoras formadoras e acadêmicas deste curso, foi possível evidenciar o currículo como um espaço de controle e produção de subjetividades. Argumentei que as professoras-acadêmicas, ao justificarem as suas escolhas pelo PARFOR, foram capturadas pelo discurso das faltas com a profissão, tendo suas condutas orientadas a buscar o ensino superior como meio de qualificação e ascensão social. Após, discuti que as práticas realizadas no projeto de formação seguem um ciclo que leva à conversão. Sustentei esta ideia mostrando que as docentes são convocadas a se confessar por meio das escritas dos memoriais e TCC’s, reconhecendo-se como sujeitos da educação - avaliando, julgando, comparando, criando resistências, produzindo verdades sobre si – e assim convertendo-se a uma nova postura que, de alguma forma, venha assegurar o sucesso do seu fazer docente. Por fim, chamo a atenção para as relações de poder imbricadas no equilíbrio dos interesses e forças que envolvem o currículo de formação e seus efeitos na constituição dos sujeitos que vivenciaram este processo. Defendo que as professoras-acadêmicas, ao não terem suas expectativas contempladas no curso, promovem, em diferentes momentos, ações ou resistências, entrando em conflito com as professoras formadoras. Os efeitos dessa forma de subjetivação vão gerando negociações, indicando rumos diferentes aos pré-estabelecidos inicialmente.The present study is about a master’s dissertation in education which aimed to problematize the constitution of teaching subjectivities in the scope of the course PARFOR – Pedagogy, offered by the University of Rio Grande (FURG). The theoretical focus that feeds this work follows some elements from the studies of Michel Foucault that focus on the perspective of governmentality and through this investigative bias these tasks were basically constituted from three analytical tools: discourse, government and subjectivity. Through this perspective of study, I propose an understanding of teaching formation policies as a matter of governing the conducts and PARFOR as a governmental technology that determines the way teachers who have had this formation act and think in this society. From the narratives of some teacher trainers and some undergraduate students it was possible to the curriculum as a space for the production and the control of subjectivities. I discussed that the professors, when justifying their choices for PARFOR were all caught by their lack of care for the profession, being advised to search for academic qualification as a mean to qualify themselves and to climb the social ladder. Afterwards, I discussed that practices carried out in the formation projects follow a cycles that lead us to conversion. I supported this idea showing that teachers are called to confess through their writing productions and final papers, recognizing themselves as subjects of education – evaluating, judging, comparing, creating resistances and producing truths about themselves – thus, assuming a new posture that, somehow, assures the success of their teaching formation. Finally, I draw the attention for the relations of power tangled in the balance of interests and forces that involve the curriculum and its effects in the constitution of subjects that lived this process. I defend the idea that, when the professors don’t have their expectations fulfilled in the course, they promote, in different moments, actions or resistances that conflict with their teacher trainers. The effects of this form of subjectivity generate negotiations that point to different routes other than the ones pre-established initially.Osório, Mara Rejane VieiraPrates, Deise Costa2016-06-08T17:40:52Z2016-06-08T17:40:52Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfPRATES, Deise Costa. O PARFOR na furg e os efeitos na constituição das subjetividades de professoras pedagogas. 114f. 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