VIVENDO DA NOITE: relatos e experiências de profissionais da música em Campina Grande - PB
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Café com Sociologia |
Texto Completo: | https://revistacafecomsociologia.com/revista/index.php/revista/article/view/682 |
Resumo: | Ao contrário da noção de música como atributo divino ou dom, o trabalho musical não escapa das relações de exploração laboral e dos preconceitos regentes da percepção do senso comum. Inflação dos cachês, instabilidade laboral e econômica, falta de direitos trabalhistas, má formação e desvalorização, além do sucateamento de políticas públicas que atendam as reais necessidades da profissão são algumas das muitas questões envolvidas na vida musical. Objetiva-se, portanto, um diálogo crítico ao reducionismo sociológico da arte como estratégia de distinção social a exercer violência simbólica partindo de uma análise da realidade empírica da música como profissão. Para fins metodológicos utilizou-se coleta de relatos de músicos e musicistas paraibanos através de participação observante. A experiência como músico por parte do pesquisador permitiu acesso privilegiado ao campo de pesquisa utilizando seu capital social e cultural. Foi possível não apenas coletar dados, mas participar diretamente das sociabilidades nos bastidores do trabalho de palco, ensaios, negociações de shows além de entender as políticas e economias que regem um mundo muitas vezes obscurecido pelos excessivos holofotes. Como conclusão foi proposto um novo olhar a partir da realidade cotidiana profissional com a música, apontando as dificuldades, estratégias e táticas dos agentes que buscam a vida na madrugada adentro.Palavras-chave: Arte. Música. Músicos e musicistas. Trabalhadores musicais.LIVING FROM THE NIGHT: reports and music professional experience in Campina Grande - PBAbstractContrary to the notion that sees music as a divine gift, working with music does not imply that one can escape from labour exploitative relation and the prejudice that there is in the perception of the common sense. Inflation paychecks, labour and economic instability, lack of labour rights, poor training and depreciation in addition to the public policy of scrapping that meet the real needs of the profession are some of the many issues involved in the musical life. My goal with this research is to present a critic dialogue with the sociological reductionism of arts as a distinguishing strategy to perform symbolic violence observing the analysis of the empirical reality of music as a profession. I will make use of my own experience as a musician and explore the contact I have had with professionals of the kind. I will describe situations dealing with backstage, rehearsing moments, contracts, political and economic aspects, all of which compose the obscure musical universe rather than the over-spotlighted one. To conclude, I propose a new look to the daily professional life of a musician, pointing out the difficulties, sociabilities and the strategies of the individuals who try to a make a living out of it throughout nights of work.Keywords: Art. Music. Musicians and Musicians. Musical Workers. |
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