Efeito da falta de normalidade em testes de homogeneidade das variâncias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Conagin,Armando
Data de Publicação: 1993
Outros Autores: Nagai,Violeta, Igue,Toshio, Ambrósio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bragantia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051993000200010
Resumo: Em experimentos de campo, é freqüente o aparecimento de tratamentos com variâncias heterogêneas, decorrente, muitas vezes, do tipo dos tratamentos que estão sendo estudados. Os dados desses ensaios são usualmente submetidos à análise da variância, cuja aplicação correta exige que as observações tenham uma variância comum. A falta de homogeneidade pode surgir, também, segundo alguns autores, quando, os erros experimentais têm distribuição assimétrica. A falta de normalidade dos erros tem sido considerada como um fator que pode distorcer os resultados de testes empregados para verificar a hipótese de igualdade de médias ou das variâncias. Para avaliar a influência da falta de normalidade sobre os testes de Bartlett, Cochran e Hartley (Fmáx), com e sem correção para blocos, e os de Han e de Shukla, também indicados para verificar a hipótese de nulidade das variâncias homocedásticas, foram simulados 6.000 experimentos em blocos ao acaso. Na simulação, foram considerados dois níveis de precisão experimental, três magnitudes de efeitos de blocos e cinco níveis de assimetria e curtose, incluindo assimetria zero e curtose três. Em todos os testes, à medida que se aumentou a assimetria positiva e a curtose, cresceu a porcentagem de rejeição da hipótese de variâncias iguais, sendo esse aumento maior no teste de Shukla e nos de Bartlett, Cochran e Fmáx aplicados sem a correção para blocos, principalmente quando o efeito de blocos foi pequeno. As porcentagens de rejeição, pelo teste de Han, nos diferentes níveis de assimetria e curtose, não diferiram das obtidas pelo Fmáx, com correção, e estiveram próximos dos resultados dos testes de Bartlett e Cochran, feitos também com correção; nestes, as porcentagens de rejeição da hipótese de variâncias iguais foram superiores à esperada, de 5%, quando os coeficientes de assimetria e de curtose foram maiores que 1,11 e 4,04 respectivamente. Quando o efeito de blocos foi pequeno, os testes sem correção superestimaram as porcentagens de rejeição da hipótese de nulidade de variâncias iguais.
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