Detecção de incêndios florestais em tempo real a partir de monitoramento de baixo custo.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biodiversidade Brasileira |
Texto Completo: | https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/1141 |
Resumo: | Este estudo objetiva promover o desenvolvimento tecnológico na área de detecção de incêndios florestais, contribuindo na celeridade de seu combate. Incêndios florestais são eventos danosos para a fauna e flora. A ocorrência de queimadas em florestas tem aumentado significativamente, numa progressiva combinação de ações antrópicas e possíveis alterações climáticas. O atual sistema de detecção utilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) realiza a detecção de focos de calor via imagens de satélites, que são atualizadas a cada três horas. Este período entre o princípio do fogo e identificação do mesmo é suficiente para que o incêndio se alastre e ganhe grandes proporções, dificultando o combate pelo brigadista, isto aliado ao alto custo de implementação dos sistemas de monitoramento em tempo real presentes no mercado, inviabilizam o combate imediato e eficiente de focos de incêndio, principalmente em unidades de conservação, tais como Parques Nacionais, onde há constante interação do homem com a natureza. Identificou-se, portanto, a necessidade de meios de monitoramento de baixo custo que fossem capazes de detectar e transmitir, em tempo real, informações sobre possíveis focos de incêndio. A partir desta problemática, foram desenvolvidos instrumentos utilizando a plataforma Arduino. O protótipo elaborado é composto de um sensor de gás inflamável e fumaça (MQ-2), que tem a capacidade de detectar presença de gases combustíveis e fumaça no ar, um módulo RTC (Real Time Clock) capaz de informar a hora e data do possível foco de incêndio e um módulo de radiofrequência, que permite a comunicação entre uma rede de sensores e envio de dados em tempo real. Foram realizadas três calibrações, buscando-se uma maior precisão do instrumento, sendo uma delas realizada no Parque Nacional do Itatiaia (RJ), onde foi possível calibrar o sensor de acordo com o ambiente onde será implementado. A finalização do protótipo conta com abrigo modelado e impresso em impressora 3D, visando à proteção dos componentes utilizados. Os testes realizados demonstraram uma detecção positiva de gases inflamáveis, fumaça e imediato envio de alerta via rádio, com alcance inicial de aproximadamente 300m. |
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Este período entre o princípio do fogo e identificação do mesmo é suficiente para que o incêndio se alastre e ganhe grandes proporções, dificultando o combate pelo brigadista, isto aliado ao alto custo de implementação dos sistemas de monitoramento em tempo real presentes no mercado, inviabilizam o combate imediato e eficiente de focos de incêndio, principalmente em unidades de conservação, tais como Parques Nacionais, onde há constante interação do homem com a natureza. Identificou-se, portanto, a necessidade de meios de monitoramento de baixo custo que fossem capazes de detectar e transmitir, em tempo real, informações sobre possíveis focos de incêndio. A partir desta problemática, foram desenvolvidos instrumentos utilizando a plataforma Arduino. O protótipo elaborado é composto de um sensor de gás inflamável e fumaça (MQ-2), que tem a capacidade de detectar presença de gases combustíveis e fumaça no ar, um módulo RTC (Real Time Clock) capaz de informar a hora e data do possível foco de incêndio e um módulo de radiofrequência, que permite a comunicação entre uma rede de sensores e envio de dados em tempo real. Foram realizadas três calibrações, buscando-se uma maior precisão do instrumento, sendo uma delas realizada no Parque Nacional do Itatiaia (RJ), onde foi possível calibrar o sensor de acordo com o ambiente onde será implementado. A finalização do protótipo conta com abrigo modelado e impresso em impressora 3D, visando à proteção dos componentes utilizados. Os testes realizados demonstraram uma detecção positiva de gases inflamáveis, fumaça e imediato envio de alerta via rádio, com alcance inicial de aproximadamente 300m.Este estudo objetiva promover o desenvolvimento tecnológico na área de detecção de incêndios florestais, contribuindo na celeridade de seu combate. Incêndios florestais são eventos danosos para a fauna e flora. A ocorrência de queimadas em florestas tem aumentado significativamente, numa progressiva combinação de ações antrópicas e possíveis alterações climáticas. O atual sistema de detecção utilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) realiza a detecção de focos de calor via imagens de satélites, que são atualizadas a cada três horas. Este período entre o princípio do fogo e identificação do mesmo é suficiente para que o incêndio se alastre e ganhe grandes proporções, dificultando o combate pelo brigadista, isto aliado ao alto custo de implementação dos sistemas de monitoramento em tempo real presentes no mercado, inviabilizam o combate imediato e eficiente de focos de incêndio, principalmente em unidades de conservação, tais como Parques Nacionais, onde há constante interação do homem com a natureza. Identificou-se, portanto, a necessidade de meios de monitoramento de baixo custo que fossem capazes de detectar e transmitir, em tempo real, informações sobre possíveis focos de incêndio. A partir desta problemática, foram desenvolvidos instrumentos utilizando a plataforma Arduino. O protótipo elaborado é composto de um sensor de gás inflamável e fumaça (MQ-2), que tem a capacidade de detectar presença de gases combustíveis e fumaça no ar, um módulo RTC (Real Time Clock) capaz de informar a hora e data do possível foco de incêndio e um módulo de radiofrequência, que permite a comunicação entre uma rede de sensores e envio de dados em tempo real. Foram realizadas três calibrações, buscando-se uma maior precisão do instrumento, sendo uma delas realizada no Parque Nacional do Itatiaia (RJ), onde foi possível calibrar o sensor de acordo com o ambiente onde será implementado. A finalização do protótipo conta com abrigo modelado e impresso em impressora 3D, visando à proteção dos componentes utilizados. Os testes realizados demonstraram uma detecção positiva de gases inflamáveis, fumaça e imediato envio de alerta via rádio, com alcance inicial de aproximadamente 300m.Este estudo objetiva promover o desenvolvimento tecnológico na área de detecção de incêndios florestais, contribuindo na celeridade de seu combate. Incêndios florestais são eventos danosos para a fauna e flora. A ocorrência de queimadas em florestas tem aumentado significativamente, numa progressiva combinação de ações antrópicas e possíveis alterações climáticas. O atual sistema de detecção utilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) realiza a detecção de focos de calor via imagens de satélites, que são atualizadas a cada três horas. Este período entre o princípio do fogo e identificação do mesmo é suficiente para que o incêndio se alastre e ganhe grandes proporções, dificultando o combate pelo brigadista, isto aliado ao alto custo de implementação dos sistemas de monitoramento em tempo real presentes no mercado, inviabilizam o combate imediato e eficiente de focos de incêndio, principalmente em unidades de conservação, tais como Parques Nacionais, onde há constante interação do homem com a natureza. Identificou-se, portanto, a necessidade de meios de monitoramento de baixo custo que fossem capazes de detectar e transmitir, em tempo real, informações sobre possíveis focos de incêndio. A partir desta problemática, foram desenvolvidos instrumentos utilizando a plataforma Arduino. O protótipo elaborado é composto de um sensor de gás inflamável e fumaça (MQ-2), que tem a capacidade de detectar presença de gases combustíveis e fumaça no ar, um módulo RTC (Real Time Clock) capaz de informar a hora e data do possível foco de incêndio e um módulo de radiofrequência, que permite a comunicação entre uma rede de sensores e envio de dados em tempo real. Foram realizadas três calibrações, buscando-se uma maior precisão do instrumento, sendo uma delas realizada no Parque Nacional do Itatiaia (RJ), onde foi possível calibrar o sensor de acordo com o ambiente onde será implementado. A finalização do protótipo conta com abrigo modelado e impresso em impressora 3D, visando à proteção dos componentes utilizados. Os testes realizados demonstraram uma detecção positiva de gases inflamáveis, fumaça e imediato envio de alerta via rádio, com alcance inicial de aproximadamente 300m.Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)2019-11-15info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/114110.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1.1141Biodiversidade Brasileira ; v. 9 n. 1 (2019): Wildfire Conference: Resumos; 198Biodiversidade Brasileira ; Vol. 9 No. 1 (2019): Wildfire Conference: Resumos; 198Biodiversidade Brasileira ; Vol. 9 Núm. 1 (2019): Wildfire Conference: Resumos; 1982236-288610.37002/biodiversidadebrasileira.v9i1reponame:Biodiversidade Brasileirainstname:Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)instacron:ICMBIOporhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/1141/851Copyright (c) 2021 Biodiversidade Brasileira - BioBrasilhttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessLavorato Alves Dacal, Tito MagnoBezerra Soares, AngelusCataldi, MárcioMalheiros, João VictorNogueira Alt, Ana Moreira Guimarães, ThaísLache Salcedo, Ivanovich Getirana de Lima, LucasCaballero Rosillo, Egberto 2023-05-09T12:56:02Zoai:revistaeletronica.icmbio.gov.br:article/1141Revistahttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBRPUBhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/oaifernanda.oliveto@icmbio.gov.br || katia.ribeiro@icmbio.gov.br2236-28862236-2886opendoar:2023-05-09T12:56:02Biodiversidade Brasileira - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)false |
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