VIOLÊNCIA INFANTIL NA ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Elma Rafaela de
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Livinhale, Glória Vitória ferreira, Araújo, Luana Matos Silva, Carmo, Tânia Maria Delfraro, Borges, Amanda Aparecida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Eixos Tech
Texto Completo: https://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/254
Resumo: O termo violência obstétrica se refere aos diversos tipos de agressão ocorrido no pré-natal, parto ou pós-parto, e no atendimento de casos de abortamento. Embora esse termo possa sugerir que ocorra apenas com as gestantes, é importante ressaltar que o respeito na hora do parto não termina na mulher, o recém-nascido precisa e deve ser respeitado. Diante disso, este estudo tem como objetivo evidenciar os tipos de violência infantil diante da assistência no momento do parto. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, onde foi realizado o levantamento sobre os maus tratos infantil na assistência ao recém-nascido, processado em bases de dados da SciELO e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), que contém artigos, dissertações e manuais. Para selecionar os artigos os critérios de inclusão adotados foram: relevância do estudo de acordo com o tema proposto, ano de publicação sendo os últimos 5 anos (2014 a 2019), artigos disponíveis na língua portuguesa e artigos com texto completos. A busca foi realizada no mês de Abril de 2019. As palavras chaves utilizadas nas janelas de buscas eletrônicas foram: Parto humanizado, Violência infantil, Enfermagem. Muitos profissionais da saúde ainda seguem protocolos médicos arcaicos, sem necessidade, que causam desconforto e dor ao recém-nascido. De acordo com os estudos, os procedimentos desnecessários realizados no recém-nascido são: ser privado de contato humano; ser pesado ou medido antes de ter contato pele a pele com a mãe; ser aquecido em incubadora sem necessidade, já que pode ser aquecido no corpo da mãe; ter a primeira amamentação adiada sem necessidade, o recém-nascido deve ser amamentado na primeira hora de vida, mesmo em casos de cesárea; ser alimentado por mamadeira com leites artificiais antes da primeira mamada, o que pode interferir na amamentação e predispor o recém-nascido a problemas de saúde; ter o vérnix caseoso removido nas primeiras horas, pois o vérnix protege e hidrata a pele sensível do bebê; ter conteúdo gástrico aspirado, podendo ocorrer complicações como alteração da frequência cardíaca e dificuldade na amamentação; receber tapinhas para chorar; ter o cordão umbilical cortado enquanto pulsa. Antes do nascimento, o feto é totalmente dependente da mãe para as suas funções vitais. O período de transição e adaptação do recém-nascido é favorecido pelo trabalho de parto e assistência prestada logo após o nascimento. Diante disso, uma das estratégias mais importantes é o contato pele-a-pele do recém-nascido com a mãe logo após o nascimento. Esse contato favorece o laço afetivo entre mãe e filho e determina desfechos relevantes para os processos fisiológicos maternos. Portanto, cabe aos profissionais procurarem minimizar os efeitos e traumas na assistência, agindo como facilitadores do apego entre mãe e bebê. Por outro lado, notaram-se importantes novos estudos que abordem essa temática, para assim ampliar a discussão podendo provocar mudanças na prática.
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