An??lise combinada do transcriptoma de gl??ndula de veneno e do proteoma do veneno da esp??cie pseudonaja textilis (Elapidae: Serpentes)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: VIALA, VINCENT L.
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Título da fonte: Repositório Institucional do IPEN
Texto Completo: http://repositorio.ipen.br/handle/123456789/10630
Resumo: As toxinas de veneno de serpentes t??m como principal fun????o alterar a homeostase das presas para fins de alimenta????o ou defesa. O estudo aprofundado da composi????o do veneno de serpentes ?? importante para a produ????o de soros antiof??dicos mais eficientes, para a descoberta de novos f??rmacos e na compreens??o de processos biol??gicos, ecol??gicos e evolutivos. As pesquisas com toxinas t??m mostrado uma versatilidade natural, refinada pela evolu????o, na diversifica????o de fun????es em fam??lias de prote??nas recrutadas de suas fun????es end??genas, por meio de sucessivas duplica????es e acumulo de muta????es levando a uma evolu????o acelerada. A mir??ade de toxinas dispon??veis e sua diversidade de fun????es ainda n??o foram completamente descritas. A combina????o das an??lises em larga escala do transcriptoma de novo da gl??ndula de veneno e do proteoma do veneno permite elaborar um perfil mais completo do toxinoma do veneno, permitindo inclusive um aumento na sensibilidade da detec????o de toxinas pouco representadas e inesperadas nos venenos. O objetivo geral deste estudo foi analisar o toxinoma do veneno de uma das mais perigosas esp??cies australianas, a Pseudonaja textilis (Elapidae). Foi poss??vel identificar no veneno as toxinas: fatores de coagula????o de veneno do complexo protrombinase, subunidades de fosfolipases A2 (PLA2) da neurotoxina textilotoxin e PLA2 de atividade procoagulante, neurotoxinas tipo three-finger toxin (3FTx), inibidores de protease do tipo-kunitz textilinin, e pela primeira vez, uma nova variante de 3FTx, lectinas tipo C, CRiSP al??m de ind??cios de toxinas de lagarto Heloderma e outras prote??nas candidatas a toxinas como calreticulin e dipeptidase 2. Metaloproteinases, pouco estudadas em Elapidae, foram clonadas e detectadas no veneno por ensaios de fracionamento e imunoreatividade. A an??lise do transcriptoma identificou novas isoformas e variantes de toxinas, principalmente das 3FTx e dos inibidores de serinoproteases, assim como transcritos de toxinas que n??o foram detectadas no veneno e que merecem mais investiga????es. O quadro de sintomas com acidentes em humanos ?? bem explicado pelas toxinas identificadas, por??m, em seu habitat natural, as toxinas pouco conhecidas e at?? ent??o n??o descritas devem ter fun????es importantes e espec??ficas na preda????o. Identificar esta diversidade de variantes ?? importante para entender o modo de a????o das toxinas.
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