Memórias documentadas do grupo “Tradição dos Orixás”: reações, resistência e ressonâncias afro-brasileiras dos anos 1980
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Data de Publicação: | 2021 |
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Resumo: | Resumo: As religiões afro-brasileiras integram as lutas históricas de resistência às tentativas de apagamento da história e memória dos descendentes de africanos no Brasil. Entretanto, foi em fins dos anos 1980 e início dos anos 1990 que os terreiros e os seus integrantes, as chamadas comunidades de Egbé, passaram a exercer o protagonismo político na elaboração de estratégias político-jurídicas e epistemológicas de combate ao racismo. A partir da experiência do Projeto Tradição dos Orixás, constituído na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, analisa-se o movimento de afroperspectivação que ressignificou o papel de sacerdotes e sacerdotisas (autoridades civilizatórias) das religiões afro-brasileiras, deslocando-os do plano da representação simbólica e os inserindo na condição de interlocutores de um novo traçado de luta antirracista, que interpõe raça e religião. O objetivo deste artigo é apresentar essa trajetória singular, destacando a diversidade de estratégias de resistência, em particular, a perspectiva dos valores afrocentrados dentro dos terreiros e suas repercussões contemporâneas. |
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Memórias documentadas do grupo “Tradição dos Orixás”: reações, resistência e ressonâncias afro-brasileiras dos anos 1980memórias Afro-brasileirasTradição dos Orixásracismo religiosointolerância religiosaResumo: As religiões afro-brasileiras integram as lutas históricas de resistência às tentativas de apagamento da história e memória dos descendentes de africanos no Brasil. Entretanto, foi em fins dos anos 1980 e início dos anos 1990 que os terreiros e os seus integrantes, as chamadas comunidades de Egbé, passaram a exercer o protagonismo político na elaboração de estratégias político-jurídicas e epistemológicas de combate ao racismo. A partir da experiência do Projeto Tradição dos Orixás, constituído na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, analisa-se o movimento de afroperspectivação que ressignificou o papel de sacerdotes e sacerdotisas (autoridades civilizatórias) das religiões afro-brasileiras, deslocando-os do plano da representação simbólica e os inserindo na condição de interlocutores de um novo traçado de luta antirracista, que interpõe raça e religião. O objetivo deste artigo é apresentar essa trajetória singular, destacando a diversidade de estratégias de resistência, em particular, a perspectiva dos valores afrocentrados dentro dos terreiros e suas repercussões contemporâneas.Instituto de Estudos da Religião2021-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-85872021000300025Religião & Sociedade v.41 n.3 2021reponame:Religião & Sociedade (Online)instname:Instituto de Estudos da Religião (ISER)instacron:ISER10.1590/0100-85872021v41n3cap01info:eu-repo/semantics/openAccessGomes,Edlaine de CamposOliveira,Luís Cláudio depor2022-03-04T00:00:00Zoai:scielo:S0100-85872021000300025Revistahttp://www.scielo.br/rsPRIhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||religiaoesociedade@iser.org.br1984-04380100-8587opendoar:2022-03-04T00:00Religião & Sociedade (Online) - Instituto de Estudos da Religião (ISER)false |
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