Condições higiênico-sanitárias de refeições vendidas em viaturas nas ruas da baixa da cidade de Maputo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Salvador,Elsa Maria
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Cossa,Zaila Abrão, Magaia,Telma Levi Jamisse
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Food Technology
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-67232020000100468
Resumo: Resumo Em Moçambique, a venda de refeições em viaturas nas ruas da cidade de Maputo e nas redondezas tem estado a crescer. Entretanto, o consumo de refeições na rua representa riscos para a saúde do consumidor devido às precárias práticas de higiene em que as refeições são vendidas. Com objetivo de avaliar as condições higiênico-sanitárias em que as refeições são vendidas em viaturas nas ruas da baixa da cidade de Maputo, trinta e três viaturas de venda de refeições foram avaliadas. Os proprietários das viaturas foram submetidos a um questionário com perguntas semiestruturadas e uma lista de verificação (checklist) para averiguar a implementação das boas práticas na confecção e venda de refeições. Aproximadamente 90% (29) dos proprietários das viaturas eram do sexo feminino, 39,39% (13) possuíam nível secundário, 30,30% (10), nível básico, 27,27% (9), nível primário e 3,03% (1) não tinham nenhum nível de escolaridade. Do total dos vendedores, 33,33% não possuía qualquer instrução sobre a confecção e venda de refeições. Mais de 50% dos vendedores apresentava bata branca em boas condições. Os adornos (relógios, anéis e pulseiras) foram observados em 21,21% e a higiene das mãos em 63,63% dos vendedores. Apenas 24,24% dos vendedores possuía recipientes íntegros, limpos e de fácil transporte para o acondicionamento de lixo. A periodicidade de higienização das viaturas variava entre os vendedores: 51.52% diariamente, 24.24% em dias alternados e 24.24% semanalmente. Nas imediações de venda foram observadas condições de insalubridade, tais como acúmulos de lixo diverso (capim, pedras, garrafas e papel). Mais da metade dos vendedores nunca ouviu falar da legislação sobre a atividade e nunca foi vistoriado por alguma entidade. As condições higiênico-sanitárias eram satisfatórias em mais de 50% dos vendedores. Contudo, as viaturas não eram apropriadas, o ambiente de venda, higienização e manejo de resíduos, precisariam ser melhorados. Formação integral e contínua dos trabalhadores foi o ponto crítico, as entidades de direito devem certificar e monitorar o exercício da atividade.
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