Microencapsulação do extrato de erva-mate (Ilex paraguariensis) por gelificação iônica: avaliação da estabilidade e aplicação em barras de frutas e cereais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório do Instituto de Tecnologia de Alimentos |
Texto Completo: | http://repositorio.ital.sp.gov.br/jspui/handle/123456789/607 |
Resumo: | A erva-mate (Ilex paraguariensis) é encontrada principalmente na região centro-sul brasileira e faz parte da cultura de países como Argentina e Paraguai. Seu consumo iniciou-se com os povos nativos dessas áreas e foi passado de geração em geração, permanecendo até os dias atuais. Destaca-se por seus elevados níveis de compostos fenólicos e atividade antioxidante, que propiciam benefícios à saúde. Muito estudos a associam a prevenção de câncer e de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Ultimamente buscam-se maneiras de utilizá-la além da forma convencional, como bebida. Uma das alternativas encontradas para adicioná-la em produtos processados, sem muitos prejuízos relacionados ao seu potencial bioativo, é com o emprego de microencapsulação, técnica que consiste no aprisionamento de substâncias em microestruturas, preservando suas características por mais tempo. Entre as técnicas utilizadas está a gelificação iônica, que tem a finalidade de proteger a substância pretendida, sem a exigência de temperaturas elevadas. Sendo compatível para preservação de compostos sensíveis, que se degradam facilmente. Este trabalho teve o objetivo de empregar o método de gelificação iônica para obter micropartículas contendo o extrato de erva-mate, avaliar a estabilidade e aplicação em barras de frutas. Foram realizadas análises de caracterização e estabilidade do extrato a 5, 15 e 25°C por nove períodos. Desse extrato preparou-se emulsões simples (A/O), com diferentes teores de emulsificante. Após testes escolheu-se a melhor opção para dar prosseguimento ao projeto. A emulsão simples foi caracterizada e transformada em emulsão dupla (A/O/A), sendo usada para elaboração das micropartículas e também caracterizada. Visando sua aplicação, promoveu-se a secagem das micropartículas, realizada em leito fluidizado. As micropartículas secas foram caracterizadas e estudou-se sua estabilidade a 25 e 35°C, por seis períodos, em umidade controlada (55%). As micropartículas foram aplicadas em barras de frutas e cerais, das quais realizou-se análises de caracterização e avaliação sensorial. Os resultados obtidos mostraram que o extrato possui elevado teor de compostos fenólicos totais, principalmente ácido clorogênico (5-CQA), e de atividade antioxidante. Os estudos de estabilidade mostraram que as micropartículas secas permaneceram mais estáveis ao armazenamento que o extrato, o qual apresentou maior mudança na cor e degradação dos compostos fenólicos. As barras com extrato e partículas secas tiveram aceitação acima de 80%. A menos aceita foi a adicionada de partículas úmidas, com rejeição para textura e crocância. A barra com micropartículas secas, além de preservar os compostos de interesse ainda apresentou boas avaliações, sendo considerada aceita por grande parte dos provadores. |
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Microencapsulação do extrato de erva-mate (Ilex paraguariensis) por gelificação iônica: avaliação da estabilidade e aplicação em barras de frutas e cereaisErva-mateCompostos fenólicosMicroencapsulaçãoGelificação iônicaAplicação em alimentosA erva-mate (Ilex paraguariensis) é encontrada principalmente na região centro-sul brasileira e faz parte da cultura de países como Argentina e Paraguai. Seu consumo iniciou-se com os povos nativos dessas áreas e foi passado de geração em geração, permanecendo até os dias atuais. Destaca-se por seus elevados níveis de compostos fenólicos e atividade antioxidante, que propiciam benefícios à saúde. Muito estudos a associam a prevenção de câncer e de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Ultimamente buscam-se maneiras de utilizá-la além da forma convencional, como bebida. Uma das alternativas encontradas para adicioná-la em produtos processados, sem muitos prejuízos relacionados ao seu potencial bioativo, é com o emprego de microencapsulação, técnica que consiste no aprisionamento de substâncias em microestruturas, preservando suas características por mais tempo. Entre as técnicas utilizadas está a gelificação iônica, que tem a finalidade de proteger a substância pretendida, sem a exigência de temperaturas elevadas. Sendo compatível para preservação de compostos sensíveis, que se degradam facilmente. Este trabalho teve o objetivo de empregar o método de gelificação iônica para obter micropartículas contendo o extrato de erva-mate, avaliar a estabilidade e aplicação em barras de frutas. Foram realizadas análises de caracterização e estabilidade do extrato a 5, 15 e 25°C por nove períodos. Desse extrato preparou-se emulsões simples (A/O), com diferentes teores de emulsificante. Após testes escolheu-se a melhor opção para dar prosseguimento ao projeto. A emulsão simples foi caracterizada e transformada em emulsão dupla (A/O/A), sendo usada para elaboração das micropartículas e também caracterizada. Visando sua aplicação, promoveu-se a secagem das micropartículas, realizada em leito fluidizado. As micropartículas secas foram caracterizadas e estudou-se sua estabilidade a 25 e 35°C, por seis períodos, em umidade controlada (55%). As micropartículas foram aplicadas em barras de frutas e cerais, das quais realizou-se análises de caracterização e avaliação sensorial. Os resultados obtidos mostraram que o extrato possui elevado teor de compostos fenólicos totais, principalmente ácido clorogênico (5-CQA), e de atividade antioxidante. Os estudos de estabilidade mostraram que as micropartículas secas permaneceram mais estáveis ao armazenamento que o extrato, o qual apresentou maior mudança na cor e degradação dos compostos fenólicos. As barras com extrato e partículas secas tiveram aceitação acima de 80%. A menos aceita foi a adicionada de partículas úmidas, com rejeição para textura e crocância. A barra com micropartículas secas, além de preservar os compostos de interesse ainda apresentou boas avaliações, sendo considerada aceita por grande parte dos provadores.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES)Fapesp / CapesInstituto de Tecnologia de Alimentos (Ital)Campinas SPBrasilPós-graduação em Ciência e Tecnologia de AlimentosBudin, Ana CarolineMoura, Sílvia Cristina Sobottka Rolim de. (Orientador)2023-02-01T19:36:43Z2023-02-01T19:36:43Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPDFapplication/pdfhttp://repositorio.ital.sp.gov.br/jspui/handle/123456789/607info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório do Instituto de Tecnologia de Alimentosinstname:Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)instacron:ITAL2023-05-11T18:14:57Zoai:http://repositorio.ital.sp.gov.br:123456789/607Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ital.sp.gov.br/oai/requestbjftsec@ital.sp.gov.br || bjftsec@ital.sp.gov.bropendoar:2023-05-11T18:14:57Repositório do Instituto de Tecnologia de Alimentos - Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)false |
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