Modelo de digestão in vitro / células caco-2 para estimar a biodisponibilidade do ferro em formulações contendo Fe-peptídeos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gaigher, Bruna
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Pacheco, Teresa Bertoldo (Orientador)
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório do Instituto de Tecnologia de Alimentos
Texto Completo: http://repositorio.ital.sp.gov.br/jspui/handle/123456789/102
Resumo: O ferro constitui um dos elementos traço essencial da nutrição humana. Dado ao elevado percentual de indivíduos deficientes em ferro, tem ocorrido grande interesse no estudo do potencial de novos peptídeos quelantes de metais, os quais, ao serem disponibilizados como suplementos alimentares apresentem estabilidade e biodisponibilidade do mineral. Este projeto teve como objetivo avaliar a bioacessibilidade e biodisponibilidade do ferro complexado à peptídeos (ativo), das micropartículas contendo ativo e das formulações contendo as micropartículas. Os peptídeos de baixo peso molecular foram obtidos a partir das proteínas do soro de leite hidrolisadas com alcalase® . Para compor o ativo foram estudadas diferentes proporções de peptídeos para ferro, para a formação de complexos Fe-peptídeo, assim como o material de parede. As micropartículas foram obtidas pela técnica de spray drying tendo como material de parede a maltodextrina e a polidextrose. As misturas secas para bebidas, contendo micropartículas com complexos de Fe-peptídeos, foram elaboradas nos sabores de tangerina, morango e chocolate. Todos os complexos, micropartículas e formulações foram caracterizadas e avaliadas quanto à bioacessibilidade e biodisponibilidade do ferro in vitro, segundo métodos de solubilidade, dialisabilidade e cultura de células (Caco-2). Foi selecionada a proporção de 10:1 de peptídeo: ferro, pois apresentou desempenho desejável no processo de disponibilizar o mineral para os diferentes ensaios de bioacessibilidade (93 % de Fe solúvel, 89% de Fe solúvel após digestão; 49% de Fe dialisado) e biodisponibilidade (56 %). O complexo Fe-peptídeo apresentou maior solubilidade (39,12%), bioacessibilidade (19,84 %) e biodisponibilidade (34,85 %) que o sal de sulfato ferroso (10,17%;12,86%; 9,72%, respectivamente). Foi testada a otimização do método de ARGYRI et al, 2009 através da adaptação do método da digestão de MINEKUS et al (2014) para o sistema de ARGYRI et al (2009) que ratificou os resultados obtidos pelo método de digestão de ARGYRI, para as diferentes proporções avaliadas neste estudo. O método de ARGYRI se mostrou preditivo para absorção do ferro para o modelo celular com linhagens de Caco-2. A presença de ácido ascórbico e cítrico nas formulações de tangerina e morango contribui para a absorção do ferro segundo os resultados obtidos para a bioacessibilidade (36,76 %; 29,98 %, respectivamente) e estimativa de biodisponibilidade do mineral (80,53%; 84,13% respectivamente). O sabor chocolate mostrou desfavorável a disponibilização do ferro (14,31% Fe dialisado e 33,63% biodisponível), provavelmente devido a presença do cacau e goma para prover a consistência viscosa característica da bebida. Tanto as micropartículas como as formulações foram efetivas em disponibilizar o ferro.
id ITAL-2_1caee4388352ac16f05ac6f2d619cb9f
oai_identifier_str oai:http://repositorio.ital.sp.gov.br:123456789/102
network_acronym_str ITAL-2
network_name_str Repositório do Instituto de Tecnologia de Alimentos
repository_id_str
spelling Modelo de digestão in vitro / células caco-2 para estimar a biodisponibilidade do ferro em formulações contendo Fe-peptídeosFe-peptídeoAtivo MicroencapsuladoBioacessibilidadeCélulas caco-2DialisabilidadeO ferro constitui um dos elementos traço essencial da nutrição humana. Dado ao elevado percentual de indivíduos deficientes em ferro, tem ocorrido grande interesse no estudo do potencial de novos peptídeos quelantes de metais, os quais, ao serem disponibilizados como suplementos alimentares apresentem estabilidade e biodisponibilidade do mineral. Este projeto teve como objetivo avaliar a bioacessibilidade e biodisponibilidade do ferro complexado à peptídeos (ativo), das micropartículas contendo ativo e das formulações contendo as micropartículas. Os peptídeos de baixo peso molecular foram obtidos a partir das proteínas do soro de leite hidrolisadas com alcalase® . Para compor o ativo foram estudadas diferentes proporções de peptídeos para ferro, para a formação de complexos Fe-peptídeo, assim como o material de parede. As micropartículas foram obtidas pela técnica de spray drying tendo como material de parede a maltodextrina e a polidextrose. As misturas secas para bebidas, contendo micropartículas com complexos de Fe-peptídeos, foram elaboradas nos sabores de tangerina, morango e chocolate. Todos os complexos, micropartículas e formulações foram caracterizadas e avaliadas quanto à bioacessibilidade e biodisponibilidade do ferro in vitro, segundo métodos de solubilidade, dialisabilidade e cultura de células (Caco-2). Foi selecionada a proporção de 10:1 de peptídeo: ferro, pois apresentou desempenho desejável no processo de disponibilizar o mineral para os diferentes ensaios de bioacessibilidade (93 % de Fe solúvel, 89% de Fe solúvel após digestão; 49% de Fe dialisado) e biodisponibilidade (56 %). O complexo Fe-peptídeo apresentou maior solubilidade (39,12%), bioacessibilidade (19,84 %) e biodisponibilidade (34,85 %) que o sal de sulfato ferroso (10,17%;12,86%; 9,72%, respectivamente). Foi testada a otimização do método de ARGYRI et al, 2009 através da adaptação do método da digestão de MINEKUS et al (2014) para o sistema de ARGYRI et al (2009) que ratificou os resultados obtidos pelo método de digestão de ARGYRI, para as diferentes proporções avaliadas neste estudo. O método de ARGYRI se mostrou preditivo para absorção do ferro para o modelo celular com linhagens de Caco-2. A presença de ácido ascórbico e cítrico nas formulações de tangerina e morango contribui para a absorção do ferro segundo os resultados obtidos para a bioacessibilidade (36,76 %; 29,98 %, respectivamente) e estimativa de biodisponibilidade do mineral (80,53%; 84,13% respectivamente). O sabor chocolate mostrou desfavorável a disponibilização do ferro (14,31% Fe dialisado e 33,63% biodisponível), provavelmente devido a presença do cacau e goma para prover a consistência viscosa característica da bebida. Tanto as micropartículas como as formulações foram efetivas em disponibilizar o ferro.FAPESP / CAPESInstituto de Tecnologia de Alimentos (Ital)Campinas-SPBrasilPós-graduação em Ciências e Tecnologia de AlimentosGaigher, BrunaPacheco, Teresa Bertoldo (Orientador)2021-03-16T19:35:36Z2021-03-16T19:35:36Z201928 de Junho de 2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfGaigher, Bruna. Modelo de digestão in vitro / células caco-2 para estimar a biodisponibilidade do ferro em formulações contendo Fe-peptídeos.http://repositorio.ital.sp.gov.br/jspui/handle/123456789/102info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório do Instituto de Tecnologia de Alimentosinstname:Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)instacron:ITAL2023-05-18T15:00:41Zoai:http://repositorio.ital.sp.gov.br:123456789/102Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ital.sp.gov.br/oai/requestbjftsec@ital.sp.gov.br || bjftsec@ital.sp.gov.bropendoar:2023-05-18T15:00:41Repositório do Instituto de Tecnologia de Alimentos - Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)false
dc.title.none.fl_str_mv Modelo de digestão in vitro / células caco-2 para estimar a biodisponibilidade do ferro em formulações contendo Fe-peptídeos
title Modelo de digestão in vitro / células caco-2 para estimar a biodisponibilidade do ferro em formulações contendo Fe-peptídeos
spellingShingle Modelo de digestão in vitro / células caco-2 para estimar a biodisponibilidade do ferro em formulações contendo Fe-peptídeos
Gaigher, Bruna
Fe-peptídeo
Ativo Microencapsulado
Bioacessibilidade
Células caco-2
Dialisabilidade
title_short Modelo de digestão in vitro / células caco-2 para estimar a biodisponibilidade do ferro em formulações contendo Fe-peptídeos
title_full Modelo de digestão in vitro / células caco-2 para estimar a biodisponibilidade do ferro em formulações contendo Fe-peptídeos
title_fullStr Modelo de digestão in vitro / células caco-2 para estimar a biodisponibilidade do ferro em formulações contendo Fe-peptídeos
title_full_unstemmed Modelo de digestão in vitro / células caco-2 para estimar a biodisponibilidade do ferro em formulações contendo Fe-peptídeos
title_sort Modelo de digestão in vitro / células caco-2 para estimar a biodisponibilidade do ferro em formulações contendo Fe-peptídeos
author Gaigher, Bruna
author_facet Gaigher, Bruna
Pacheco, Teresa Bertoldo (Orientador)
author_role author
author2 Pacheco, Teresa Bertoldo (Orientador)
author2_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Pós-graduação em Ciências e Tecnologia de Alimentos
dc.contributor.author.fl_str_mv Gaigher, Bruna
Pacheco, Teresa Bertoldo (Orientador)
dc.subject.por.fl_str_mv Fe-peptídeo
Ativo Microencapsulado
Bioacessibilidade
Células caco-2
Dialisabilidade
topic Fe-peptídeo
Ativo Microencapsulado
Bioacessibilidade
Células caco-2
Dialisabilidade
description O ferro constitui um dos elementos traço essencial da nutrição humana. Dado ao elevado percentual de indivíduos deficientes em ferro, tem ocorrido grande interesse no estudo do potencial de novos peptídeos quelantes de metais, os quais, ao serem disponibilizados como suplementos alimentares apresentem estabilidade e biodisponibilidade do mineral. Este projeto teve como objetivo avaliar a bioacessibilidade e biodisponibilidade do ferro complexado à peptídeos (ativo), das micropartículas contendo ativo e das formulações contendo as micropartículas. Os peptídeos de baixo peso molecular foram obtidos a partir das proteínas do soro de leite hidrolisadas com alcalase® . Para compor o ativo foram estudadas diferentes proporções de peptídeos para ferro, para a formação de complexos Fe-peptídeo, assim como o material de parede. As micropartículas foram obtidas pela técnica de spray drying tendo como material de parede a maltodextrina e a polidextrose. As misturas secas para bebidas, contendo micropartículas com complexos de Fe-peptídeos, foram elaboradas nos sabores de tangerina, morango e chocolate. Todos os complexos, micropartículas e formulações foram caracterizadas e avaliadas quanto à bioacessibilidade e biodisponibilidade do ferro in vitro, segundo métodos de solubilidade, dialisabilidade e cultura de células (Caco-2). Foi selecionada a proporção de 10:1 de peptídeo: ferro, pois apresentou desempenho desejável no processo de disponibilizar o mineral para os diferentes ensaios de bioacessibilidade (93 % de Fe solúvel, 89% de Fe solúvel após digestão; 49% de Fe dialisado) e biodisponibilidade (56 %). O complexo Fe-peptídeo apresentou maior solubilidade (39,12%), bioacessibilidade (19,84 %) e biodisponibilidade (34,85 %) que o sal de sulfato ferroso (10,17%;12,86%; 9,72%, respectivamente). Foi testada a otimização do método de ARGYRI et al, 2009 através da adaptação do método da digestão de MINEKUS et al (2014) para o sistema de ARGYRI et al (2009) que ratificou os resultados obtidos pelo método de digestão de ARGYRI, para as diferentes proporções avaliadas neste estudo. O método de ARGYRI se mostrou preditivo para absorção do ferro para o modelo celular com linhagens de Caco-2. A presença de ácido ascórbico e cítrico nas formulações de tangerina e morango contribui para a absorção do ferro segundo os resultados obtidos para a bioacessibilidade (36,76 %; 29,98 %, respectivamente) e estimativa de biodisponibilidade do mineral (80,53%; 84,13% respectivamente). O sabor chocolate mostrou desfavorável a disponibilização do ferro (14,31% Fe dialisado e 33,63% biodisponível), provavelmente devido a presença do cacau e goma para prover a consistência viscosa característica da bebida. Tanto as micropartículas como as formulações foram efetivas em disponibilizar o ferro.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019
2021-03-16T19:35:36Z
2021-03-16T19:35:36Z
28 de Junho de 2019
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv Gaigher, Bruna. Modelo de digestão in vitro / células caco-2 para estimar a biodisponibilidade do ferro em formulações contendo Fe-peptídeos.
http://repositorio.ital.sp.gov.br/jspui/handle/123456789/102
identifier_str_mv Gaigher, Bruna. Modelo de digestão in vitro / células caco-2 para estimar a biodisponibilidade do ferro em formulações contendo Fe-peptídeos.
url http://repositorio.ital.sp.gov.br/jspui/handle/123456789/102
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital)
Campinas-SP
Brasil
publisher.none.fl_str_mv Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital)
Campinas-SP
Brasil
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório do Instituto de Tecnologia de Alimentos
instname:Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)
instacron:ITAL
instname_str Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)
instacron_str ITAL
institution ITAL
reponame_str Repositório do Instituto de Tecnologia de Alimentos
collection Repositório do Instituto de Tecnologia de Alimentos
repository.name.fl_str_mv Repositório do Instituto de Tecnologia de Alimentos - Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)
repository.mail.fl_str_mv bjftsec@ital.sp.gov.br || bjftsec@ital.sp.gov.br
_version_ 1798311819149836288