A inaplicabilidade do direito penal na proteção das religiões de matrizes africanas contra crimes de intolerância religiosa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CUNHA, Mylena Pereira da
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/67162
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar a inaplicabilidade do direito penal na proteção das religiões de matrizes africanas contra os crimes de intolerância religiosa. Tem como objetivos específicos analisar a legislação penal em vigor e sua obediência na punição de crimes de intolerância religiosa contra as matrizes africanas em consonância com as leis de combate à intolerância religiosa; identificar os fundamentos teóricos e jurídicos relacionados à proteção das religiões de matrizes africanas contra crimes de intolerância religiosa investigando os desafios enfrentados pelas vítimas e comunidades das religiões de matrizes africanas na obtenção de proteção legal efetiva contra a intolerância religiosa; pesquisar sobre as possíveis políticas públicas para fins e ações de intervenção elaboradas para esse público. Nesse contexto, a pesquisa será organizada por meio de uma revisão de literatura, tendo como tema norteador a pergunta: a aplicabilidade da lei nº 14.532/2023 atua garantindo o direito a liberdade religiosa de matrizes africanas, ou sua aplicabilidade desconstrói o direito da liberdade religiosa deixando o crime da intolerância sem a devida punição? Como resultado obteve que houve a urgência da existência de uma nova lei que foi implantada criando mecanismos para coibir e punir a intolerância religiosa, porém, as leis não estão tendo apoio policial nem judicial. A nova lei penal foi alterada com um artigo (208) que fala sobre a intolerância religiosa, porém, vem apresentando diversas controvérsias, que são analisadas pelo teor das palavras colocadas neles. A exigência das leis penais está atrasada com o que chamam de endurecer. Os eventos agressivos estão além do que diz a lei penal. Além disso, segundo a pesquisa foi constatado a existência de grupos de evangélicos políticos que incentivam as agressões e demais crimes às religiões da matriz africana, apenas pela vestimenta, pelos cultos religiosos, o que leva a crer que os ataques são somente de ordem racista.
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Nesse contexto, a pesquisa será organizada por meio de uma revisão de literatura, tendo como tema norteador a pergunta: a aplicabilidade da lei nº 14.532/2023 atua garantindo o direito a liberdade religiosa de matrizes africanas, ou sua aplicabilidade desconstrói o direito da liberdade religiosa deixando o crime da intolerância sem a devida punição? Como resultado obteve que houve a urgência da existência de uma nova lei que foi implantada criando mecanismos para coibir e punir a intolerância religiosa, porém, as leis não estão tendo apoio policial nem judicial. A nova lei penal foi alterada com um artigo (208) que fala sobre a intolerância religiosa, porém, vem apresentando diversas controvérsias, que são analisadas pelo teor das palavras colocadas neles. A exigência das leis penais está atrasada com o que chamam de endurecer. Os eventos agressivos estão além do que diz a lei penal. 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