As plantas alimentícias não convencionais no combate à insegurança alimentar e nutriconal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MACHADO, Myrella Alves
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/45361
Resumo: A Constituição Federal de 1988 garante a alimentação como um direito social à saúde, consoante a isso, o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) assegura que o Estado deve garantir a todos o direito ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidades suficientes, sem comprometer o acesso a outras necessidades básicas. Entretanto, cerca de 116,8 milhões de brasileiros, mais da metade da população, encontram-se em algum nível de insegurança alimentar e nutricional. Desse modo, o objetivo desta monografia é apresentar as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) como um alimento alternativo que auxiliará o combate à fome oculta, além de promover saúde e bem-estar a população. Para o desenvolvimento desta monografia foi consultado artigos e materiais de cunho científico publicados no Google acadêmico, Pubmed e Medline, assim como em sites de organizações oficiais, entre os anos de 2000 a 2022. Foram selecionados resultados em português, inglês e espanhol que abordaram tal temática. Foi observado ao longo da pesquisa que o atual comércio de vegetais é dominado por poucas espécies, o que gera uma dieta monótona. Quando se soma as mudanças no estilo de vida da população brasileira, nota-se alterações mais claras sobre os hábitos alimentares, como menor consumo de hortaliças, carnes, cereais e leguminosas. O aumento da fome e da Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN) pode ser explicado por mudanças climáticas, conflitos, alta de preços de combustíveis, fertilizantes e sementes, além dos nossos sistemas de produção e de distribuição de alimentos, o que faz com que nossa alimentação diária não contemple todos os nutrientes e compostos necessários para o equilíbrio metabólico do organismo humano. Sendo assim, a pesquisa realizada infere que as PANC são uma alternativa viável para o combate IAN, pois essas hortaliças representam ganhos tanto cultural, quanto econômico, social e nutricional. Sendo esse último fator de grande relevância para a mitigação da fome oculta – quando há uma ou mais carências de micronutrientes, pois as PANC são ricas em diversas vitaminas e minerais como, por exemplo, vitamina A, B, C, cálcio, fósforo, ferro e potássio, da qual contribuem para o aporte diário necessário. Seu consumo, consequentemente, representa uma alimentação sustentável que garante qualidade nutricional. Entretanto, os cuidados quanto às formas de preparo não devem ser negligenciados, visto que algumas espécies possuem toxicidade. Dessa maneira, atentar-se as particularidades de cada planta é imprescindível para a garantia adequada de seu uso.
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