Histórias de vida como instrumento de fortalecimento de identidade em idosos institucionalizados

• Autor(a) principal: SANTOS, Angélica Dias
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Scientia – Repositório Institucional
• Texto Completo: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/47632
• topic: Envelhecimento; Instituição de Longa Permanência para idosos; Psicologia social

Incentivar a contação de histórias por parte de idosos institucionalizados a fim de que revivam suas lembranças e compartilhem seu conhecimento sobre o vivido, possibilitando a ressignificação de suas experiências. Foram realizados encontros semanais com os idosos de uma instituição localizada na grande Vitória, Espírito Santo, num período de seis meses, duas vezes por semana, no ano de 2017. Foram realizadas oficinas de memória com foco nos acontecimentos da vida a fim de explorar as narrativas trazidas pelos idosos. Ao ouvir os idosos, abrimos espaço para que eles contassem sua trajetória de vida, contribuindo assim para o fortalecimento de suas identidades e memórias (OTONNI, SOUSA, LIMA et al, 2011). A partir da realização das oficinas com objetivos de resgate de memórias e todo o processo de construção das histórias dos idosos, foi possível compreender a importância de ouvirmos os idosos, de prestar atenção ao que cada um trazia, sem julgamentos acerca do que poderia ser verídico ou não. Ao contar suas histórias foi dada a oportunidade aos idosos de reviverem momentos que marcaram suas vidas e ressignificar estes momentos a partir do presente, atribuindo valor as experiências vividas. Para Domingues (2014), a velhice se constitui como uma experiência narrativa, pois suas histórias consolidam seu modo de ser, de ver a vida e de se relacionar com os outros. Dessa forma a narrativa traz aspectos próprios, confluindo passado e presente, trazendo à tona experiências vividas, atravessadas pelos “esquecimentos” e “acréscimos” carregados de significados de existência. O contato e a troca com os idosos proporcionaram um distanciamento daquela que tantas vezes é sua maior companheira: a solidão.