Incerteza, racionalidade limitada e comportamento oportunista: um estudo na indústria brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva,Adilson Aderito da
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Brito,Eliane Pereira Zamith
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: RAM. Revista de Administração Mackenzie
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712013000100008
Resumo: A proposta deste estudo foi entender o comportamento oportunista a partir dos conceitos incerteza, racionalidade limitada e especificidade de ativos. Para tal, um modelo teórico foi proposto e testado, em que se operacionalizou a especificidade segundo os ativos dedicados, os ativos físicos e os ativos humanos, em conformidade com os trabalhos Anderson e Schmittlein (1984), Carson, Madhok e Wu (2006) e Skarmeas, Katsikeas e Schlegelmilch (2002), ancorados na teoria dos custos de transação (TCT). O comportamento oportunista foi operacionalizado a partir dos indicadores propostos por Carson, Madhok e Wu (2006). A racionalidade limitada foi estudada na perspectiva de Simon (1957, 1980), e a operacionalização do constructo incerteza se amparou nos trabalhos de Knight (2002), Duncan (1972), Gordon e Narayanan (1984), Milliken (1987) e Milliken (1990). Os dados coletados junto a 111 gestores da indústria de transformação no Brasil, selecionados na base da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), foram submetidos à modelagem por equações estruturais. Os resultados apontam que a racionalidade limitada e a especificidade dos ativos influenciam positivamente o comportamento oportunista dos agentes econômicos, confirmando os argumentos da teoria dos custos de transação, ou seja, quanto maior a especificidade dos ativos, menores as possibilidades de reaproveitamento do investimento, tornando a continuidade do relacionamento valiosa e alvo potencial de ações oportunistas. Os resultados também confirmaram a multidimensionalidade do constructo incerteza, reforçando os argumentos teóricos da perspectiva da incerteza da informação. Tal constatação, aliada às definições de Simon (1957, 1980), possibilitou a operacionalização do constructo racionalidade limitada a partir da incerteza de efeito e da incerteza de resposta, bem como a constatação da importância dessa premissa na explicação da existência dos custos de transação. Nesse sentido, os resultados abrem um leque de possibilidades e contribuem significativamente para o avanço dos estudos empíricos no campo da TCT.
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