O poder naval soviético na década de 1960: uma abordagem à luz das teorias de Geoffrey Till e Cláudio Senna
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) |
Texto Completo: | https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/846207 |
Resumo: | Durante a Guerra Fria (1947-1989), os EUA e a Ex-URSS buscaram ter a hegemonia mundial, através de disputas políticas, econômicas e militares. Nesse contexto de tensão, ocorreram crises entre os dois contendores que quase levaram o planeta a um conflito nuclear. Com isso, o emprego dos Poderes Navais desses Estados seria necessário para a condução dessas crises. Com pouca expressão de poder nos oceanos, a Marinha da Ex-URSS fracassou nas Manobras de Crise em Cuba (1962) e no Congo (1960-1965), porém, incrivelmente, passou por mudanças que a transformaram em uma marinha poderosa no final da década de 1960. Essa marinha não somente passou a contar com grandes e modernos meios navais, que podiam rivalizar com seus equivalentes da OTAN, mas também mudou parte da doutrina de como empregá-los e, isso tudo, em um curto espaço de tempo. Na mesma década, uma enorme descoberta de petróleo e gás, na Sibéria, deu um gigantesco fôlego econômico para Ex-URSS, aumentando seu comércio externo, o que gerou uma necessidade de uma maior marinha mercante e recursos para a construção de um Poder Naval poderoso para proteger essa marinha. Esse ciclo virtuoso, pelo qual passou a Ex-URSS, é definido por Geoffrey Till (1945) como Ciclo Virtuoso do Mar. Após identificarmos a década de 1960 como o período de inflexão para a Ex-URSS, buscamos esclarecer as razões para os fracassos das manobras de crise realizadas pelo Poder Naval soviético e como esse poder foi reconstruído para transformar a MURSS em uma marinha de águas oceânicas. Para alcançar esse propósito, confrontamos as teorias de Geoffrey Till e de Cláudio Senna com a construção do Poder Naval soviético na década de 1960. Primeiramente, aprofundamos os conceitos de Crise e de Manobra de Crise do autor Cláudio Senna (1964), verificando, dessa forma, que as conduções de crise da Ex-URSS tiveram pouca aderência a essa teoria no início da década de 1960, mas passaram a ter uma aderência maior no final dessa década, quando esse Estado passou a se preparar para as futuras crises. Após isso, com a teoria de Geoffrey Till, comparamos as Missões Estratégicas, definidas como essenciais por esse autor, para que uma marinha moderna respalde os interesses do Estado com a construção do Poder Naval soviético na década de 1960 e constatamos que essa construção de poder e estratégia naval adotada, também, tiveram aderência à teoria do autor. Nesse contexto, concluímos que a crise pode ser a fase anterior de um conflito armado e, a partir disso, confirmamos que o Poder Naval soviético estava apto para, no final daquela década, respaldar os interesses políticos da Ex-URSS, utilizando as Manobras de Crise. Isso somente foi possível porque esse Estado preparou a MURSS para cumprir as Missões Estratégicas de Geoffrey Till, estando esta marinha estava apta a atuar em conflitos armados, sendo capaz de enfrentar, até mesmo, as marinhas ocidentais. Por fim, sugerimos à MB que promova debates sobre o tema com a sociedade brasileira, visando conscientizá-la da importância de se ter um Poder Naval moderno e preparado. |
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Silva, Vítor Corrêa daCoelho, Emilio Reis2023-06-01T17:22:39Z2023-06-01T17:22:39Z2022https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/846207Durante a Guerra Fria (1947-1989), os EUA e a Ex-URSS buscaram ter a hegemonia mundial, através de disputas políticas, econômicas e militares. Nesse contexto de tensão, ocorreram crises entre os dois contendores que quase levaram o planeta a um conflito nuclear. Com isso, o emprego dos Poderes Navais desses Estados seria necessário para a condução dessas crises. Com pouca expressão de poder nos oceanos, a Marinha da Ex-URSS fracassou nas Manobras de Crise em Cuba (1962) e no Congo (1960-1965), porém, incrivelmente, passou por mudanças que a transformaram em uma marinha poderosa no final da década de 1960. Essa marinha não somente passou a contar com grandes e modernos meios navais, que podiam rivalizar com seus equivalentes da OTAN, mas também mudou parte da doutrina de como empregá-los e, isso tudo, em um curto espaço de tempo. Na mesma década, uma enorme descoberta de petróleo e gás, na Sibéria, deu um gigantesco fôlego econômico para Ex-URSS, aumentando seu comércio externo, o que gerou uma necessidade de uma maior marinha mercante e recursos para a construção de um Poder Naval poderoso para proteger essa marinha. Esse ciclo virtuoso, pelo qual passou a Ex-URSS, é definido por Geoffrey Till (1945) como Ciclo Virtuoso do Mar. Após identificarmos a década de 1960 como o período de inflexão para a Ex-URSS, buscamos esclarecer as razões para os fracassos das manobras de crise realizadas pelo Poder Naval soviético e como esse poder foi reconstruído para transformar a MURSS em uma marinha de águas oceânicas. Para alcançar esse propósito, confrontamos as teorias de Geoffrey Till e de Cláudio Senna com a construção do Poder Naval soviético na década de 1960. Primeiramente, aprofundamos os conceitos de Crise e de Manobra de Crise do autor Cláudio Senna (1964), verificando, dessa forma, que as conduções de crise da Ex-URSS tiveram pouca aderência a essa teoria no início da década de 1960, mas passaram a ter uma aderência maior no final dessa década, quando esse Estado passou a se preparar para as futuras crises. Após isso, com a teoria de Geoffrey Till, comparamos as Missões Estratégicas, definidas como essenciais por esse autor, para que uma marinha moderna respalde os interesses do Estado com a construção do Poder Naval soviético na década de 1960 e constatamos que essa construção de poder e estratégia naval adotada, também, tiveram aderência à teoria do autor. Nesse contexto, concluímos que a crise pode ser a fase anterior de um conflito armado e, a partir disso, confirmamos que o Poder Naval soviético estava apto para, no final daquela década, respaldar os interesses políticos da Ex-URSS, utilizando as Manobras de Crise. Isso somente foi possível porque esse Estado preparou a MURSS para cumprir as Missões Estratégicas de Geoffrey Till, estando esta marinha estava apta a atuar em conflitos armados, sendo capaz de enfrentar, até mesmo, as marinhas ocidentais. Por fim, sugerimos à MB que promova debates sobre o tema com a sociedade brasileira, visando conscientizá-la da importância de se ter um Poder Naval moderno e preparado.Apresentado à Escola de Guerra Naval, como requisito parcial para conclusão do Curso de Estado-Maior para Oficiais Superiores (C-EMOS 2022).Escola de Guerra Naval (EGN)Estratégia, estratégia marítima e estratégia navalMarinha da ex-URSS (MURSS)Manobra de criseMissões estratégicasCláudio SennaGeoffrey TillConstrução do Poder Naval SoviéticoO poder naval soviético na década de 1960: uma abordagem à luz das teorias de Geoffrey Till e Cláudio Sennainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)instname:Marinha do Brasil (MB)instacron:MBORIGINALCEMOS2022_CORRÊA.pdfCEMOS2022_CORRÊA.pdfapplication/pdf1180095https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/846207/1/CEMOS2022_CORR%c3%8aA.pdfd2e2f710118e4038122b3f326c22843bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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