O poder naval soviético na década de 1960: uma abordagem à luz das teorias de Geoffrey Till e Cláudio Senna

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Vítor Corrêa da
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
Texto Completo: https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/846207
Resumo: Durante a Guerra Fria (1947-1989), os EUA e a Ex-URSS buscaram ter a hegemonia mundial, através de disputas políticas, econômicas e militares. Nesse contexto de tensão, ocorreram crises entre os dois contendores que quase levaram o planeta a um conflito nuclear. Com isso, o emprego dos Poderes Navais desses Estados seria necessário para a condução dessas crises. Com pouca expressão de poder nos oceanos, a Marinha da Ex-URSS fracassou nas Manobras de Crise em Cuba (1962) e no Congo (1960-1965), porém, incrivelmente, passou por mudanças que a transformaram em uma marinha poderosa no final da década de 1960. Essa marinha não somente passou a contar com grandes e modernos meios navais, que podiam rivalizar com seus equivalentes da OTAN, mas também mudou parte da doutrina de como empregá-los e, isso tudo, em um curto espaço de tempo. Na mesma década, uma enorme descoberta de petróleo e gás, na Sibéria, deu um gigantesco fôlego econômico para Ex-URSS, aumentando seu comércio externo, o que gerou uma necessidade de uma maior marinha mercante e recursos para a construção de um Poder Naval poderoso para proteger essa marinha. Esse ciclo virtuoso, pelo qual passou a Ex-URSS, é definido por Geoffrey Till (1945) como Ciclo Virtuoso do Mar. Após identificarmos a década de 1960 como o período de inflexão para a Ex-URSS, buscamos esclarecer as razões para os fracassos das manobras de crise realizadas pelo Poder Naval soviético e como esse poder foi reconstruído para transformar a MURSS em uma marinha de águas oceânicas. Para alcançar esse propósito, confrontamos as teorias de Geoffrey Till e de Cláudio Senna com a construção do Poder Naval soviético na década de 1960. Primeiramente, aprofundamos os conceitos de Crise e de Manobra de Crise do autor Cláudio Senna (1964), verificando, dessa forma, que as conduções de crise da Ex-URSS tiveram pouca aderência a essa teoria no início da década de 1960, mas passaram a ter uma aderência maior no final dessa década, quando esse Estado passou a se preparar para as futuras crises. Após isso, com a teoria de Geoffrey Till, comparamos as Missões Estratégicas, definidas como essenciais por esse autor, para que uma marinha moderna respalde os interesses do Estado com a construção do Poder Naval soviético na década de 1960 e constatamos que essa construção de poder e estratégia naval adotada, também, tiveram aderência à teoria do autor. Nesse contexto, concluímos que a crise pode ser a fase anterior de um conflito armado e, a partir disso, confirmamos que o Poder Naval soviético estava apto para, no final daquela década, respaldar os interesses políticos da Ex-URSS, utilizando as Manobras de Crise. Isso somente foi possível porque esse Estado preparou a MURSS para cumprir as Missões Estratégicas de Geoffrey Till, estando esta marinha estava apta a atuar em conflitos armados, sendo capaz de enfrentar, até mesmo, as marinhas ocidentais. Por fim, sugerimos à MB que promova debates sobre o tema com a sociedade brasileira, visando conscientizá-la da importância de se ter um Poder Naval moderno e preparado.
id MB_4079387ba08740fa1486ff362641e809
oai_identifier_str oai:www.repositorio.mar.mil.br:ripcmb/846207
network_acronym_str MB
network_name_str Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
repository_id_str
spelling Silva, Vítor Corrêa daCoelho, Emilio Reis2023-06-01T17:22:39Z2023-06-01T17:22:39Z2022https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/846207Durante a Guerra Fria (1947-1989), os EUA e a Ex-URSS buscaram ter a hegemonia mundial, através de disputas políticas, econômicas e militares. Nesse contexto de tensão, ocorreram crises entre os dois contendores que quase levaram o planeta a um conflito nuclear. Com isso, o emprego dos Poderes Navais desses Estados seria necessário para a condução dessas crises. Com pouca expressão de poder nos oceanos, a Marinha da Ex-URSS fracassou nas Manobras de Crise em Cuba (1962) e no Congo (1960-1965), porém, incrivelmente, passou por mudanças que a transformaram em uma marinha poderosa no final da década de 1960. Essa marinha não somente passou a contar com grandes e modernos meios navais, que podiam rivalizar com seus equivalentes da OTAN, mas também mudou parte da doutrina de como empregá-los e, isso tudo, em um curto espaço de tempo. Na mesma década, uma enorme descoberta de petróleo e gás, na Sibéria, deu um gigantesco fôlego econômico para Ex-URSS, aumentando seu comércio externo, o que gerou uma necessidade de uma maior marinha mercante e recursos para a construção de um Poder Naval poderoso para proteger essa marinha. Esse ciclo virtuoso, pelo qual passou a Ex-URSS, é definido por Geoffrey Till (1945) como Ciclo Virtuoso do Mar. Após identificarmos a década de 1960 como o período de inflexão para a Ex-URSS, buscamos esclarecer as razões para os fracassos das manobras de crise realizadas pelo Poder Naval soviético e como esse poder foi reconstruído para transformar a MURSS em uma marinha de águas oceânicas. Para alcançar esse propósito, confrontamos as teorias de Geoffrey Till e de Cláudio Senna com a construção do Poder Naval soviético na década de 1960. Primeiramente, aprofundamos os conceitos de Crise e de Manobra de Crise do autor Cláudio Senna (1964), verificando, dessa forma, que as conduções de crise da Ex-URSS tiveram pouca aderência a essa teoria no início da década de 1960, mas passaram a ter uma aderência maior no final dessa década, quando esse Estado passou a se preparar para as futuras crises. Após isso, com a teoria de Geoffrey Till, comparamos as Missões Estratégicas, definidas como essenciais por esse autor, para que uma marinha moderna respalde os interesses do Estado com a construção do Poder Naval soviético na década de 1960 e constatamos que essa construção de poder e estratégia naval adotada, também, tiveram aderência à teoria do autor. Nesse contexto, concluímos que a crise pode ser a fase anterior de um conflito armado e, a partir disso, confirmamos que o Poder Naval soviético estava apto para, no final daquela década, respaldar os interesses políticos da Ex-URSS, utilizando as Manobras de Crise. Isso somente foi possível porque esse Estado preparou a MURSS para cumprir as Missões Estratégicas de Geoffrey Till, estando esta marinha estava apta a atuar em conflitos armados, sendo capaz de enfrentar, até mesmo, as marinhas ocidentais. Por fim, sugerimos à MB que promova debates sobre o tema com a sociedade brasileira, visando conscientizá-la da importância de se ter um Poder Naval moderno e preparado.Apresentado à Escola de Guerra Naval, como requisito parcial para conclusão do Curso de Estado-Maior para Oficiais Superiores (C-EMOS 2022).Escola de Guerra Naval (EGN)Estratégia, estratégia marítima e estratégia navalMarinha da ex-URSS (MURSS)Manobra de criseMissões estratégicasCláudio SennaGeoffrey TillConstrução do Poder Naval SoviéticoO poder naval soviético na década de 1960: uma abordagem à luz das teorias de Geoffrey Till e Cláudio Sennainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)instname:Marinha do Brasil (MB)instacron:MBORIGINALCEMOS2022_CORRÊA.pdfCEMOS2022_CORRÊA.pdfapplication/pdf1180095https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/846207/1/CEMOS2022_CORR%c3%8aA.pdfd2e2f710118e4038122b3f326c22843bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-83272https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/846207/2/license.txt8ff7ce654d5215cee2106f3e3b7eb37fMD52ripcmb/8462072023-06-01 14:23:25.882oai:www.repositorio.mar.mil.br:ripcmb/846207QW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIFNyLiBhdXRvcihlcykgb3UgdGl0dWxhcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIG9icmEgYXF1aSBkZXNjcml0YSAgIGNvbmNlZGUobSkgICDDoCAgIE1BUklOSEEgIERPICAgQlJBU0lMLCAgIGdlc3RvcmEgICBkYSAgUmVkZSAgIEJJTSAgIGUgICBkbyAgIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIE1hcmluaGEgZG8gQnJhc2lsIChSSS1NQiksIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCBjb252ZXJ0ZXIgKGNvbW8gZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZGVwb3NpdGFkbyBlbSBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvLCBlbGV0csO0bmljbyBvdSBlbSBxdWFscXVlciBvdXRybyBtZWlvLiBPIFNyKHMpIGNvbmNvcmRhKG0pIHF1ZSBhIE1BUklOSEEgRE8gQlJBU0lMLCBnZXN0b3JhIGRhIFJlZGUgQklNIGUgZG8gUkktTUIsIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCBjb252ZXJ0ZXIgbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHDp8Ojby4gTyAgU3IocykgIHRhbWLDqW0gIGNvbmNvcmRhKG0pICBxdWUgIGEgIE1BUklOSEEgIERPICBCUkFTSUwsICBnZXN0b3JhICBkYSAgUmVkZSAgQklNICBlICBkbyAgUkktTUIsICBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGVzdGUgZGVww7NzaXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUvb3UgcHJlc2VydmHDp8Ojby5PICBTcihzKSAgZGVjbGFyYShtKSAgcXVlICBhICBhcHJlc2VudGHDp8OjbyAgZG8gIHNldSAgdHJhYmFsaG8gIMOpICBvcmlnaW5hbCAgZSAgcXVlICBvICBTcihzKSAgcG9kZShtKSAgY29uY2VkZXIgIG9zICBkaXJlaXRvcyAgY29udGlkb3MgIG5lc3RhICBsaWNlbsOnYS4gIE8gIFNyKHMpICB0YW1iw6ltICBkZWNsYXJhKG0pICBxdWUgIG8gIGVudmlvICDDqSAgZGUgIHNldSAgY29uaGVjaW1lbnRvICBlICBuw6NvICBpbmZyaW5nZSAgb3MgIGRpcmVpdG9zICBhdXRvcmFpcyAgZGUgIG91dHJhICBwZXNzb2EgIG91ICBpbnN0aXR1acOnw6NvLiAgQ2FzbyAgbyAgZG9jdW1lbnRvICBhICBzZXIgIGRlcG9zaXRhZG8gIGNvbnRlbmhhICBtYXRlcmlhbCAgcGFyYSAgbyAgcXVhbCAgbyAgU3IocykgIG7Do28gIGRldMOpbSAgYSAgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcmFpcywgbyBTcihzKSBkZWNsYXJhKG0pIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgY29uY2VkZXIgw6AgTUFSSU5IQSBETyBCUkFTSUwsIGdlc3RvcmEgZGEgUmVkZSBCSU0gZSBkbyBSSS1NQiwgb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBvcyBtYXRlcmlhaXMgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zLCBlc3TDo28gZGV2aWRhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvcyBlIHJlY29uaGVjaWRvcyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28uIENBU08gIE8gIFRSQUJBTEhPICBERVBPU0lUQURPICBURU5IQSAgU0lETyAgRklOQU5DSUFETyAgT1UgIEFQT0lBRE8gIFBPUiAgVU0gIMOTUkfDg08sICBRVUUgIE7Dg08gIEEgIElOU1RJVFVJw4fDg08gIERFU1RFICBSRVNQT1NJVMOTUklPOiAgTyAgU1IgIERFQ0xBUkEgIFRFUiAgQ1VNUFJJRE8gVE9ET1MgT1MgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gRSBRVUFJU1FVRVIgT1VUUkFTIE9CUklHQcOHw5VFUyBSRVFVRVJJREFTIFBFTE8gQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLk8gICAgU3IocykgICAgY29uY29yZGEobSkgICAgY29tICAgIGEgICAgTGljZW7Dp2EgICAgQ3JlYXRpdmUgICAgQ29tbW9ucyAgICBhZG90YWRhICAgIHBhcmEgICAgZXN0ZSAgICBSZXBvc2l0w7NyaW8gICAgSW5zdGl0dWNpb25hbCAgICBxdWUgICAgY29uY2VkZSAgICBvICAgIGRpcmVpdG8gICAgZGUgICAgQ09NUEFSVElMSEFSICAgIGUgICAgYXMgICAgcmVzdHJpw6fDtWVzICAgIGRlICAgIEFUUklCVUnDh8ODTywgICAgTsODTyAgICBDT01FUkNJQUxJWkHDh8ODTyAgICBFICAgIFNFTSAgICBERVJJVkHDh8OVRVMuQ09NUEFSVElMSEFSOiAgY29waWFyICBlICByZWRpc3RyaWJ1aXIgIG8gIG1hdGVyaWFsICBlbSAgcXVhbHF1ZXIgIHN1cG9ydGUgIG91ICBmb3JtYXRvICBlICBvICBsaWNlbmNpYW50ZSBuw6NvIHBvZGUgcmV2b2dhciBlc3RlcyBkaXJlaXRvcyBkZXNkZSBxdWUgbyBTcihzKSByZXNwZWl0ZShtKSBvcyB0ZXJtb3MgZGEgbGljZW7Dp2EuQVRSSUJVScOHw4NPOiAgbyAgU3IocykgIGRldmUobSkgIGRhciAgbyAgY3LDqWRpdG8gIGFwcm9wcmlhZG8sICBwcm92ZXIgIHVtICBsaW5rICBwYXJhICBhICBsaWNlbsOnYSAgZSAgaW5kaWNhciAgc2UgIG11ZGFuw6dhcyAgZm9yYW0gIGZlaXRhcy4gIE8gIFNyKHMpICBkZXZlKG0pICBmYXrDqi1sbyAgZW0gIHF1YWxxdWVyICBjaXJjdW5zdMOibmNpYSByYXpvw6F2ZWwsIG1hcyBkZSBtYW5laXJhIGFsZ3VtYSBxdWUgc3VnaXJhIGFvIGxpY2VuY2lhbnRlIGEgYXBvaWFyIG8gU3Iocykgb3UgbyBzZXUgdXNvLk7Dg08gQ09NRVJDSUFMOiBvIFNyKHMpIG7Do28gcG9kZShtKSB1c2FyIG8gbWF0ZXJpYWwgcGFyYSBmaW5zIGNvbWVyY2lhaXMuU0VNIERFUklWQcOHw5VFUzogc2UgbyBTcihzKSByZW1peGFyKGVtKSwgdHJhbnNmb3JtYXIoZW0pIG91IGNyaWFyKGVtKSBhIHBhcnRpciBkbyBtYXRlcmlhbCwgbyBTcihzKSBuw6NvIHBvZGUobSkgZGlzdHJpYnVpciBvIG1hdGVyaWFsIG1vZGlmaWNhZG8uU0VNIFJFU1RSScOHw5VFUyBBRElDSU9OQUlTOiBvIFNyKHMpIG7Do28gcG9kZShtKSBhcGxpY2FyIHRlcm1vcyBqdXLDrWRpY29zIG91IG1lZGlkYXMgZGUgY2Fyw6F0ZXIgdGVjbm9sw7NnaWNvIHF1ZSByZXN0cmluamFtIGxlZ2FsbWVudGUgb3V0cm9zIGRlIGZhemVyZW0gYWxnbyBxdWUgYSBsaWNlbsOnYSBwZXJtaXRhLkEgUmVkZSBCSU0gZSBvIFJJLU1CIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gYXV0b3IoZXMpIG91IHRpdHVsYXIoZXMpIGRvIGRpcmVpdG8gZGUgYXV0b3IoZXMpIGRvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gZSBkZWNsYXJhIHF1ZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvIGFsw6ltIGRhcyBwZXJtaXRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.repositorio.mar.mil.br/oai/requestdphdm.repositorio@marinha.mil.bropendoar:2023-06-01T17:23:25Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) - Marinha do Brasil (MB)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O poder naval soviético na década de 1960: uma abordagem à luz das teorias de Geoffrey Till e Cláudio Senna
title O poder naval soviético na década de 1960: uma abordagem à luz das teorias de Geoffrey Till e Cláudio Senna
spellingShingle O poder naval soviético na década de 1960: uma abordagem à luz das teorias de Geoffrey Till e Cláudio Senna
Silva, Vítor Corrêa da
Marinha da ex-URSS (MURSS)
Manobra de crise
Missões estratégicas
Cláudio Senna
Geoffrey Till
Construção do Poder Naval Soviético
Estratégia, estratégia marítima e estratégia naval
title_short O poder naval soviético na década de 1960: uma abordagem à luz das teorias de Geoffrey Till e Cláudio Senna
title_full O poder naval soviético na década de 1960: uma abordagem à luz das teorias de Geoffrey Till e Cláudio Senna
title_fullStr O poder naval soviético na década de 1960: uma abordagem à luz das teorias de Geoffrey Till e Cláudio Senna
title_full_unstemmed O poder naval soviético na década de 1960: uma abordagem à luz das teorias de Geoffrey Till e Cláudio Senna
title_sort O poder naval soviético na década de 1960: uma abordagem à luz das teorias de Geoffrey Till e Cláudio Senna
author Silva, Vítor Corrêa da
author_facet Silva, Vítor Corrêa da
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Vítor Corrêa da
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Coelho, Emilio Reis
contributor_str_mv Coelho, Emilio Reis
dc.subject.por.fl_str_mv Marinha da ex-URSS (MURSS)
Manobra de crise
Missões estratégicas
Cláudio Senna
Geoffrey Till
Construção do Poder Naval Soviético
topic Marinha da ex-URSS (MURSS)
Manobra de crise
Missões estratégicas
Cláudio Senna
Geoffrey Till
Construção do Poder Naval Soviético
Estratégia, estratégia marítima e estratégia naval
dc.subject.dgpm.pt_BR.fl_str_mv Estratégia, estratégia marítima e estratégia naval
description Durante a Guerra Fria (1947-1989), os EUA e a Ex-URSS buscaram ter a hegemonia mundial, através de disputas políticas, econômicas e militares. Nesse contexto de tensão, ocorreram crises entre os dois contendores que quase levaram o planeta a um conflito nuclear. Com isso, o emprego dos Poderes Navais desses Estados seria necessário para a condução dessas crises. Com pouca expressão de poder nos oceanos, a Marinha da Ex-URSS fracassou nas Manobras de Crise em Cuba (1962) e no Congo (1960-1965), porém, incrivelmente, passou por mudanças que a transformaram em uma marinha poderosa no final da década de 1960. Essa marinha não somente passou a contar com grandes e modernos meios navais, que podiam rivalizar com seus equivalentes da OTAN, mas também mudou parte da doutrina de como empregá-los e, isso tudo, em um curto espaço de tempo. Na mesma década, uma enorme descoberta de petróleo e gás, na Sibéria, deu um gigantesco fôlego econômico para Ex-URSS, aumentando seu comércio externo, o que gerou uma necessidade de uma maior marinha mercante e recursos para a construção de um Poder Naval poderoso para proteger essa marinha. Esse ciclo virtuoso, pelo qual passou a Ex-URSS, é definido por Geoffrey Till (1945) como Ciclo Virtuoso do Mar. Após identificarmos a década de 1960 como o período de inflexão para a Ex-URSS, buscamos esclarecer as razões para os fracassos das manobras de crise realizadas pelo Poder Naval soviético e como esse poder foi reconstruído para transformar a MURSS em uma marinha de águas oceânicas. Para alcançar esse propósito, confrontamos as teorias de Geoffrey Till e de Cláudio Senna com a construção do Poder Naval soviético na década de 1960. Primeiramente, aprofundamos os conceitos de Crise e de Manobra de Crise do autor Cláudio Senna (1964), verificando, dessa forma, que as conduções de crise da Ex-URSS tiveram pouca aderência a essa teoria no início da década de 1960, mas passaram a ter uma aderência maior no final dessa década, quando esse Estado passou a se preparar para as futuras crises. Após isso, com a teoria de Geoffrey Till, comparamos as Missões Estratégicas, definidas como essenciais por esse autor, para que uma marinha moderna respalde os interesses do Estado com a construção do Poder Naval soviético na década de 1960 e constatamos que essa construção de poder e estratégia naval adotada, também, tiveram aderência à teoria do autor. Nesse contexto, concluímos que a crise pode ser a fase anterior de um conflito armado e, a partir disso, confirmamos que o Poder Naval soviético estava apto para, no final daquela década, respaldar os interesses políticos da Ex-URSS, utilizando as Manobras de Crise. Isso somente foi possível porque esse Estado preparou a MURSS para cumprir as Missões Estratégicas de Geoffrey Till, estando esta marinha estava apta a atuar em conflitos armados, sendo capaz de enfrentar, até mesmo, as marinhas ocidentais. Por fim, sugerimos à MB que promova debates sobre o tema com a sociedade brasileira, visando conscientizá-la da importância de se ter um Poder Naval moderno e preparado.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-06-01T17:22:39Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-06-01T17:22:39Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/846207
url https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/846207
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Escola de Guerra Naval (EGN)
publisher.none.fl_str_mv Escola de Guerra Naval (EGN)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
instname:Marinha do Brasil (MB)
instacron:MB
instname_str Marinha do Brasil (MB)
instacron_str MB
institution MB
reponame_str Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
collection Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/846207/1/CEMOS2022_CORR%c3%8aA.pdf
https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/846207/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv d2e2f710118e4038122b3f326c22843b
8ff7ce654d5215cee2106f3e3b7eb37f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) - Marinha do Brasil (MB)
repository.mail.fl_str_mv dphdm.repositorio@marinha.mil.br
_version_ 1798310227353796608