O privilégio da experiência filosófica no processo educacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pucci, Bruno
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Comunicações
Texto Completo: https://www.metodista.br/revistas/revistas-unimep/index.php/comunicacoes/article/view/2978
Resumo: Este ensaio se propõe a analisar o aforismo “O Privilégio da Experiência”, da Dialética Negativa de Theodor Adorno, em diálogo com outros conceitos do mesmo livro, com o objetivo de lançar luzes e sombras sobre problemas culturais e educacionais contemporâneos. O aforismo é dividido em sete ideias-chaves que se tensionam e se complementam ao salientar que a realização de experiências filosóficas formativas, de um lado, se apresenta como privilégio dos ainda não modelados por uma sociedade coercitiva e autoritária, que impede a maioria da população de ter tempo e acesso à verdade e à construção da objetividade, pela negação das condições sociais de educação; de outro lado, que a realização de experiências filosóficas formativas pode se transformar em uma prática solidária e abrangente se os privilegiados assumirem a responsabilidade moral, que lhes cabe, de atuação educativa e reflexiva junto a essa maioria que se adaptou como que completamente às normas vigentes. O ensaio busca ressaltar ainda que fazer experiência filosófica não é apenas se contrapor intelectualmente ao objeto na busca de sua verdade; é também uma atividade eminentemente política, pois o sujeito do conhecimento na busca de compreensão do objeto, persegue-o no contexto da realidade contraditória que marginaliza os que não se adaptam a ela, favorece o individualismo e impede o indivíduo de jure de se tornar indivíduo de facto, com seus direitos e deveres.
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