RI MELHOR QUEM RI NA SALA DE AULA? UM ESTUDO SOBRE A PERCEPÇÃO DO RISO POR ALUNOS E PROFESSORES

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Garroti, Cilene Pascotto
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Metodista
Texto Completo: http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/1036
Resumo: Pouco discutido no âmbito pedagógico, o riso tem sido historicamente dissociado da escola, motivo pelo qual este trabalho tem como objetivo identificar como ele é percebido em sala de aula. A proposta é entender como o riso e sua função social são vistos por professores e alunos. Para isso, foi selecionada uma escola pública estadual na cidade de São Bernardo do Campo, SP. Lá são atendidos adolescentes que frequentam as aulas no Ensino Fundamental II e Médio. A pesquisa foi realizada com estudantes que estão terminando o Ensino Fundamental. Cem alunos responderam a questionários estruturados, compostos por itens de perfil e questões abertas. O mesmo foi feito com dezenove professores da referida escola, entretanto as questões para cada público sofreram variações. Como categoria analítica, foi utilizado o conceito de representação da Teoria de Representações Sociais, de forma instrumental. Os resultados obtidos indicam que os sujeitos observam um conceito híbrido presente na composição do objeto em análise, de forma que o avaliam ora como um elemento nocivo, ora como um recurso estimulante a aulas mais agradáveis. Foi constatado que os alunos riem na escola, mas é expressivo o fato de não associar essa ação ao contexto escolar. Os estudantes reforçam que o riso na sala de aula atrapalha a concentração, embora sejam conscientes de que essa constatação é circunstancial. Em contrapartida, mais de 60 alunos afirmaram já terem aprendido algo com a interferência do riso, sendo o professor o principal protagonista nesses momentos. Com relação aos docentes, a maioria afirmou que o riso pode ajudar o aluno a aprender algo, mas compreendem que a maior contribuição desse elemento na sala de aula é a de proporcionar um ambiente mais agradável. As duas desvantagens mais listadas pelos professores sobre o riso na sala de aula é a de que ele pode provocar a falta de atenção do aluno e também momentos de bullying entre os colegas de sala. Acredita-se que a associação do ambiente escolar com manifestações de seriedade justifique as frequentes referências feitas ao seu aspecto negativo, retratado na pesquisa pelos sujeitos. Mais da metade dos docentes analisa que o riso pode servir como instrumento pedagógico, entretanto os alunos afirmam que isso depende do professor e do momento. A pesquisa deixou evidente que o aspecto negativo do riso impede que este objeto seja mais bem aceito na escola, de forma que a percepção que os sujeitos fazem sobre o riso passa a interferir na relação que estabelecem com ele em sala de aula.
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O mesmo foi feito com dezenove professores da referida escola, entretanto as questões para cada público sofreram variações. Como categoria analítica, foi utilizado o conceito de representação da Teoria de Representações Sociais, de forma instrumental. Os resultados obtidos indicam que os sujeitos observam um conceito híbrido presente na composição do objeto em análise, de forma que o avaliam ora como um elemento nocivo, ora como um recurso estimulante a aulas mais agradáveis. Foi constatado que os alunos riem na escola, mas é expressivo o fato de não associar essa ação ao contexto escolar. Os estudantes reforçam que o riso na sala de aula atrapalha a concentração, embora sejam conscientes de que essa constatação é circunstancial. Em contrapartida, mais de 60 alunos afirmaram já terem aprendido algo com a interferência do riso, sendo o professor o principal protagonista nesses momentos. Com relação aos docentes, a maioria afirmou que o riso pode ajudar o aluno a aprender algo, mas compreendem que a maior contribuição desse elemento na sala de aula é a de proporcionar um ambiente mais agradável. As duas desvantagens mais listadas pelos professores sobre o riso na sala de aula é a de que ele pode provocar a falta de atenção do aluno e também momentos de bullying entre os colegas de sala. Acredita-se que a associação do ambiente escolar com manifestações de seriedade justifique as frequentes referências feitas ao seu aspecto negativo, retratado na pesquisa pelos sujeitos. Mais da metade dos docentes analisa que o riso pode servir como instrumento pedagógico, entretanto os alunos afirmam que isso depende do professor e do momento. A pesquisa deixou evidente que o aspecto negativo do riso impede que este objeto seja mais bem aceito na escola, de forma que a percepção que os sujeitos fazem sobre o riso passa a interferir na relação que estabelecem com ele em sala de aula.Little discussed in the educational area, the laughter has historically been separated from the school, which is why this work has target to identify how it is realized in class room.The proposal was to understand how the laughter and its social function are seen by the subjects. For this, we selected a state school in Sao Bernardo do Campo, Brazil. Teenagers who attend classes at Secondary and High School are met there. The research was directed at students who are finishing elementary school. One hundred students answered structured questionnaires consisting of profile item and open questions. The same was done with nineteen teachers from the same school, however the questions for each public suffered variations. As an analytical category, was used the concept of representation of the Theory of Social Representations, on instrumental way. The results indicate that the subject observes a hybrid concept in the composition of the object under examination in order to evaluate as harmful element in a moment, and in other, as a stimulating resource to more enjoyable classes. It was found that the students laugh at school, but it is significant to notice that it is not associated to the school context. Students reinforce that laughter in the classroom disrupts concentration, although they are aware that this finding is circumstantial. In contrast, more than 60 students stated they had learned something from the interference of laughter, with the teacher the main protagonist in those moments. Concerning the teachers, most of them said that laughter can help the student to learn something, but understand that the greatest contribution of this element in the classroom is to provide a more pleasant environment. The two disadvantages listed by teachers are that laughter in the classroom could cause a lack of attention of the student and also bullying moments between classmates. It is believed that the association of the school environment with demonstrations of seriousness justify the frequent references to its negative aspect, portrayed in this research by the subjects. More than half of the teachers analyze that laughter can serve as a pedagogical tool, but students say it depends on the teacher and the time. This research made it clear that the negative aspect of laughter prevents it to be better accepted in the classroom, so that the subjects perception on laughter starts to interfere with the relationship they establish with it in the classroom.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade Metodista de São PauloEducaçãoBRUMESPPÓS GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃOBôas, Lucia Pintor Santiso VillasCPF:65498723665Bahia, Norines PanicacciCPF:49852963032http://lattes.cnpq.br/5881924827893022Ferreira, Sandra LuciaCPF:22588552585Garroti, Cilene Pascotto2016-08-03T16:15:48Z2015-06-242015-04-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfGARROTI, Cilene Pascotto. Laughs best the one who laughs in classroom? A study on the perception of laughter by students and teachers. 2015. 108 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2015.http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/1036porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Metodistainstname:Universidade Metodista de São Paulo (METODISTA)instacron:METODISTA2016-08-03T18:10:19Zoai:tahbit.umesp.edu.dti:tede/1036Repositório InstitucionalPRIhttp://tede.metodista.br/oai/requestbiblioteca@metodista.bropendoar:2016-08-03T18:10:19Repositório Institucional da Metodista - Universidade Metodista de São Paulo (METODISTA)false
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