Estudos morfológicos e ecológicos em açaí preto (euterpe oleracea mart.) e na etnovariedade açaí branco (arecaceae)

• Autor(a) principal: Santos, Gideão Costa dos
• Data de Publicação: 2000
• Outros Autores: Jardim, Mario Augusto G.
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1908
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BOTANICA::MORFOLOGIA VEGETAL; Euterpe oleracea mart.; Arecaceae

O açaí preto e açaí branco são encontrados nas várzeas baixa e alta estuário amazônico, onde representam potencial alimentar e econômico. A pesquisa objetivou determinar as diferenças morfológicas nos caracteres vegetativos (radícula, caulículo, folíolos, inflorescências e infrutescências); o índice de predação de frutos e o padrão de regeneração natural. Os estudos foram realizados na Ilha do Combu, Município de Belém, Estado do Pará no período de agosto de 1999 a maio de 2000. Foram medidos o comprimento da radícula e caulículo, altura total e número de folíolos em 10 plântulas de açaí preto e 10 plântulas de açaí branco; coletou-se 7 inflorescências e 8 infrutescências e avaliados os caracteres morfológicos com auxílio de lupa, paquímetro e balança analítica; para a predação, alocou-se 300 frutos em uma parcela de 25m2 para determinar o agente predador, percentual de predação e forma de predação; o padrão de regeneração natural de açaí preto foi avaliado quanto a sobrevivência e mortalidade em três parcelas de 25m2. Os resultados revelaram que o açaí preto apresentou maiores valores na radícula e caulículo; a espata do açaí preto foi maior em comprimento e largura, enquanto que o açaí branco apresentou valores quantitativos maiores em relação aos outros caracteres; nos frutos a principal diferença foi na coloração na fase final de maturação; os predadores foram larvas de coleopteros com 75% de predação para o açaí preto e 81 % para o açaí branco, os quais perfuram e brocam as sementes; o padrão de regeneração natural para o açaí preto revelou taxa de sobrevivência de 96.6% e 3.4% de mortalidade.