Engenho Murutucu: caracterização arquitetônica
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Data de Publicação: | 1997 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
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Título da fonte: | Repositório Institucional do MPEG |
Texto Completo: | https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1770 |
Resumo: | As ruínas do Engenho Murutucu, monumento histórico tombado pelo IPHAN, localizam-se em terrenos da EMBRAPA, junto à CEASA, na periferia de Belém. O sítio vem sendo alvo de pesquisas arqueológicas desenvolvidas pelo Museu Goeldi desde 1986. No presente trabalho pretende-se caracterizar a disposição espacial das estruturas arquitetônicas, bem como os materiais e técnicas de construção empregados nas edificações, visando com isso, buscar interpretação arqueológica de processos históricos ocorridos no sítio. A fim de contextualizar estas informações, tem sido realizado um levantamento histórico preliminar em livros, jornais e fotografias antigas. No local, está sendo efetuado o levantamento topográfico para determinar o desenho da planta baixa com as devidas dimensões de: espessura, comprimento e altura de paredes e vãos existentes. Com base em informações obtidas através do levantamento histórico tem-se que a disposição espacial corresponde ao modelo encontrado em engenhos do norte e nordeste nos séculos XVII e XVIII, com capela e casa-grande em local mais elevado que a fábrica e as senzalas. No estudo de materiais foi registrado o emprego de alvenaria de pedra e cal e alvenaria de tijolo e cal nas estruturas de paredes e alicerces. Quanto à orientação, foi observado, através da planta baixa geral do engenho, que a capela e a casa-grande estão sobre o eixo leste-oeste e a fábrica está sobre o eixo norte-sul. Até o momento as escavações desenvolvidas na área da casa-grande têm revelado a existência de alicerces de paredes que definem três ambientes além da varanda. Também têm sido encontrados fragmentos de louça e vidros, característicos de sítios históricos do período colonial. Em síntese, pelo que se observou até o momento, pode-se concluir que o sítio do Engenho Murutucu apresenta uma arquitetura imponente, de traços característicos do estilo Neoclássico, e que os resultados parciais sobre organização de seus espaços, materiais e técnicas de construção e elementos da cultura material como utensílios domésticos, podem já subsidiar hipóteses arqueológicas sobre a cultura de seus habitantes. |
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2023-01-06T14:34:42Z2023-01-062023-01-06T14:34:42Z1997-07-03LIMA, Claiton Giovane Bolner de; MARQUES, Fernando Luiz Tavares. Engenho murutucu: caracterização arquitetônica. In: SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO MUSEU GOELDI, 5., 1997, Belém. Livro de resumos. Belém: MPEG, 1997.https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1770As ruínas do Engenho Murutucu, monumento histórico tombado pelo IPHAN, localizam-se em terrenos da EMBRAPA, junto à CEASA, na periferia de Belém. O sítio vem sendo alvo de pesquisas arqueológicas desenvolvidas pelo Museu Goeldi desde 1986. No presente trabalho pretende-se caracterizar a disposição espacial das estruturas arquitetônicas, bem como os materiais e técnicas de construção empregados nas edificações, visando com isso, buscar interpretação arqueológica de processos históricos ocorridos no sítio. A fim de contextualizar estas informações, tem sido realizado um levantamento histórico preliminar em livros, jornais e fotografias antigas. No local, está sendo efetuado o levantamento topográfico para determinar o desenho da planta baixa com as devidas dimensões de: espessura, comprimento e altura de paredes e vãos existentes. Com base em informações obtidas através do levantamento histórico tem-se que a disposição espacial corresponde ao modelo encontrado em engenhos do norte e nordeste nos séculos XVII e XVIII, com capela e casa-grande em local mais elevado que a fábrica e as senzalas. No estudo de materiais foi registrado o emprego de alvenaria de pedra e cal e alvenaria de tijolo e cal nas estruturas de paredes e alicerces. Quanto à orientação, foi observado, através da planta baixa geral do engenho, que a capela e a casa-grande estão sobre o eixo leste-oeste e a fábrica está sobre o eixo norte-sul. Até o momento as escavações desenvolvidas na área da casa-grande têm revelado a existência de alicerces de paredes que definem três ambientes além da varanda. Também têm sido encontrados fragmentos de louça e vidros, característicos de sítios históricos do período colonial. Em síntese, pelo que se observou até o momento, pode-se concluir que o sítio do Engenho Murutucu apresenta uma arquitetura imponente, de traços característicos do estilo Neoclássico, e que os resultados parciais sobre organização de seus espaços, materiais e técnicas de construção e elementos da cultura material como utensílios domésticos, podem já subsidiar hipóteses arqueológicas sobre a cultura de seus habitantes.The ruins of the Murutucu Mill, a historic monument listed by IPHAN, are located on EMBRAPA land, next to CEASA, on the outskirts of Belém. The site has been the target of archaeological research developed by the Goeldi Museum since 1986. In the present work we intend to characterize the spatial arrangement of the architectural structures, as well as the materials and construction techniques used in the buildings, in order to seek an archaeological interpretation of the historical processes that took place at the site. In order to contextualize this information, a preliminary historical survey has been carried out in books, newspapers and old photographs. A topographical survey is being carried out at the site to determine the ground plan design with the proper dimensions: thickness, length and height of walls and existing openings. Based on information obtained through the historical survey, the spatial arrangement corresponds to the model found in mills in the north and northeast in the 17th and 18th centuries, with the chapel and the big house higher up than the factory and the senzalas. The study of materials recorded the use of stone and lime masonry and brick and lime masonry in the structures of the walls and foundations. As for orientation, the general ground plan of the engenho shows that the chapel and the big house are on the east-west axis and the factory is on the north-south axis. So far the excavations developed in the area of the big house have revealed the existence of wall foundations that define three rooms besides the veranda. Also found have been fragments of crockery and glassware, characteristic of historic sites from the colonial period. In summary, from what has been observed so far, it can be concluded that the Murutucu Mill site presents an imposing architecture, with traits characteristic of the Neoclassical style, and that partial results on the organization of its spaces, materials and construction techniques, and elements of material culture such as domestic utensils, can already support archaeological hypotheses about the culture of its inhabitants.porMuseu Paraense Emílio GoeldiMPEGBrasilEngenho murutucu: caracterização arquitetônicaCNPQ::CIENCIAS HUMANASEngenho MurutucuMonumento históricoArquiteturaNeoclássicoEngenho Murutucu: caracterização arquitetônicaMurutucu sugar mill: architectural characterizationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectLima, Claiton Giovane Bolner deMarques, Fernando Luiz Tavaresinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do MPEGinstname:Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)instacron:MPEGTEXT35.ENGENHO MURUTUCU.pdf.txt35.ENGENHO MURUTUCU.pdf.txtExtracted texttext/plain2394https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/1770/3/35.ENGENHO%20MURUTUCU.pdf.txte009eaa983169682b7bd4cf53ef0521bMD53THUMBNAIL35.ENGENHO MURUTUCU.pdf.jpg35.ENGENHO MURUTUCU.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1863https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/1770/4/35.ENGENHO%20MURUTUCU.pdf.jpg7093c92b9bb22ca3f6f1322556abe119MD54ORIGINAL35.ENGENHO MURUTUCU.pdf35.ENGENHO MURUTUCU.pdfapplication/pdf624406https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/1770/1/35.ENGENHO%20MURUTUCU.pdfc9c69366a68f1cb938c9455b08eb237cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1748https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/1770/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52mgoeldi/17702023-01-07 03:01:00.596oai:repositorio.museu-goeldi.br:mgoeldi/1770Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório ComumONGhttp://repositorio.museu-goeldi.br/oai/requestopendoar:2023-01-07T06:01Repositório Institucional do MPEG - Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)false |
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