Diversidade de mamíferos de médio e grande porte da região biogeográfica Tocantins-Maranhão
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Data de Publicação: | 2008 |
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Tipo de documento: | Artigo de conferência |
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Título da fonte: | Repositório Institucional do MPEG |
Texto Completo: | https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2511 |
Resumo: | A unidade biogeográfica Tocantins-Maranhão é uma das mais estudadas na Amazônia, com grandes amostras de mamíferos depositadas em museus. Esta região, porém, ainda apresenta problemas relacionados à taxonomia e distribuição geográfica de várias espécies deste grupo. Alguns autores consideram esta área como uma única unidade biogeográfica operacional, embora ela seja composta por dois grandes segmentos, separados entre si pelo rio Gurupi. O objetivo do presente estudo é atualizar o conhecimento sobre a diversidade de mamíferos de médio e grande porte da área em estudo, e comparar a diversidade observada em cada segmento, verificando a adequação de se dividi-la em uma ou mais unidades biogeográficas operacionais distintas. A ilha de Marajó também foi incluída como um terceiro segmento, por apresentar similaridade faunística com o leste do Pará. Foi elaborada uma lista contendo as espécies com ocorrência esperada para a região. Para confirmar a fidedignidade destes registros, foi feita uma revisão da literatura e realizado o levantamento dos mamíferos de médio e grande porte depositados nas principais coleções brasileiras. Utilizando-se o índice de Jaccard, analisou-se o grau de similaridade faunística entre os segmentos desta região. A lista de táxons esperados foi composta por 55 espécies, distribuídas em 44 gêneros. Dessas espécies, 53 (96.4%) foram confirmadas nas coleções, literatura ou por comunicação pessoal. Não houve registros para Atelocynus microtis, Tapirus terrestris e Inia geoffrensis nas coleções, porém T. terrestris e I. geoffrensis já foram registradas na região através de observações diretas confiáveis. Acrescentou-se uma espécie, Ozotoceros bezoarticus, à lista de mamíferos da região. Os resultados apontaram erros na distribuição geográfica de algumas espécies, sugerindo que consideráveis áreas foram inseridas nas distribuições de alguns táxons, descritas nos manuais de mamíferos neotropicais consuItados, apenas por meio de extrapolação. A análise da similaridade faunística indicou que a Ilha de Marajó assemelha-se mais ao leste do Pará do que ao oeste do Maranhão, porém, não sugeriu a necessidade de se dividir esta unidade biogeográfica em duas distintas. Das 53 espécies confirmadas, 12 (22.6%) encontram-se ameaçadas de extinção, sendo duas endêmicas (Cebus kaapori e Chiropotes satanas). Os resultados ora apresentados confirmam a necessidade de estudos mais aprofundados da mastofauna de médio e grande porte da região biogeográfica Tocantins-Maranhão. A ocorrência de espécies endêmicas e/ou ameaçadas, além do fato desta unidade biogeográfica ser a mais degradada na Amazônia, com grande pressão antrópica, torna urgente a tomada de medidas conservacionistas, visando a manutenção da diversidade ainda existente no local. |
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2023-08-08T17:18:08Z2023-08-082023-08-08T17:18:08Z2008-07-03OHANA, José Abílio Barros; SILVA JÚNIOR, José de Sousa e. Diversidade de mamíferos de médio e grande porte da região biogeográfica Tocantins-Maranhão. In: SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTIFICA DO MUSEU GOELDI, 16., 2008, Belém. Livro de Resumos. Belém, MPEG, 2008.https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2511A unidade biogeográfica Tocantins-Maranhão é uma das mais estudadas na Amazônia, com grandes amostras de mamíferos depositadas em museus. Esta região, porém, ainda apresenta problemas relacionados à taxonomia e distribuição geográfica de várias espécies deste grupo. Alguns autores consideram esta área como uma única unidade biogeográfica operacional, embora ela seja composta por dois grandes segmentos, separados entre si pelo rio Gurupi. O objetivo do presente estudo é atualizar o conhecimento sobre a diversidade de mamíferos de médio e grande porte da área em estudo, e comparar a diversidade observada em cada segmento, verificando a adequação de se dividi-la em uma ou mais unidades biogeográficas operacionais distintas. A ilha de Marajó também foi incluída como um terceiro segmento, por apresentar similaridade faunística com o leste do Pará. Foi elaborada uma lista contendo as espécies com ocorrência esperada para a região. Para confirmar a fidedignidade destes registros, foi feita uma revisão da literatura e realizado o levantamento dos mamíferos de médio e grande porte depositados nas principais coleções brasileiras. Utilizando-se o índice de Jaccard, analisou-se o grau de similaridade faunística entre os segmentos desta região. A lista de táxons esperados foi composta por 55 espécies, distribuídas em 44 gêneros. Dessas espécies, 53 (96.4%) foram confirmadas nas coleções, literatura ou por comunicação pessoal. Não houve registros para Atelocynus microtis, Tapirus terrestris e Inia geoffrensis nas coleções, porém T. terrestris e I. geoffrensis já foram registradas na região através de observações diretas confiáveis. Acrescentou-se uma espécie, Ozotoceros bezoarticus, à lista de mamíferos da região. Os resultados apontaram erros na distribuição geográfica de algumas espécies, sugerindo que consideráveis áreas foram inseridas nas distribuições de alguns táxons, descritas nos manuais de mamíferos neotropicais consuItados, apenas por meio de extrapolação. A análise da similaridade faunística indicou que a Ilha de Marajó assemelha-se mais ao leste do Pará do que ao oeste do Maranhão, porém, não sugeriu a necessidade de se dividir esta unidade biogeográfica em duas distintas. Das 53 espécies confirmadas, 12 (22.6%) encontram-se ameaçadas de extinção, sendo duas endêmicas (Cebus kaapori e Chiropotes satanas). Os resultados ora apresentados confirmam a necessidade de estudos mais aprofundados da mastofauna de médio e grande porte da região biogeográfica Tocantins-Maranhão. A ocorrência de espécies endêmicas e/ou ameaçadas, além do fato desta unidade biogeográfica ser a mais degradada na Amazônia, com grande pressão antrópica, torna urgente a tomada de medidas conservacionistas, visando a manutenção da diversidade ainda existente no local.The Tocantins-Maranhão biogeographic unit is one of the most studied in the Amazon, with large samples of mammals deposited in museums. This region, however, still presents problems related to the taxonomy and geographical distribution of several species of this group. Some authors consider this area as a single operational biogeographic unit, although it is composed of two large segments, separated from each other by the Gurupi River. The aim of this study is to update the knowledge on the diversity of medium and large mammals in the study area, and to compare the diversity observed in each segment, verifying the suitability of dividing it into one or more distinct operational biogeographic units. The island of Marajó was also included as a third segment, as it presents faunal similarity with eastern Pará. A list was drawn up containing the species expected to occur in the region. To confirm the reliability of these records, a literature review was conducted and a survey of medium and large mammals deposited in the main Brazilian collections was carried out. Using the Jaccard index, the degree of faunal similarity between the segments of this region was analyzed. The list of expected taxa was composed of 55 species, distributed in 44 genera. Of these species, 53 (96.4%) were confirmed in collections, literature or by personal communication. There were no records for Atelocynus microtis, Tapirus terrestris and Inia geoffrensis in the collections, but T. terrestris and I. geoffrensis have already been recorded in the region through reliable direct observations. One species, Ozotoceros bezoarticus, was added to the list of mammals from the region. The results pointed out errors in the geographical distribution of some species, suggesting that considerable areas were inserted in the distributions of some taxa, described in the manuals of neotropical mammals consuItrated, only by means of extrapolation. Faunal similarity analysis indicated that Marajó Island is more similar to eastern Pará than to western Maranhão, but did not suggest the need to divide this biogeographic unit into two distinct ones. Of the 53 confirmed species, 12 (22.6%) are threatened with extinction, two of which are endemic (Cebus kaapori and Chiropotes satanas). The results presented here confirm the need for further studies of the medium and large mastofauna of the Tocantins-Maranhão biogeographic region. The occurrence of endemic and/or threatened species, in addition to the fact that this biogeographic unit is the most degraded in the Amazon, with great anthropic pressure, makes it urgent to take conservation measures, aiming at maintaining the diversity still existing in the place.porMuseu Paraense Emílio GoeldiMPEGBrasilDiversidade de mamíferos de médio e grande porte da região biogeográfica Tocantins-MaranhãoCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::COMPORTAMENTO ANIMALDiversidadeMamíferosUnidade Biogeográfica Tocantins-MaranhãoDiversidade de mamíferos de médio e grande porte da região biogeográfica Tocantins-MaranhãoDiversity of medium and large mammals of the Tocantins-Maranhão biogeographic regioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectOhana, José Abílio BarrosSilva Júnior, José de Sousa einfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do MPEGinstname:Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)instacron:MPEGORIGINAL55.DIVERSIDADE DE MAM1FEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE DA.pdf55.DIVERSIDADE DE MAM1FEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE DA.pdfapplication/pdf480487https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2511/1/55.DIVERSIDADE%20DE%20MAM1FEROS%20DE%20M%c3%89DIO%20E%20GRANDE%20PORTE%20DA.pdf956849dcf2d45327c56735fc75d639bfMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1694https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2511/2/license.txt66c4cfa822b9c228bcde3716649131abMD52TEXT55.DIVERSIDADE DE MAM1FEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE DA.pdf.txt55.DIVERSIDADE DE MAM1FEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE DA.pdf.txtExtracted texttext/plain3240https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2511/3/55.DIVERSIDADE%20DE%20MAM1FEROS%20DE%20M%c3%89DIO%20E%20GRANDE%20PORTE%20DA.pdf.txt5677882a5757c35d1962c04a57277f6dMD53THUMBNAIL55.DIVERSIDADE DE MAM1FEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE DA.pdf.jpg55.DIVERSIDADE DE MAM1FEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE DA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1633https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2511/4/55.DIVERSIDADE%20DE%20MAM1FEROS%20DE%20M%c3%89DIO%20E%20GRANDE%20PORTE%20DA.pdf.jpgade2202c48fbabcf45cb9441ec3aec6eMD54mgoeldi/25112023-08-09 03:01:08.206oai:repositorio.museu-goeldi.br:mgoeldi/2511TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTyBFWENMVVNJVkEKCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnZpYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8ocykgYXV0b3IoZXMpIG91IHByb3ByaWV0w6FyaW8pIGNvbmNlZGUgw6AgRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBzdWEgc3VibWlzc8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8gZW0gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIG91IHbDrWRlby4KClZvY8OqIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIERTVSBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgbyBzdWJtaXNzw6NvIGEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBEU1UgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlc3RlIGVudmlvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8Ojby4KClZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VibWlzc8OjbyDDqSBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIHJlcHJlc2VudGEKcXVlIGEgc3VhIHN1Ym1pc3PDo28gbsOjbyBpbmZyaW5qYSwgdGFudG8gcXVhbnRvIMOpIGRvIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKU2UgbyBlbnZpbyBjb250aXZlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIHZvY8OqIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcHJvcHJpZXTDoXJpbyBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBEU1Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZXhpZ2lkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EgZSBxdWUgdGFsIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyDDqSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IGNvbnRlw7pkbyBkYSBzdWJtaXNzw6NvLgoKU0UgQSBTVUJNSVNTw4NPIEZPUiBCQVNFQURBIEVNIFRSQUJBTEhPIFBBVFJPQ0lOQURPIE9VIEFQT0lBRE8gUE9SIFVNQSBBR8OKTkNJQSBPVSBPUkdBTklaQcOHw4NPIERJRkVSRU5URSBEQSBEU1UsIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIENVTVBSSVUgUVVBTFFVRVIgRElSRUlUTyBERSBSRVZJU8ODTyBPVSBPVVRSQVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIEVYSUdJREFTIFBPUiBUQUwgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBEU1UgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gYXV0b3IoZXMpIG91IHByb3ByaWV0w6FyaW8ocykgZG8gc3VibWlzc8OjbywgZSBuw6NvIGZhcsOhIG5lbmh1bWEgYWx0ZXJhw6fDo28sIGV4Y2V0byBjb25mb3JtZSBwZXJtaXRpZG8gcG9yIGVzdGUKbGljZW7Dp2EsIMOgIHN1YSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório ComumONGhttp://repositorio.museu-goeldi.br/oai/requestopendoar:2023-08-09T06:01:08Repositório Institucional do MPEG - Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)false |
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