Anatomia dos órgãos vegetativos de paragonia pyramidata (rich) bureau (bignoniaceae)

• Autor(a) principal: Santos, Seidel Ferreira dos
• Data de Publicação: 2000
• Outros Autores: Potiguara, Raimunda C. Vilhena
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1900
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BOTANICA::MORFOLOGIA VEGETAL::ANATOMIA VEGETAL; Paragonia pyramidata; Bureau; Bignoniaceae

Paragonia pyramidata é uma liana tropical muito comum nas florestas da Amazônia, habitando sobre as árvores de grande porte. Na restinga das Ilhas de Algodoal/Maiandeua nas Áreas de Proteção Ambiental (APA) caracterizadas como ecossistemas de restinga, esta espécie encontra-se sobre dunas formando um dos primeiros cordões vegetacionais próximos ao oceano. Na bibliografia são raros os trabalhos sobre anatomia vegetal neste tipo de ecossistema, por isso estudou-se a anatomia dos órgãos vegetativos desta espécie. Para a análise anatômica o material foi fixado em álcool 70%, para posterior realização das técnicas de dissociação de epiderme, diafanização e secções transversais do folíolo, caule e raiz. A análise histológica da lâmina foliar, em vista frontal, mostra que a espécie é hipoestomática, com tricomas glandulares em ambas as faces. A diafanização indica um padrão broquedródomo. Em cortes transversais notou-se que o folíolo é dorso-ventral, com uma hipoderme formada por células incolores, maiores que as células epidérmicas. Os feixes vasculares são colaterais e encontram-se dispersos no mesofilo os quais são protegidos por uma bainha fibrosa. O pecíolo apresenta um anel vascular, onde a nível de floerna ocorre uma capa de fibras. A raiz, quando jovem, apresenta uma configuração estrutural secundária, onde podemos distinguir três regiões distintas: uma região de revestimento secundário (periderme), região cortical com células rica em amido e uma região vascular onde os elementos de vasos são envolvidos por fibras. Já o caule, também em corte transversal, apresenta duas regiões distintas, uma de revestimento secundário(casca), seguida da região formada por poros simples e nele distinguim-se anéis de crescimento. A estrutura anatômica encontrada nesta espécie permite considerá-Ia bem estabelecida no ecossistema de restinga