Ecologia das comunidades de formigas associadas a plantas da família Arecaceae da ilha do Combu (Belém) e Estação Científica Ferreira Penna, em Caxiuanã (Melgaço-PA)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, lracenir Andrade dos
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Harada, Ana Yoshi
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2088
Resumo: A Amazônia é o principal centro de diversidade de palmeiras neotropicais (Küchmeister et al., 1998). Esta família apresenta adaptações morfológicas e fisiológicas especiais no tocante às ínter-relações de suas estruturas com seus colonizadores e visitantes. As formigas especializadas para viver em mirmecófitas aproveitam estruturas das plantas como local de nidificação e mostram ainda adaptações morfológicas e comportamentais (Harada, 1989). A deposição gradual de material orgânico nas brácteas das comunidades de palmeiras estimula a habitação destes espaços pelas comunidades de formigas produzindo uma intrínseca relação entre estas comunidades. Este projeto teve como objetivo estudar os padrões de associação e as interações existentes entre formigas e plantas da família Arecaceae e sua distribuição espaço-temporal na ilha do Combu (IC) (Belém) e Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn), em Caxiuanã (Melgaço/PA). Em cada local de coleta foram escolhidos seis pontos para amostragem dos dados. Em cada ponto foram coletados dados e material de cinco plantas colonizadas por formigas, em um raio máximo de 15 m de distância. Em cada planta coletou-se as colônias de formigas presentes, dados sobre a planta e descrição do ambiente. Para análise de porcentagem de nidificação de formigas nas palmeiras, foram contadas 20 plantas dentro de um transecto de 50 x 50 m, em cada ponto, observando-se presença ou ausência de formigas. Para análise dos dados utilizou-se os programas Bio Estat 2.0, Bio Diversity Pro e Estimates 5.0. Foram coletados 30,907 formigas em 60 palmeiras em duas amostragens. As comunidades de formigas distribuíram-se em 15 gêneros e 39 espécies, coletadas em 15 espécies de palmeiras. Deste total, 18,819 formigas foram coletadas na ECFPn e 12,088 na IC. Destas espécies de formigas 15 foram exclusivas da ECFPn, 17 da IC e 7 comum aos dois locais de amostragem. Das 240 palmeiras amostradas para análise de percentual de nidificação, 103 apresentaram colônias de formigas nidificando, com um percentual de colonização de 42,92%. NaECFPn29,16% de palmeiras tinham suas brácteas colonizadas por uma ou mais espécies de formigas, no entanto, na IC observou-se um total de 56,67% palmeiras habitadas por formigas. A diversidade por local de amostragem não teve diferenças significativas, de acordo com os índices de Shannon e Simpson. Inajá (Attalea maripa Mart.) foi a palmeira que apresentou maior riqueza de espécies de formigas (09 sp) na ECFPn, seguida de Açaí (Euterpe oleracea Mart.) (08) na IC. A sazonalidade e influência a abundância das comunidades de formigas, visto que, em períodos de maior pluviosidade, esta abundância é maior (34,782), quando comparados com os períodos de maior estiagem (30,907). A umidade nas brácteas favorece a proliferação de mais espécies nestes espaços. De acordo com dados e observações é possível inferir que existe uma intrínseca relação entre as comunidades de palmeiras e formigas, no entanto, a presença de formigas em palmeiras é maior em ambientes alagados (várzeas, p. x. IC), fato que corrobora a facilidade de adaptação morfológica e comportamental das formigas. A relação mutualística entre as duas comunidades é bem clara e os indícios de especificidade entre algumas espécies de formigas e palmeiras são bastante evidentes.
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spelling 2023-04-18T20:04:39Z2023-04-182023-04-18T20:04:39Z2002-07-04SANTOS, lracenir Andrade dos; HARADA, Ana Voshi. Ecologia das comunidades de formigas associadas a plantas da família Arecaceae da ilha do Combu (Belém) e Estação Científica Ferreira Penna, em Caxiuanã (Melgaço-PA). In: SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO MUSEU GOELDI, 10., 2002, Belém. Livro de Resumos. Belém: MPEG, 2002https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2088A Amazônia é o principal centro de diversidade de palmeiras neotropicais (Küchmeister et al., 1998). Esta família apresenta adaptações morfológicas e fisiológicas especiais no tocante às ínter-relações de suas estruturas com seus colonizadores e visitantes. As formigas especializadas para viver em mirmecófitas aproveitam estruturas das plantas como local de nidificação e mostram ainda adaptações morfológicas e comportamentais (Harada, 1989). A deposição gradual de material orgânico nas brácteas das comunidades de palmeiras estimula a habitação destes espaços pelas comunidades de formigas produzindo uma intrínseca relação entre estas comunidades. Este projeto teve como objetivo estudar os padrões de associação e as interações existentes entre formigas e plantas da família Arecaceae e sua distribuição espaço-temporal na ilha do Combu (IC) (Belém) e Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn), em Caxiuanã (Melgaço/PA). Em cada local de coleta foram escolhidos seis pontos para amostragem dos dados. Em cada ponto foram coletados dados e material de cinco plantas colonizadas por formigas, em um raio máximo de 15 m de distância. Em cada planta coletou-se as colônias de formigas presentes, dados sobre a planta e descrição do ambiente. Para análise de porcentagem de nidificação de formigas nas palmeiras, foram contadas 20 plantas dentro de um transecto de 50 x 50 m, em cada ponto, observando-se presença ou ausência de formigas. 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Inajá (Attalea maripa Mart.) foi a palmeira que apresentou maior riqueza de espécies de formigas (09 sp) na ECFPn, seguida de Açaí (Euterpe oleracea Mart.) (08) na IC. A sazonalidade e influência a abundância das comunidades de formigas, visto que, em períodos de maior pluviosidade, esta abundância é maior (34,782), quando comparados com os períodos de maior estiagem (30,907). A umidade nas brácteas favorece a proliferação de mais espécies nestes espaços. De acordo com dados e observações é possível inferir que existe uma intrínseca relação entre as comunidades de palmeiras e formigas, no entanto, a presença de formigas em palmeiras é maior em ambientes alagados (várzeas, p. x. IC), fato que corrobora a facilidade de adaptação morfológica e comportamental das formigas. A relação mutualística entre as duas comunidades é bem clara e os indícios de especificidade entre algumas espécies de formigas e palmeiras são bastante evidentes.The Amazon is the main center of Neotropical palm diversity (Küchmeister et al., 1998). This family presents special morphological and physiological adaptations regarding the interrelations of its structures with its colonizers and visitors. Ants specialized to live in myrmecophytes take advantage of plant structures as nesting sites and also show morphological and behavioral adaptations (Harada, 1989). The gradual deposition of organic material on the bracts of palm communities stimulates the habitation of these spaces by ant communities producing an intrinsic relationship between these communities. This project aimed to study the association patterns and interactions between ants and plants of the Arecaceae family and their spatial-temporal distribution on the island of Combu (IC) (Belém) and Scientific Station Ferreira Penna (ECFPn), in Caxiuanã (Melgaço/PA). At each collection site six points were chosen for data sampling. At each point, data and material were collected from five plants colonized by ants, within a maximum radius of 15 m apart. At each plant the ant colonies present, data on the plant, and a description of the environment were collected. To analyze the percentage of nesting ants in the palm trees, 20 plants were counted within a 50 x 50 m transect at each point, observing the presence or absence of ants. Bio Estat 2.0, Bio Diversity Pro and Estimates 5.0 were used for data analysis. A total of 30,907 ants were collected from 60 palm trees over two sampling periods. The ant communities were distributed among 15 genera and 39 species, collected from 15 palm species. Of this total, 18,819 ants were collected in the ECFPn and 12,088 in the CI. Of these ant species 15 were unique to ECFPn, 17 to CI and 7 common to both sampling sites. Of the 240 palms sampled for nesting percentage analysis, 103 showed nesting ant colonies, with a colonization percentage of 42.92%. In theECFPn29.16% of palms had their bracts colonized by one or more ant species, however, in the CI a total of 56.67% palms inhabited by ants were observed. The diversity by sampling site did not have significant differences, according to Shannon and Simpson indices. Inajá (Attalea maripa Mart.) was the palm tree with the highest ant species richness (09 sp) in the ECFPn, followed by Açaí (Euterpe oleracea Mart.) (08) in the IC. The seasonality and influence the abundance of the ant communities, since in periods of higher rainfall, this abundance is higher (34.782), when compared to periods of greater drought (30.907). The moisture in the bracts favors the proliferation of more species in these spaces. According to data and observations it is possible to infer that there is an intrinsic relationship between palm and ant communities, however, the presence of ants in palm trees is greater in flooded environments (várzeas, p. x. IC), a fact that corroborates the ease of morphological and behavioral adaptation of ants. The mutualistic relationship between the two communities is very clear and the evidence of specificity between some species of ants and palm trees is quite evident.porMuseu Paraense Emílio GoeldiMPEGBrasilEcologia das comunidades de formigas associadas a plantas da família Arecaceae da ilha do Combu (Belém) e Estação Científica Ferreira Penna, em Caxiuanã (Melgaço-PA)CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIAArecaceaeFormigasEcologia das comunidades de formigas associadas a plantas da família Arecaceae da ilha do Combu (Belém) e Estação Científica Ferreira Penna, em Caxiuanã (Melgaço-PA)Ecology of ant communities associated with plants of the Arecaceae family from Combu Island (Belém) and Ferreira Penna Scientific Station, Caxiuanã (Melgaço-PA)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectSantos, lracenir Andrade dosHarada, Ana Yoshiinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do MPEGinstname:Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)instacron:MPEGORIGINAL50.Ecologia das comunidades de formigas associadas.pdf50.Ecologia das comunidades de formigas associadas.pdfapplication/pdf1139565https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2088/1/50.Ecologia%20das%20comunidades%20de%20formigas%20associadas.pdf3a852b3de7f1e1def53de94e0f2df53fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1748https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2088/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT50.Ecologia das comunidades de formigas associadas.pdf.txt50.Ecologia das comunidades de formigas associadas.pdf.txtExtracted texttext/plain4514https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2088/3/50.Ecologia%20das%20comunidades%20de%20formigas%20associadas.pdf.txt16453547a94e8b41f6d6ad19b7c30dfdMD53THUMBNAIL50.Ecologia das comunidades de formigas associadas.pdf.jpg50.Ecologia das comunidades de formigas associadas.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1854https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2088/4/50.Ecologia%20das%20comunidades%20de%20formigas%20associadas.pdf.jpg65fb25c8f21eabf4654d7845c3e61d95MD54mgoeldi/20882023-04-19 03:00:56.103oai:repositorio.museu-goeldi.br:mgoeldi/2088Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório ComumONGhttp://repositorio.museu-goeldi.br/oai/requestopendoar:2023-04-19T06:00:56Repositório Institucional do MPEG - Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)false
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