Faciológica e estratigráfica de depósitos do cretáceo-(?) terciário inferior na borda centro-oeste da bacia de São Luís (Ma)

• Autor(a) principal: Lima, Rodrigo Dias
• Data de Publicação: 1998
• Outros Autores: Rosseti, Dilce de Fátima
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1805
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA; Faciologia; Cretáceo

A presente pesquisa visou a caracterização paleoambiental e estratigráfica de depósitos do Cretáceo Superior- (?) Terciário Inferior, situados ao longo da BR-3l6, entre Nova Olinda e Zé Doca (MA), borda centro-oeste da Bacia de São Luís. Esta é uma bacia marginal do tipo rift, formada como resultado da origem do Oceano Atlântico Sul, iniciada no Jurássico Superior/Cretáceo Inferior. Entre o Cretáceo Superior e Terciário Inferior o preenchimento da bacia é representado por 2 sequências estuarinas de vales incisos, correspondentes às formações Alcântara e Cujupe. A ánalise faciológica, juntamente com os dados de subsuperfície, sugerem que os depósitos aflorantes na área de estudo consistem de uma sucessão deltáica correlacionável à Formação Cujupe. Em subsuperfície, o padrão em funil dos perfis de raio-gama revela a natureza progradante destes depósitos, típica de ambientes deltaicos. Adicionalmente, a análise faciológica em afloramento levou ao reconhecimento de 5 associações de fácies, as quais foram atribuídas a subambientes comuns a depósitos deltaicos. A associação 1 é atribuída a ambiente de planície deltaica, sendo caracterizada por fácies de: a) arenitos com estratificação cruzada acanalada, tabular e inclinada de grande porte; bioturbação; laminação plano-paralela intercalada com microlaminação acanalada, b) arenitos e pelitos com laminação heterolítica; e c) conglomerado intraformacional. A associação 2, interpretada como depósitos de frente deltaica, consiste de a) arenito com estratificação cruzada acanalada, tabular e sigmoidal; deformações; estrutura maciça; b) pelito com acamamento heterolítico; e c) pelito laminado. A associação 3 representa ambiente de pródelta, sendo caracterizado por pelito laminado e intercalação pelito/arenito laminado. Neste contexto paleoambiental, propõe-se que estes depósitos deltaicos correspondam à porção mais proximal (i.e., bayhead delta) do sistema estuarino do tipo dominado por onda formado nos estágios iniciais de evolução do vale inciso representado pela Formação Cujupe.