Reconstituição paleoambiental e estratigráfica de depósitos do cretáceo superior, folha Bacabal (sb-23-x-a), Ma

• Autor(a) principal: Lima, Rodrigo Dias
• Data de Publicação: 1999
• Outros Autores: Rossetti, Dilce de Fátima
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1867
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA; Arcoseanos; Cretáceo superior

Depósitos arcoseanos do Cretáceo Superior, situados na borda nordeste da Bacia do Grajaú (MA), foram analisados a fim de se reconstruir seus paleoambientes deposicionais. Cinco associações de fácies foram descritas e atribuídas aos ambientes de: (1) planície de maré transgressiva (?); (2) barra de desembocadura; (3) prodeltalbarra distal; (4); canal distributário; e (5) barra de desembocadura influenciada por onda/maré. Estas associações de fácies caracterizam ambientes deltáicos, baseado em: i) depósitos com espessamento dos sets e granocrescência ascendente; ii) canais distributários associados a barras de desembocadura influenciados por processos de onda/maré; iii) colapsos gravitacionais (e.g., falhas de crescimento, escorregamentos) acompanhados de estratos convolucionados. Dada a similaridade litofaciológica e estratigráfica, estes depósitos são correlacionáveis com um complexo de delta de baía aflorante na porção centro-oeste da Bacia de São Luís, o qual registra ambientes proximais do sistema estuarino representado pela Formação Cujupe. Baseado nestas comparações sugere-se que os depósitos estudados pertençam a um sis tema estuarino contemporâneo. Três intervalos estratigráficos (Sl-S3), definidos por descontinuidades erosivas (D l-D3) e marcados por paleosolo e/ou traços fósseis atribuídos à icnofácies Glossifungites, foram reconhecidos na unidade estudada. Estes dados levam à interpretação de episódios múltiplos de progradação, favorecidos por ciclos de alta frequência/baixa amplitude do nível relativo do mar, dentro de um ciclo maior marcado pela incisão e abandono do vale estuarino. Os dados apresentados reforçam a reconstrução paleogeográfica anteriormente proposta, na qual as bacias de São Luís e Grajaú comportavam-se como uma bacia única pelo menos a partir do Cretáceo Superior