O Silenciar dos Atabaques: trajetória do candomblé de ketu em Goiânia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás) |
Texto Completo: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3788 |
Resumo: | O candomblé de ketu é a denominação para uma das nações do candomblé. Este é apenas uma das religiões que se configuraram a partir da matriz africana no país. È importante destacar o culto de voduns que se desenvolveu no Maranhão, chamado de tambor de mina, o culto aos orixás no Rio Grande do Sul, o batuque, e o culto aos egun-guns, principalmente, na Ilha de Itaparica, na Bahia. A tradição religiosa africana, da África Ocidental, foi reconfigurada sob várias estruturas religiosas distintas. Foi escolhida a que alcançou maior número de participantes e a maior influência na sociedade, tendo seus códigos religiosos mais divulgados e inseridos na cultura brasileira, se é que esta expressão é adequada. Grande parcela da população brasileira já ouviu falar de Oxalá ou Iemanjá, orixás do povo ioruba e deuses do candomblé brasileiro. Para tratar destas religiões e mais especificamente do candomblé de ketu optou-se pela denominação de religiões afrobrasileiras, conceito usado pela maioria dos autores que referenciaram este estudo. Não desconheço a polêmica recente entre religiões de matriz africana e as afro-brasileiras. Nesta interpretação a primeira denominação é usada para se referir às que preservam mais efetivamente a tradição africana e a segunda denominação para as que sintetizaram outros elementos culturais à matriz africana, caso da umbanda. A opção pelo conceito de religiões afro-brasileiras dá-se pela idéia de que a reconfiguração se dá em uma territorialidade específica, em suas dimensões ambientais, históricas e culturais, o Brasil, que dá novas dimensões à matriz africana. A representatividade da fala torna-se mais abrangente à medida que alcance outros segmentos que compõem a hierarquia das casas. Neste sentido, foi importante ouvir, também, outros iniciados, desde os egbomis até os cargos, como ogãs e ekedis de diferentes casas de Goiânia. Os egbomis expressam uma visão de articulação das casas, com uma leitura mais ampla sobre a dinâmica que se desenvolve nelas, do cotidiano, conflitos e tensões. Elementos como as crises de relacionamento, distribuição de funções e tarefas são percebidos por outro olhar, que não o de comando, representado pelo babalorixá ou ialorixá. |
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Para tratar destas religiões e mais especificamente do candomblé de ketu optou-se pela denominação de religiões afrobrasileiras, conceito usado pela maioria dos autores que referenciaram este estudo. Não desconheço a polêmica recente entre religiões de matriz africana e as afro-brasileiras. Nesta interpretação a primeira denominação é usada para se referir às que preservam mais efetivamente a tradição africana e a segunda denominação para as que sintetizaram outros elementos culturais à matriz africana, caso da umbanda. A opção pelo conceito de religiões afro-brasileiras dá-se pela idéia de que a reconfiguração se dá em uma territorialidade específica, em suas dimensões ambientais, históricas e culturais, o Brasil, que dá novas dimensões à matriz africana. A representatividade da fala torna-se mais abrangente à medida que alcance outros segmentos que compõem a hierarquia das casas. 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Elementos como as crises de relacionamento, distribuição de funções e tarefas são percebidos por outro olhar, que não o de comando, representado pelo babalorixá ou ialorixá.Pontifícia Universidade Católica de GoiásEscola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de HistóriaBrasilPUC GoiásPrograma de Pós-Graduação STRICTO SENSU em HistóriaReinato, Eduardo Joséhttp://lattes.cnpq.br/9142540932437553Torres, Marcos Antonio Cunha2017-10-05T19:26:45Z2009-08-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfTorres, Marcos Antonio Cunha. O Silenciar dos Atabaques: trajetória do candomblé de ketu em Goiânia. 2009. 131 f. 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