Avaliação Funcional e Intervenção em Respostas de Dor

• Autor(a) principal: Vieira, Graziela Freire
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)
• Texto Completo: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4366
• topic: Avaliação e analise funcional; Respostas de dor; Dor; Análise do comportamento aplicada; Evaluation and functional analysis; Pain responses; Pain; Applied Behavior Analysis (ABA).; CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA

O objetivo principal deste estudo foi identificar o controle exercido pelos eventos antecedentes como as operações motivadoras (OM), estímulos discriminativos (SD) e eventos consequentes reforçadores sobre as respostas de dor crônica, de quatro participantes provenientes de um ambulatório de dor, em um hospital público localizado no Distrito Federal. Para tanto, partiu-se da avaliação funcional indireta, o que envolveu entrevistas com participantes e familiares, avaliação funcional direta, que consistia em observação dos participantes em diferentes momentos de suas rotinas e a avaliação funcional experimental com quatro condições principais: atenção, demanda, sozinho e controle; a condição de atenção foi subdividida em outras três subcondicões. Todas as condições foram controladas pelo delineamento de múltiplos elementos, tanto na aplicação quanto na replicação. Para a intervenção das respostas de dor (tratamento) foi usado o reforçamento diferencial de comportamentos alternativos (DRA) controlado pelo delineamento de reversão do tipo ABA, contendo duas fases de linhas de base (A) e uma de intervenção (B). Os resultados apontaram que na subcondição de atenção-miníma os relatos e as expressões faciais de dor de P1 alcançaram à maior frequência. Na condição de demanda a maior frequência foi para P3. Já na condição de sozinho, apenas P1 emitiu expressões de dor. Já na condição de controle, nenhum relato ou expressão de dor foram emitidos. Os dados do tratamento evidenciaram que o DRA se mostrou efetivo na redução dos relatos de dor de P1 e de P3. Por fim, os resultados foram discutidos em termos de que a dor tem função adaptativa o que possibilita ao indivíduo escapar de situações danosas à sua sobrevivência, ainda que ela possa ser prejudicial e incapacitante principalmente quando se torna crônica; numa perspectiva analítica comportamental, a dor é uma resposta sensorial privada, que aprendemos a descrever a partir da exposição a contingências sociais e que, quando expressa, viabiliza acesso a consequências potencialmente reforçadoras