O momento da saída do abrigo por causa da maioridade: a voz dos adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martinez, Ana Laura Moraes
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Silva, Ana Paula Soares
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Psicologia em Revista (Online)
Texto Completo: http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/336
Resumo: Resumo O que significa para um adolescente crescer num abrigo? E o que significa para ele ter que deixá-lo por causa da maioridade legal? Na tentativa de compreender essas questões, a presente pesquisa foi construída junto com dois adolescentes que vivenciavam a saída do abrigo, após terem permanecido na instituição por 12 anos. Partindo de uma perspectiva histórico-cultural, utilizou-se para a construção do corpus, observações participantes, entrevistas com os adolescentes e equipe técnica, além de produções narrativas de um dos adolescentes. O eixo norteador da análise foram os sentidos produzidos sobre a saída do abrigo. Entre os apontamentos finais, verificou-se a ausência de práticas sistemáticas de auxílio aos adolescentes no enfrentamento da saída e a existência de atuações individualizadas, permeadas pelos estereótipos construídos pela instituição. Enquanto um dos adolescentes (o adolescente ativo) construiu arranjos próprios para sua saída, o outro (o adolescente problema) foi intensamente tutelado pela instituição nesse processo de desligamento. Abstract What does it mean to a child to be brought up in a children’s shelter? What does it mean when he is forced to leave it once he turns 18? As an attempt to understand such matters, this study was based on the story of two teenagers who were faced with leaving the shelter after being there for 12 years. Starting from a historical and cultural perspective, it used participating observation, interviews with the adolescents and the shelter staff, and narrative stories from one of the adolescents to build the corpus. Our guiding lights for the analysis were the meanings that leaving the shelter had to the adolescents. There was no support service of any kind to assist the adolescents in coping with their departure. was some individualized assistance permeated by stereotypes created by the institution. Although one of the teenagers – of the active type – had paved his own path when preparing himself to leave, the other one – of the problematic type – was exhaustingly tutored by the institution in the exit process. Resumen ¿Qué significa para un adolescente crecer en un orfanato? ¿Y qué significa tener que dejarlo porque alcanzó la mayoría de edad? Para intentar comprender estas cuestiones, la presente investigación fue co-construida con dos adolescentes que vivían la salida del orfanato, después de haber permanecido en la institución durante doce años. A partir de una perspectiva histórico-cultural, fueron utilizadas para la construcción del corpus, observaciones participantes, entrevistas con los adolescentes y equipo técnico, además de producciones narrativas de uno de los dos adolescentes. El eje referencial del análisis fueron los sentidos producidos acerca de la salida del orfanato. Entre los apuntes finales, se verificó la ausencia de prácticas sistemáticas de auxilio a los adolescentes que enfrentan la salida y la existencia de actuaciones individualizadas, penetradas por los estereotipos construidos por la institución. Mientras uno de los adolescentes – el adolescente activo – construyó preparativos propios para su salida, el otro – el adolescente problema – fue intensamente amparado por la institución en este proceso de desligadura.
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