O HOMEM MODERNO E O DIREITO: HOMEM PRIMITIVO DA SOCIEDADE MODERNA OU HOMEM CIVILIZADO DA SOCIEDADE PRIMITIVA? - DOI 10.5752/P.2318-7999.2010v13n25p3
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Faculdade Mineira de Direito (Online) |
Texto Completo: | http://periodicos.pucminas.br/index.php/Direito/article/view/P.2318-7999.2010v13n25p3 |
Resumo: | Este trabalho visa precipuamente a análise das razões que levam importantes estudiosos do homem primitivo a concluírem pela ausência de consciência do “eu” em sua mentalidade. A compreensão do funcionamento da mente do homem primitivo permite entender seus reflexos sobre o Direito, com o que se busca a percepção de como a temática proposta pode auxiliar um melhor entendimento acerca do homem em si, notadamente o homem civilizado. Os estudos baseiam-se, principalmente, em narrativas reais decorrentes de pesquisas de campo realizadas por etnólogos e antropólogos, sob a ótica sociológica e jurídica de importantes autores, especialmente Hans Kelsen (Society and Nature). Estas pesquisas foram realizadas em tribos atuais que não se civilizaram, mantendo intactas as características de suas origens. Como restará demonstrado, apesar da base empírica, as conclusões alcançadas neste trabalho melhor adéquam-se aos homens primitivos anteriores a qualquer civilização, os quais não tiveram oportunidades provenientes da transmissão de conhecimento perpetuada desde as primeiras gerações. Esses estudos resultaram na constatação já exarada por Wilson Wallis de que se o primitivo é potencialmente um homem civilizado, o civilizado é potencialmente um primitivo. Tal afirmação é possível diante da inexistência de diferenças ontológicas entre a mente do homem primitivo e a do homem civilizado, premissa que permeou todo este trabalho e que foi comprovada por relações argumentativas lógicas. Concluiu-se, no entanto, que a inexistência deste dualismo absoluto não impede que homem primitivo e homem civilizado tenham formas diversas de perceber o mundo e processar informações já absorvidas por eles de maneiras distintas. São, aliás, essas considerações que permitem importantes revelações que vinculam o primitivismo à potencial civilidade. |
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