A valorização da alteridade em Pequenos burgueses, de Carlos de Oliveira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1997 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Scripta |
Texto Completo: | http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/10143 |
Resumo: | O trabalho procura demonstrar inicialmente que a univocidade e o monologismo são procedimentos naturais do discurso veiculado pelo Neo-realismo - usuário de uma pedagógica ironia retórica que busca a consciência de classe para que surjam os transformadores "heróis coletivos". Analisa-se em seguida Pequenos burgueses, de Carlos de Oliveira, narrativa de construção fragmentária, construída como contestação. Procura-se demonstrar que o fingimento e os jogos de enganos são também artifícios de ironia retórica e caracterizam as relações entre as personagens do romance. E que nas histórias de Mestre Horácio, que se constituem como enunciados encaixados e como uma enunciação en abyme no texto, usa-se a ironia romântica e seus elementos - o fantástico, a exibição da narrativa como narrativa, a auto-referencialidade, a trapaça (des)mistificada, o espelhamento e a auto-paródia. Conclui-se que a narrativa torna-se assim muito mais revolucionária que o Neo-realismo tradicional, pois realmente valoriza a capacidade de percepção do receptor e, portanto, a alteridade. |
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