[pt] A PALAVRA BRAVIA: LINGUAGEM E SENTIDO NA CORRESPONDÊNCIA ENTRE GUIMARÃES ROSA E SUA TRADUTORA AMERICANA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MIRNA SOARES ANDRADE
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15444&idi=1
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http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.15444
Resumo: [pt] Este trabalho analisa perspectivas de linguagem e sentido que se esboçam em 59 cartas trocadas entre Guimarães Rosa e sua tradutora norte-americana, Harriet de Onís. Partindo de um ponto de vista pós-estruturalista, segundo o qual a linguagem é não instrumento de representação, mas antes uma multiplicidade de práticas históricas, voláteis, descontínuas e, portanto, refratárias a teorias gerais de ambição essencializante, busca-se reconhecer no espaço extra-teórico das cartas a fecundidade dos diferentes estilos de ver a linguagem que se oferecem nesse ponto particular do corpus roseano. Mostra-se a irreducibilidade dessas visões a qualquer filosofia geral, as marcadas diferenças de atitude perceptíveis entre Guimarães Rosa e Harriet de Onís no que se refere à linguagem (diferenças que enfatizam por contraste as posições roseanas), e, sobretudo, a forma particular como o Rosa das cartas promove performativamente o abalo de expectativas reducionistas e culturalmente arraigadas sobre a linguagem. Especial atenção é dada ao modo como em Rosa o paradoxo emerge como força criadora e não como embaraço, aporia: pela produtividade do paradoxo, abrem-se ângulos fecundos pelos quais se logra reconhecer, ou, nos termos de Rosa, sentir-pensar, diferentes aspectos da linguagem, notadamente a língua comum; a dinâmica vital que enlaça texto, autor, tradutor e leitor; a irracionalidade e o mistério irredutível da língua; e o estatuto do poético no idioma.
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spelling [pt] A PALAVRA BRAVIA: LINGUAGEM E SENTIDO NA CORRESPONDÊNCIA ENTRE GUIMARÃES ROSA E SUA TRADUTORA AMERICANA[en] THE FIERCE WORD: LANGUAGE AND MEANING IN GUIMARÃES ROSAS LETTERS TO HIS AMERICAN TRANSLATOR[pt] LINGUAGEM[pt] SENTIDO[pt] GUIMARAES ROSA[pt] CORRESPONDENCIA[pt] TRADUCAO[en] LANGUAGE[en] SENSE[en] GUIMARAES ROSA[en] CORRESPONDENCE[en] TRANSLATION[pt] Este trabalho analisa perspectivas de linguagem e sentido que se esboçam em 59 cartas trocadas entre Guimarães Rosa e sua tradutora norte-americana, Harriet de Onís. Partindo de um ponto de vista pós-estruturalista, segundo o qual a linguagem é não instrumento de representação, mas antes uma multiplicidade de práticas históricas, voláteis, descontínuas e, portanto, refratárias a teorias gerais de ambição essencializante, busca-se reconhecer no espaço extra-teórico das cartas a fecundidade dos diferentes estilos de ver a linguagem que se oferecem nesse ponto particular do corpus roseano. Mostra-se a irreducibilidade dessas visões a qualquer filosofia geral, as marcadas diferenças de atitude perceptíveis entre Guimarães Rosa e Harriet de Onís no que se refere à linguagem (diferenças que enfatizam por contraste as posições roseanas), e, sobretudo, a forma particular como o Rosa das cartas promove performativamente o abalo de expectativas reducionistas e culturalmente arraigadas sobre a linguagem. Especial atenção é dada ao modo como em Rosa o paradoxo emerge como força criadora e não como embaraço, aporia: pela produtividade do paradoxo, abrem-se ângulos fecundos pelos quais se logra reconhecer, ou, nos termos de Rosa, sentir-pensar, diferentes aspectos da linguagem, notadamente a língua comum; a dinâmica vital que enlaça texto, autor, tradutor e leitor; a irracionalidade e o mistério irredutível da língua; e o estatuto do poético no idioma.[en] This work analyzes language and meaning perspectives outlined in 59 letters exchanged by Guimarães Rosa and his North-American translator Harriet de Onís. From a post-structuralist point of view – according to which language is not an instrument of representation, but rather a multiplicity of volatile and discontinuous historical practices and, therefore, refractive to general theories aspiring essence – the fecundity of different ways of looking at language present in this particular piece of Rosa’s corpus is sought on extra-theoretical grounds. The irreducibility of these views to any general philosophy and the noticeable differences of attitude between Guimarães Rosa and Harriet de Onís regarding language (differences that emphasize by contrast Rosa’s positions) are shown and, especially, the specific way Rosa promotes performatively the disturbance of reductionist deep-rooted cultural expectations about language in these letters. Special thought is given to the way paradox emerges in Rosa as a creative force and not as an encumbrance, aporia: by the productivity of paradox, fertile angles open up and through them one may attempt to recognize or, in Rosa’s own words, think-feel, different aspects of language, notably the common language; the vital dynamic that binds the text, the author, the translator and the reader; the irreducible irrationality and mystery; and the poetic statute of language.MAXWELLHELENA FRANCO MARTINSMIRNA SOARES ANDRADE2010-03-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15444&idi=1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15444&idi=2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.15444porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-09-14T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:15444Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342017-09-14T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
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