DE-SIGN FOR WHOM? ON THE CONCEPT OF OTHER IN BRAZIL S GRAPHIC DESIGN RESEARCH

• Autor(a) principal: FERNANDO DOS SANTOS ALMEIDA
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
• Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=25440@1; https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=25440@2

O objeto deste estudo são os termos que designam o Outro - a pessoa a quem o projeto de design é direcionado - utilizados na pesquisa em Design Gráfico no Brasil. O recorte escolhido foi de trechos de artigos científicos em Design Gráfico publicados online entre os anos de 2004 e 2013 na Infodesign, a revista científica com mais alta qualificação Qualis no Brasil na especialidade Design Gráfico no presente ano de 2015. O objetivo desta pesquisa é compreender os usos e significados dos termos referentes ao Outro na referida Revista. A questão é como a teoria do campo se refere, reconhece e identifica o Outro. Considerando que a escolha de uma terminologia expressa uma ideologia e, por consequência, formas de ação, pressupomos que usos diferentes da terminologia referente ao Outro se refletem em diferentes abordagens projetuais. A partir do discurso, podemos inferir como os pesquisadores tem abordado a alteridade e, por consequência, produzido a própria identidade profissional. A partir de uma perspectiva teórico-metodológica baseada nos princípios da Linguística Sistêmico-Funcional de Halliday e Matthiessen (2004), realizamos uma análise quantitativa da predominância dos termos utilizados para designar o Outro nos artigos. Inspiramo-nos na Análise Crítica do Discurso como abordagem de análise dos dados e, a partir dos resultados, identificamos que questões culturais, sociais e econômicas perpassam nosso entendimento do Outro e que a relação com o Outro é marcada pela noção de uso do Design. Há regras implícitas para o uso dos termos, especialmente no que se refere a relações de poder entre designer e o Outro estabelecidas tanto pelo consumo quanto pela noção de necessidade que participam do pensamento em Design Gráfico.