"Namorido": uma forma contemporânea de conjugalidade?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte,Juliana Puppin
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Rocha-Coutinho,Maria Lúcia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Psicologia clínica (Rio de Janeiro. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-56652011000200008
Resumo: Este estudo teve como objetivo entender o "namorido", forma de relacionamento comum entre jovens da zona sul do Rio de Janeiro. Neste relacionamento, após breve namoro, o casal decide morar junto, sem necessariamente planejar uma futura oficialização. Foram entrevistadas cinco mulheres com idades entre vinte e sete e trinta e sete anos, que trabalham fora de casa e estão envolvidas, há pelo menos um ano, em um relacionamento amoroso a que estamos denominando "namorido". As entrevistas foram semidirigidas, gravadas em áudio, transcritas na íntegra e os textos resultantes submetidos a uma análise de discurso. Os resultados apontam para o fato de que o "namorido" parece ser uma modalidade de relacionamento resultante do individualismo exacerbado das sociedades contemporâneas em que os vínculos afetivos são mais fluidos e maleáveis. Nele, os indivíduos buscam uma satisfação pessoal instantânea nos relacionamentos amorosos, dispensando, assim, um tempo maior para o conhecimento mútuo. Além disso, não se faz necessário que o casal participe, dê satisfações ou mesmo conheça os familiares do/a parceiro/a e não há compromisso com a durabilidade, nem com a geração de descendentes. Apesar disso, em muitos aspectos o "namorido" se assemelha aos casamentos contemporâneos e, para as pessoas envolvidas neste tipo de relação, o fato de ela não ser oficializada não faz com que a união entre os cônjuges seja menos comprometida.
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