Alma e destino do povo português. O fado como identidade nacional lusa no limiar do Estado Novo (1927 – 1933)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gasparotto, Lucas André
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Oficina do Historiador
Texto Completo: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/view/16455
Resumo: O fado, gênero musical considerado canção nacional em Portugal, apresenta trajetória histórica cuja origem remonta ao início da segunda metade do século XIX. Desde pelo menos o último terço dos oitocentos, observa-se, nas primeiras obras dedicadas à história do fado, o aparecimento de um debate acerca do status de símbolo nacional atribuído ao gênero. É, contudo, no final dos anos 1920 e início dos 1930 que se observa uma série de elementos responsáveis por atribuir carga simbólica e identitária ao fado, capaz de consolidá-lo como identidade nacional portuguesa. Através de conjunto de fontes que contempla legislação, obras literárias e jornalísticas e jornais de temática específica, este trabalho analisa as características do cenário musical fadista em Portugal durante o período de 1927 a 1933, destacando um processo de ritualização das práticas artísticas que objetivava dignificar o gênero mediante às diversas camadas da sociedade. A pesquisa sustenta-se na discussão em torno dos conceitos de nação e identidade nacional, a fim de definir o fado como alma e destino do povo português, enquanto canção popular com status de canção nacional capaz de credenciá-lo como uma cultura comum.
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