Self-building as a French-speaking feminine author. The example of Assia Djebar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barthelmebs-Raguin, Hélène
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Letras de Hoje (Online)
Texto Completo: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/32921
Resumo: Os debates que envolvem o status de autora atualmente cristalizam as tensões, o que testemunha em particular a polêmica viva em torno do substantivo feminino autora. Essas questões sobre o status das mulheres criadoras parecem ainda mais fortes e mais ativas quando se trata de mulheres pertencentes às literaturas em língua francesa. As conexões entre a situação das mulheres e as dos autores francófonos são numerosas e concentram-se particularmente no que diz respeito à questão da legitimidade. Numa cena literária predominantemente dominada por escritores, homens, sobretudo brancos e ocidentais, escrever em francês como mulheres estrangeiras constitui um duplo desafio e implica uma necessidade de justificação. Para a presente reflexão, nos concentraremos no trabalho de Assia Djebar, primeira escritora de língua francesa a ingressar na Academia Francesa em 2005. Polimorfa, sua obra, tanto literária quanto fílmica, tende a retornar incessantemente, como um leitmotiv, por sua autoria, construindo assim sua própria representação e imagem de si (AMOSSY, 2010). É nisto que o ethos de escritora participa de uma encenação muito particular, que é ao mesmo tempo da literatura feminina e da literatura pós-colonial.
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spelling Self-building as a French-speaking feminine author. The example of Assia DjebarSe construire en tant qu’auteure de langue française. L’exemple d’Assia DjebarAssia Djebarliteratura pós-colonialescrita femininacomprometimentovoz.Assia Djebarlittérature postcolonialeécriture féminineengagementvoix.Os debates que envolvem o status de autora atualmente cristalizam as tensões, o que testemunha em particular a polêmica viva em torno do substantivo feminino autora. Essas questões sobre o status das mulheres criadoras parecem ainda mais fortes e mais ativas quando se trata de mulheres pertencentes às literaturas em língua francesa. As conexões entre a situação das mulheres e as dos autores francófonos são numerosas e concentram-se particularmente no que diz respeito à questão da legitimidade. Numa cena literária predominantemente dominada por escritores, homens, sobretudo brancos e ocidentais, escrever em francês como mulheres estrangeiras constitui um duplo desafio e implica uma necessidade de justificação. Para a presente reflexão, nos concentraremos no trabalho de Assia Djebar, primeira escritora de língua francesa a ingressar na Academia Francesa em 2005. Polimorfa, sua obra, tanto literária quanto fílmica, tende a retornar incessantemente, como um leitmotiv, por sua autoria, construindo assim sua própria representação e imagem de si (AMOSSY, 2010). É nisto que o ethos de escritora participa de uma encenação muito particular, que é ao mesmo tempo da literatura feminina e da literatura pós-colonial.Les débats autour du statut d’auteure cristallisent actuellement les tensions; en témoignent notamment la vive polémique autour du substantif féminin auteure. Ces interrogations quant au statut des créatrices apparaissent d’autant plus fortes et virulentes quand elles s’attachent aux femmes appartenant aux littératures de langue française. Les accointances entre la situation des femmes et celles des auteurs de langue française sont nombreuses et se retrouvent notamment autour de la question de la légitimité. Sur une scène littéraire majoritairement dominée par des écrivains, hommes donc, blancs et occidentaux, écrire en français en tant que femmes étrangères relève d’une double gageure et entraîne un besoin de justification. Pour la présente réflexion, nous nous attacherons à l’oeuvre d’Assia Djebar, première écrivaine de langue française à avoir rejoint l’Académie française en 2005. Polymorphe, son oeuvre, tant littéraire que filmique, tend à revenir sans cesse, tel un leitmotiv, sur son auctorialité, construisant ainsi sa propre représentation et l’image de soi (AMOSSY, 2010). C’est en cela que l’ethos de l’écrivaine participe d’une mise en scène tout à fait particulière, qui relève à la fois de la littérature féminine et de la littérature postcoloniale. *** Construir-se como autora de língua francesa. O exemplo de Assia Djebar ***Os debates que envolvem o status de autora atualmente cristalizam as tensões, o que testemunha em particular a polêmica viva em torno do substantivo feminino autora. Essas questões sobre o status das mulheres criadoras parecem ainda mais fortes e mais ativas quando se trata de mulheres pertencentes às literaturas em língua francesa. As conexões entre a situação das mulheres e as dos autores francófonos são numerosas e concentram-se particularmente no que diz respeito à questão da legitimidade. Numa cena literária predominantemente dominada por escritores, homens, sobretudo brancos e ocidentais, escrever em francês como mulheres estrangeiras constitui um duplo desafio e implica uma necessidade de justificação. Para a presente reflexão, nos concentraremos no trabalho de Assia Djebar, primeira escritora de língua francesa a ingressar na Academia Francesa em 2005. Polimorfa, sua obra, tanto literária quanto fílmica, tende a retornar incessantemente, como um leitmotiv, por sua autoria, construindo assim sua própria representação e imagem de si (AMOSSY, 2010). É nisto que o ethos de escritora participa de uma encenação muito particular, que é ao mesmo tempo da literatura feminina e da literatura pós-colonial.Palavras-chave: Assia Djebar; literatura pós-colonial; escrita feminina; comprometimento; voz.Editora da PUCRS - ediPUCRS2018-12-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/3292110.15448/1984-7726.2018.3.32921Letras de Hoje; Vol. 53 No. 3 (2018): The discursive ethos: scope, challenges and potentialities; 352-362Letras de Hoje; Vol. 53 Núm. 3 (2018): Ethos discursivo: alcance, desafios e potencialidades; 352-362Letras de Hoje; v. 53 n. 3 (2018): Ethos discursivo: alcance, desafios e potencialidades; 352-3621984-77260101-333510.15448/1984-7726.2018.3reponame:Letras de Hoje (Online)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)instacron:PUC_RSporhttps://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/32921/17639Copyright (c) 2019 Letras de Hojeinfo:eu-repo/semantics/openAccessBarthelmebs-Raguin, Hélène2019-01-17T14:18:42Zoai:ojs.revistaseletronicas.pucrs.br:article/32921Revistahttps://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/falePRIhttps://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/oaieditora.periodicos@pucrs.br || letrasdehoje@pucrs.br1984-77260101-3335opendoar:2019-01-17T14:18:42Letras de Hoje (Online) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)false
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