A infidelidade conjugal feminina no cinema: uma análise junguiana

• Autor(a) principal: Fernandes, Carla Souto Albano
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/29225
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Infidelidade feminina; Traição; Casamento; Cinema; Psicologia analítica

O presente trabalho teve como objetivo entender como a infidelidade acontece no curso de um casamento e qual é o significado da relação extraconjugal na psique feminina. A escolha de estudar a infidelidade, sob o ponto de vista feminino, se explica pelo fato de que este é um fenômeno de pouca visibilidade social, além de um ser tema bastante presente na clínica. As relações amorosas consistem em uma dimensão importante da vida cotidiana e trazem questões de natureza arquetípica. Este trabalho buscou respostas na produção cultural, mais especificamente no cinema, ao analisar cenas de dois filmes: “As Pontes de Madison” e “Os Belos Dias”, que trazem a questão da infidelidade feminina. A Psicologia Analítica forneceu elementos para entender as possibilidades de um relacionamento amoroso sob a perspectiva da busca de desenvolvimento pessoal, compreendendo como os aspectos femininos e masculinos das personagens foram trazidos para a consciência. Verificou-se que o casamento das personagens estava desvitalizado, fazendo com que ambas tivessem prejuízo da realização pessoal. A vivência de uma experiência extraconjugal integrou conteúdos inconscientes e permitiu uma ampliação da consciência, tanto no sentido do autoconhecimento, como trazendo modificações na convivência com os parceiros e com a coletividade. Assim, a infidelidade consistiu em um evento muito importante no processo de individuação das personagens