O não dito na relação familiar: uma reflexão com a psicopedagogia

• Autor(a) principal: Moreira, Sueli Stela Cabrera
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/36777
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::FUNDAMENTOS DA EDUCACAO::PSICOLOGIA EDUCACIONAL

O trabalho com o tema do Não Dito Na Relação Familiar: Uma Reflexão com a Psicopedagogia, levou-me a buscar dentro dos três capítulos propostos, Os Valores Familiares como Pilares de Construção e Cultura Individual e Social, Os Segredos Familiares e Os Efeitos do Não Dito Revelados nos Sintomas, o possível percurso para uma compreensão mais abrangente sobre o tema, pesquisado nos diferentes autores mencionados. Ao se questionar sobre a formação dos Valores na Família, e suas Regras como Pilares de Construção da Cultura Indivuidual e Social, refletimos por exemplo, que a família aparece como o melhor contexto para acompanhar o sujeito no transitar das mudanças que implicam necessariamente a vida. Minuchin, Salvador (1982), já nos remete ao conceito de que a família é um sistema governado por regras compreendendo subsistemas que interagem mutuamente e afetam uns aos outros.Elas devem ser flexíveis e mudar ao longo do ciclo familiar, e estar a serviço do crescimento dos membros do grupo.No capítulo 2, Segredos Familiares, Paulo Schiller, em Mistérios Familiares, considera o que está além da nossa herança genética, “ uma herança histórica”, que tem origem nas gerações anteriores, e que portanto, irá determinar tanto nossas qualidades como as repetições, de uma forma aparentemente inexplicável, e que aparecem na vida do sujeito. Inglez-Mazzarella,Tatiana, reafirma tal conceito, quando diz, que sempre há um trabalho a ser realizado com base no herdado, pois, partes não elaboradas, são transmitidas pelas gerações de forma a produzir repetições. - Mas, quais repetições?O segredo pode passar silenciosa e inconscientemente de geração em geração como se fosse uma relíquia que esconde uma armadilha explosiva. Referem-se a temas carregados de intensos sentimentos de temor, vergonha e culpa. Já o tópico 2.4, nos aponta para uma reflexão bastante relevante que é O Direito de Calar, nos revelando a importância do poder calar um pensamento, como condição vital para o funcionamento do Eu, reafirmado por Piera Aulaugnier (1990), que dirá: - “Presevar-se o direito e a possibilidade de criar pensamentos, e mais simplesmente de pensar, exige que se tenha o direito de escolher os pensamentos que se comunica e aqueles dos quais se guarda segredo”. E finalizando, o capítulo 3, Os Efeitos do Não Dito Revelados nos Sintomas, com nos quatro tópicos apresentados, A Função Paterna e o Saber, O Sintoma e a Fala, O Não Dito e o Distúrbio de Aprendizagem, e o Não Dito: Articulações com a Psicopedagogia, com abordagens de Miriam Dubieux Rosa e Alícia Fernandez, irá sintetizar as questões propostas do tema, contextualizando-as nas teorias apresentadas no exercício da prática psicopedagógica demonstrada em clínica, através das produções apresentadas e ilustradas no trabalho, demonstrando assim, os aspectos mais relevantes sobre o que os Não Ditos e Segredos Familiares podem nos revelar na prática da clínica com o sujeito.