O discurso do riso no Caderno de poesia de Oswald de Andrade

• Autor(a) principal: Brandão, Marcelo de Souza
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/31598
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA COMPARADA; Oswald de Andrade; Poesia modernista; Riso; Humor; Cultura popular x intelectualizada

O tema desta monografia é o estudo do riso como discurso poético em Primeiro Caderno do Aluno de Poesia Oswald de Andrade. Reflete sobre a materialização do riso, por meio de elementos poéticos da vertente cômica, para apreender a construção de um novo modelo de poesia e uma nova linguagem poética brasileira. Tendo como preocupação central o estudo dos poemas de Oswald de Andrade, este trabalho discute o riso como forma de expressão literária e caracterização nacional. Discute também o riso sutil e intelectualizado, que aparece em procedimentos da vertente cômica como ironia, paródia, trocadilho, repetição, sátira e oralidade. E por fim, aborda o riso mais corporal, debochado, sem censura, como piada, obscenidades, escatologia e pequenas histórias engraçadas. Fundamenta-se em conceitos propostos por Bakhtin (1987) que analisou o riso na Idade Média e o caracterizou como ambivalente, pois mistura sagrado e profano, corpo e alma. Também em Propp (1992), que analisou as linguagens do riso na literatura desde a paródia, a sátira, o trocadilho e a ironia até pequenas histórias engraçadas, repetições e piadas. Ainda, em Minois (2003), cuja pesquisa trata de como o riso aparece na sociedade e na cultura desde a Grécia até a atualidade, e em estudos de Haroldo de Campos (1990) sobre a obra de Oswald de Andrade, à luz desse viés. Após esse percurso, conclui-se que existe, na poética de Oswald de Andrade, um discurso do riso que se materializa em seus poemas, e que, centrado em certos procedimentos, o poeta, inventivo e alegre, produz uma lírica inovadora, radical, inteligente, brasileira, de seu tempo e atemporal