O exercício da maternidade nas prisões brasileiras à luz do Habeas Corpus nº 143.641
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/32742 |
Resumo: | Introdução: O presente trabalho pretende fazer uma análise da concessão da ordem do Habeas Corpus nº 143.641, julgado pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, através da qual restou determinada a substituição da prisão preventiva de gestantes, puérperas e mães de crianças e deficientes, pela prisão domiciliar. Portanto, foi feita uma análise do Habeas Corpus como protetor do cidadão frente aos atos abusivos do Estado, suas principais características, e uma reflexão sobre o cabimento de sua modalidade coletiva, matéria que foi objeto preliminar do acórdão do STF. Em seguida, refletiu-se sobre a violação dos direitos da pessoa presa no Brasil, com especial enfoque às mulheres encarceradas. O trabalho se preocupou em analisar os efeitos na vida da criança quando o ambiente de sua primeira infância é a prisão. Em nome da dignidade da pessoa humana, dos direitos das mulheres e do melhor interesse da criança, à luz da Constituição Federal, do Estatuto da Criança e do Adolescente, do Marco Legal da Primeira Infância e do Código de Processo Penal, analisou-se o acórdão que julgou o Habeas Corpus nº 143.641, tratando, ainda, da importância do Supremo Tribunal Federal na defesa destes direitos, como instância máxima do Poder Judiciário. Objetivo: Analisar a situação das mulheres mães de crianças e deficientes, grávidas e puérperas na condição de presas provisórias e o porquê de a substituição para a prisão domiciliar ser benéfica também à criança envolvida. Material e Métodos: Método dialético: através a leitura de obras doutrinárias e análise jurisprudencial, foram realizados fichamentos para a melhor seleção de conceitos que embasaram o estudo. A base teórica foi composta por doutrinas de Direito Constitucional e da Dignidade da Pessoa Humana, com menção às obras que trataram sobre a execução penal no Brasil e o Estado de Coisas Inconstitucional. Foram consultados relatórios do SISDEPEN, ferramenta de coleta de dados do sistema penitenciário brasileiro fornecida pelo Governo Federal; Relatório elaborado pelo Núcleo Especializado em Situação Carcerária da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, tratando sobre “Inspeções em presídios durante a pandemia da Covid-19”; Relatório final da CPI do Sistema Carcerário. Resultado: Foi possível constatar que as prisões brasileiras configuram um estado párea, porquanto aparentam estar totalmente à margem de qualquer legislação. Neste ambiente, os direitos são violados, as garantias não são efetivadas e a legislação raramente se aplica em sua totalidade. Tendo em vista a hipossuficiência das crianças como sujeitos de direito, que devem ser tratados com absoluta prioridade, bem como as condições precárias para mulheres gestantes, puérperas e mães, fatos constatados com números alarmantes, foi possível concluir que a concessão da ordem do Habeas Corpus nº 143.641, com a determinação da substituição da prisão preventiva para a prisão domiciliar não só foi benéfica às mulheres, mas às crianças que, ao saírem do ambiente insalubre da prisão, terão direito a uma primeira infância digna, com a devida convivência familiar, acesso à saúde e à educação |
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Pinheiro, Flavia de CamposMoretto, Fernanda Tourinho2023-06-07T21:08:56Z2023-06-07T21:08:56Z2022-11-20Moretto, Fernanda Tourinho. O exercício da maternidade nas prisões brasileiras à luz do Habeas Corpus nº 143.641. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) - Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2022.https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/32742Introdução: O presente trabalho pretende fazer uma análise da concessão da ordem do Habeas Corpus nº 143.641, julgado pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, através da qual restou determinada a substituição da prisão preventiva de gestantes, puérperas e mães de crianças e deficientes, pela prisão domiciliar. Portanto, foi feita uma análise do Habeas Corpus como protetor do cidadão frente aos atos abusivos do Estado, suas principais características, e uma reflexão sobre o cabimento de sua modalidade coletiva, matéria que foi objeto preliminar do acórdão do STF. Em seguida, refletiu-se sobre a violação dos direitos da pessoa presa no Brasil, com especial enfoque às mulheres encarceradas. O trabalho se preocupou em analisar os efeitos na vida da criança quando o ambiente de sua primeira infância é a prisão. Em nome da dignidade da pessoa humana, dos direitos das mulheres e do melhor interesse da criança, à luz da Constituição Federal, do Estatuto da Criança e do Adolescente, do Marco Legal da Primeira Infância e do Código de Processo Penal, analisou-se o acórdão que julgou o Habeas Corpus nº 143.641, tratando, ainda, da importância do Supremo Tribunal Federal na defesa destes direitos, como instância máxima do Poder Judiciário. Objetivo: Analisar a situação das mulheres mães de crianças e deficientes, grávidas e puérperas na condição de presas provisórias e o porquê de a substituição para a prisão domiciliar ser benéfica também à criança envolvida. Material e Métodos: Método dialético: através a leitura de obras doutrinárias e análise jurisprudencial, foram realizados fichamentos para a melhor seleção de conceitos que embasaram o estudo. A base teórica foi composta por doutrinas de Direito Constitucional e da Dignidade da Pessoa Humana, com menção às obras que trataram sobre a execução penal no Brasil e o Estado de Coisas Inconstitucional. Foram consultados relatórios do SISDEPEN, ferramenta de coleta de dados do sistema penitenciário brasileiro fornecida pelo Governo Federal; Relatório elaborado pelo Núcleo Especializado em Situação Carcerária da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, tratando sobre “Inspeções em presídios durante a pandemia da Covid-19”; Relatório final da CPI do Sistema Carcerário. Resultado: Foi possível constatar que as prisões brasileiras configuram um estado párea, porquanto aparentam estar totalmente à margem de qualquer legislação. 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