O tempo que nos resta: estudos Kamaiurá

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Faggiano, Daniel Lopes
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
Texto Completo: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/3589
Resumo: In our transition process to the production and reproduction of capital mode through a colonial via, we plated a particular colonial capitalism in the tropics. Colonial, since it develops itself in atrophy, not completely, keeping and reinforcing Brazil as an subaltern bond of the imperialism. Considering the particularity of each author, I remark the works of Caio Prado Jr., Francisco Oliveira, Florestan Fernandes, José Chasin, Octavio Ianni e Maurício Tragtenberg as fundamentals in the marxist formulation of the Brazilian thoughts. The current work starts from The Brazilian March to West, searching our historical particularity. Moved by a late industrialization of the country, the myth of development takes violently all Brazilian people to be submitted to this cause, while the profits pass to be concentrated, even more, in the hands of farmers, national and international dealers. The domination of value of change by the value of use, contradictory present in the products of capitalist civilization, together with the transformation of lands to capital- private property, reaches the limits of Parque Indígena do Xingu (MT) and, slowly, charmingly penetrates the daily life of the aldeias. Considering the studies made since 1965 by the anthropologist Carmen Junqueira, this work intends to critically analyze the arriving of the goods with its values and of the capital-social relation in the aldeia Kamaiurá from Ipavu, analyzing the way the sociability of capital breaks up the existing collectivity, besides pointing out the arrangements and adjustments made by the Kamaiurá when facing the destructive process of our colonial capitalism. This work, contemporary to the capital s crisis era, searches to confront the Brazilian reality without loosing its human horizon, ontological. At last, it defends that the Kamaiurá s way of life, anchored in the collective element of their land, may be put, humanly, against the capital and open, consciously, free paths among the rubble of the amplified production and reproduction of life under the capital
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The current work starts from The Brazilian March to West, searching our historical particularity. Moved by a late industrialization of the country, the myth of development takes violently all Brazilian people to be submitted to this cause, while the profits pass to be concentrated, even more, in the hands of farmers, national and international dealers. The domination of value of change by the value of use, contradictory present in the products of capitalist civilization, together with the transformation of lands to capital- private property, reaches the limits of Parque Indígena do Xingu (MT) and, slowly, charmingly penetrates the daily life of the aldeias. Considering the studies made since 1965 by the anthropologist Carmen Junqueira, this work intends to critically analyze the arriving of the goods with its values and of the capital-social relation in the aldeia Kamaiurá from Ipavu, analyzing the way the sociability of capital breaks up the existing collectivity, besides pointing out the arrangements and adjustments made by the Kamaiurá when facing the destructive process of our colonial capitalism. This work, contemporary to the capital s crisis era, searches to confront the Brazilian reality without loosing its human horizon, ontological. At last, it defends that the Kamaiurá s way of life, anchored in the collective element of their land, may be put, humanly, against the capital and open, consciously, free paths among the rubble of the amplified production and reproduction of life under the capitalEm nosso processo de transição ao modo de produção e reprodução do capital através de uma via colonial, forjamos um capitalismo particular nos trópicos. Colonial, sim, pois se desenvolve de maneira atrófica, de modo incompleto, perpetuando e acentuando o Brasil como elo subalterno do imperialismo. Sem apagar as particularidades de cada autor, destaco os estudos de Caio Prado Jr., Francisco Oliveira, Florestan Fernandes, José Chasin, Octavio Ianni e Maurício Tragtenberg como essenciais na formulação marxista do pensamento brasileiro. O presente estudo parte da Marcha para o Oeste brasileiro, buscando adentrar na particularidade histórica brasileira. Impulsionado pela industrialização hiper-tardia do país, o mito do desenvolvimento alça violentamente todo povo brasileiro aos mandos desta causa, enquanto o lucro passa a ser concentrado, ainda mais, nas mãos de fazendeiros e empresários, nacionais ou internacionais. A dominação do valor de troca pelo valor de uso, presente contraditoriamente nas mercadorias da civilização capitalista, junto com a transformação da terra em capital-propriedade privada, chega aos limites do Parque Indígena do Xingu (MT) e, aos poucos, penetra sedutoramente no cotidiano das aldeias. Com base nos estudos realizados desde 1965 pela antropóloga Carmen Junqueira, esta obra pretende analisar criticamente a chegada de mercadorias com seus valores e do capital-relação social na aldeia Kamaiurá de Ipavu, analisando de que modo a sociabilidade do capital fragmenta a coletividade ali existente, além de apontar os arranjos e rearranjos Kamaiurá em frente ao processo desestruturante de nosso capitalismo de extração colonial. Este trabalho, contemporâneo aos tempos de crise do capital em todo globo, procura enfrentar a realidade brasileira sem perder seu horizonte humano societário, ontológico. Por fim, defende-se que o modo de exteriorização da vida Kamaiurá, ancorado no elemento coletivo de suas terras, possa se colocar, humanamente, frente ao capital e abrir, de maneira consciente, caminhos livres por entre os escombros do modo de produção e reprodução ampliada da vida sob o capitalConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológicoapplication/pdfhttp://tede2.pucsp.br/tede/retrieve/12133/Daniel%20Lopes%20Faggiano.pdf.jpgporPontifícia Universidade Católica de São PauloPrograma de Estudos Pós-Graduados em Ciências SociaisPUC-SPBRCiências SociaisImperialismoCapitalismo colonialMarcha para OesteKamaiuráSuperação do capitalImperialismsColonial capitalismMarch to WestKamaiuráCapital overcomeCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADASO tempo que nos resta: estudos KamaiuráThe remaining timeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPinstname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)instacron:PUC_SPTEXTDaniel Lopes Faggiano.pdf.txtDaniel Lopes Faggiano.pdf.txtExtracted texttext/plain318188https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/3589/3/Daniel%20Lopes%20Faggiano.pdf.txt1242c4bb068dfbe5299d4d64ad9bf275MD53ORIGINALDaniel Lopes Faggiano.pdfapplication/pdf5844871https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/3589/1/Daniel%20Lopes%20Faggiano.pdf78e8a18987a4c12c0dc4afc6d143acf6MD51THUMBNAILDaniel Lopes Faggiano.pdf.jpgDaniel Lopes Faggiano.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2916https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/3589/2/Daniel%20Lopes%20Faggiano.pdf.jpg20a230facfd6129a22c832af5c5b0a8aMD52handle/35892022-04-28 18:25:17.986oai:repositorio.pucsp.br:handle/3589Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://sapientia.pucsp.br/https://sapientia.pucsp.br/oai/requestbngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.bropendoar:2022-04-28T21:25:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)false
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