“Senhora, não quero ser mais uma laranja”: uma crítica à “ressocialização” realizada no Sistema Carcerário Feminino de São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP |
Texto Completo: | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/28184 |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivo investigar como é a real “ressocialização” oferecida pelo Estado no sistema carcerário feminino de São Paulo. O problema de pesquisa foi elaborado através da vivência pessoal da pesquisadora quando em contato com o sistema prisional feminino do Estado de São Paulo. A pesquisa possui caráter qualitativo e se desenvolve a partir da análise crítica da conversação, que foi realizada com uma mulher egressa do sistema prisional de São Paulo. A análise dos resultados foi realizada através da ferramenta de Núcleos de Significação e dos pressupostos da Psicologia Social. Ainda, foi utilizado como parâmetro jurídico de análise a Lei Nº 7.210 de Execução Penal onde estão explicitados os objetivos da pena e os níveis de assistência ao preso e ao egresso do sistema penal. Os resultados demonstraram um cenário que vai contrário à “ressocialização” proposta pelo Estado como garantia do cumprimento da pena, demonstrando um ambiente onde os direitos garantidos por Lei são violados e que coloca a mulher em uma situação de extrema vulnerabilidade, muitas vezes maior do que a que estava antes de ingressar no sistema carcerário. Ao final, conclui-se que a “ressocialização” é uma ferramenta de garantia de ordem social, pois acaba devolvendo a mulher para o mesmo lugar que ocupava antes de ingressar no sistema penal, o de incluída à margem da sociedade |
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