Uma discussão acerca da terapia assistida por animais como ferramenta à terapia comportamental em clientes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista

• Autor(a) principal: Silva, Ana Carla Gonçalves
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/28273
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Análise do comportamento; Terapia assistida por animais; Transtorno do Espectro Autista

O presente trabalho teve por objetivo analisar as possíveis compatibilidades e incompatibilidades entre as características da Terapia Assistida por Animais (TAA), relatadas por autores que defendem a recurso a animais como ferramenta terapêutica e o modo como a abordagem analítico-comportamental explica e atua com crianças diagnosticadas com transtornos do espectro autista (TEA). Foram apresentados conceitos da análise do comportamento que dão fundamento às propostas de procedimentos terapêuticos, bem como as principais ideias a respeito da relação do homem com outros animais e os argumentos em defesa da utilização destes últimos no ambiente terapêutico. O livro Os animais em nossa vida: família, comunidade e ambientes terapêuticos, publicado em 2013, foi selecionado como objeto de análise da pesquisa. A partir da leitura do livro na íntegra, foram selecionados para análise oito dos treze capítulos, a partir de três critérios: a) apresentar características e propostas da TAA que pudessem ser analisadas à luz de conceitos da análise do comportamento e/ou de procedimentos propostos pela terapia comportamental; b) referir-se a clientes diagnosticados com TEA; c) expor as mudanças que o animal, como um estímulo no ambiente, provoca no comportamento humano. Foi elaborada uma planilha em que trechos do livro foram transcritos de modo a identificar aspectos em que o recurso a animais em situação terapêutica é compatível com a proposta comportamental e aspectos em que são incompatíveis. Os resultados indicaram como características concordantes a defesa de um ambiente terapêutico não aversivo, a função evocadora e reforçadora de estímulos no ambiente terapêutico; os aspectos discordantes, referiam-se à forma como certos profissionais lidam com o recurso a animais na terapia. Concluiu-se que o terapeuta comportamental pode recorrer a animais em sua prática com clientes diagnosticados com transtorno do espectro autista, sempre tomando os devidos cuidados práticos e teóricos, seguindo os rigores que a atuação exige