Ecoendoscopia Digestiva na Prática Clínica Parte I: Aspectos Técnicos e Utilidade na Avaliação da Parede Gastrointestinal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-81782011000100005 |
Resumo: | A ecoendoscopia (EE) é uma das técnicas endoscópicas mais desafiantes e de comprovada validade clínica na actualidade, tendo revolucionado, nas duas últimas décadas, o espectro clínico da gastrenterologia e da patologia oncológica em particular. A aprendizagem desta moderna tecnologia é demorada e laboriosa exigindo conhecimentos específicos sobre a física e artefactos dos ultra-sons, bem como de anatomia humana. Centrada na correlação das características ultra-sonográficas dos diferentes tecidos com as estruturas anatómicas, tem por objectivo conseguir a identificação estratificada da parede digestiva e dos orgãos adjacentes, segundo uma perspectiva tomográfica. A necessidade de imprimir delicados movimentos à extremidade do aparelho a par de pormenorizados e imprescindíveis conhecimentos de anatomia ultra-sonográfica, exigem especial habilidade técnica. O papel que ocupa na abordagem das neoplasias do aparelho digestivo ou da patologia benigna e maligna pancreatobiliar, veio confirmar a razão histórica da sua implementação, tendo em conta o seu comprovado rendimento clínico. Ao permitir uma minuciosa observação ultra-sonográfica das diferentes camadas da parede digestiva, com demonstrada correspondência histológica, acrescentou uma nova metodologia e capacidade na investigação complementar sem se sobrepor a outros métodos de imagem, como a tomografia computorizada ou a ressonância magnética nuclear. A possibilidade de aspiração ou injecção com agulha fina de estruturas intra e extraluminais, sob orientação da EE em tempo real, tem vindo a ampliar as suas potencialidades, quer no âmbito do diagnóstico quer das aplicações terapêuticas. O desenvolvimento progressivo desta técnica, com capacidades crescentes, levou a que fosse aplicada, também, ao estudo de patologia em órgãos extra-digestivos, como é o caso do pulmão mediastino e, mais recentemente, de orgãos genitais externos. Esta primeira parte, de uma sequência de artigos de revisão sobre ecoendoscopia, pretende abordar os aspectos relacionados com o equipamento utilizado, as principais indicações e os achados ultra-sonográficos das alterações da parede gastrointestinal. |
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