Avaliação dos riscos psicossociais em instituições particulares de solidariedade social (IPSS) da Região do Algarve

• Autor(a) principal: Lázaro, Elisa Guerreiro
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/19075
• topic: Copenhagen psychosocial questionnaire (COPSOQ); Instituição particular de solidariedade social (IPSS); Fatores de risco psicossociais; Segurança e saúde no trabalho; Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e Tecnologias

De acordo com a União Europeia, os riscos psicossociais relacionados com o trabalho são uma forte ameaça para a saúde e segurança dos trabalhadores, e a literatura científica atual indica que profissões ligadas ao setor da saúde são mais sensíveis à ocorrência desses riscos. Esta investigação, quantitativa e transversal, pretendeu avaliar os fatores de risco psicossociais presentes em Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) da região do Algarve e analisar se a perceção dos mesmos varia em função das características sociodemográficas e socioprofissionais dos participantes. A amostragem não probabilística (n = 216) foi constituída por diferentes profissões onde a mais comum foi ajudante de ação direta (32.4%); a média de idades foi 42 anos (M=42.18; DP=11.55) e a maioria pertencia ao sexo feminino (89%). As habilitações literárias mais prevalentes foram: licenciatura (24%), Ensino Secundário (22%) e 3º ciclo (21%). A recolha de dados ocorreu on-line pela utilização de um protocolo de investigação constituído por um questionário sociodemográfico e pela versão curta do Copenhagen Psychosocial Questionnaire-II (COPSOQ-II). Na análise dos dados foram realizados testes de diferença de médias, t-student (t) e ANOVA (F) para observar se havia diferenças entre os fatores de risco psicossociais propostos pelo COPSOQ-II e as características da amostra. Concluiu-se que os fatores de risco psicossociais que mais colocam os trabalhadores numa situação de risco para a saúde são as exigências cognitivas e emocionais. A perceção dos riscos psicossociais varia em função das habilitações literárias, exercício de funções de chefia e número de horas trabalhadas semanalmente. Por outro lado, os riscos psicossociais revelaram-se mais comuns na classe de trabalhadores que desempenhava funções de chefia. A implementação de melhorias psicossociais nos processos e práticas organizacionais são fortemente recomendadas, com vista a evitar consequências negativas de maior na vida dos trabalhadores em causa e evitar assim o declínio dos serviços.