Instalação de leguminosas anuais de ressementeira natural como cobertos vegetais em olivais de sequeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, M.A.
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Pires, Jaime, Claro, Ana Marília, Ferreira, Isabel Q., Barbosa, José Carlos, Arrobas, Margarida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/8782
Resumo: A introdução de cobertos vegetais à base de leguminosas anuais de ressementeira natural em olival de sequeiro apresenta-se como uma forma aparentemente sustentável de gerir o solo, reduzindo o risco de erosão e promovendo a sua fertilidade. Contudo, como na grande maioria dos olivais tradicionais não existem presentemente animais em pastoreio, a persistência dos cobertos, nestes casos, tem de ser conseguida exclusivamente através do corte. Num ensaio de campo que decorre em Suçães, Mirandela, foram semeadas, separadamente e em mistura, onze espécies/cultivares de leguminosas pratenses de precocidade variável. Foi registada a percentagem de emergência, o grau de cobertura do solo, a evolução fenológica e a produção de matéria seca e o azoto contido na biomassa aérea. As percentagens de emergência, desde Outubro de 2009 a Fevereiro de 2011, ultrapassaram 40% para Ornithopus sativus cv. Margurita, Trifolium subterraneum cvs. Dalkeith, Denmark, Nungarin e O. sativus cv, Erica. A emergência de Biserrula pelecinus cv. Mauro foi apenas de 7%. O contributo das leguminosas semeadas para o grau de cobertura do solo em 30 de Março de 2010 variou de 1% em Mauro a 81% em T. subterraneum cv. Seaton Park. Em 13 de Maio, o contributo das leguminosas semeadas para o grau de cobertura era muito elevado, excluindo Mauro, aproximando-se de 100% nos talhões de Seaton Park (100%), T. michelianum cv. Frontier (97%), T. resupinatum L. cv. Prolific (97%), Denmark (97%) e Erica (96%). Nungarin, O. compressus cv. Charano, e Dalkeith foram as mais precoces à maturação. As espécies/cultivares mais precoces produziram menos matéria seca (MS) e acumularam menor quantidade de azoto (N) na biomassa aérea. T. incarnatum cv. Contea produziu 7788 kg MS ha-1 e acumulou 167 kg N ha-1. Nungarin produziu 3924 kg MS ha-1 e acumulou 53 kg N ha-1. Os primeiros resultados indicam que os cobertos vegetais de leguminosas anuais de ressementeira natural fornecem uma boa proteção ao solo desde o primeiro ano de instalação e que as espécies/cultivares mais precoces são mais promissoras para introduzir em olivais de sequeiro por competirem menos pelos recursos hídricos, apesar de produzirem menos biomassa e fixarem menos azoto atmosférico.
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