Instalação de um coberto vegetal de leguminosas anuais de ressementeira em olival adulto

• Autor(a) principal: Moredo, Nuno José Fernandes
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/26252
• topic: Olea europaea L.; Trifolium subterraneum L.; Gestão de cobertos vegetais; Mobilização; Leguminosas anuais de ressementeira; Domínio/Área Científica::Ciências Agrárias::Agricultura, Silvicultura e Pescas

Em olivicultura a gestão do solo por intermédio de herbicidas, mobilização, corte ou pastoreio é um fator muito importante no controlo da erosão hídrica dos solos e da competição pela água, luz e nutrientes. Sistemas que garantam uma boa cobertura da superfície do solo, como é o caso dos cobertos vegetais, são, neste momento, uma opção válida na generalidade dos olivais pois, protegem o solo da erosão, incrementam a matéria orgânica no solo, devido ao sequestro de carbono e aumentam a capacidade de retenção de água. Se forem utilizados cobertos de leguminosas anuais de ressementeira natural, para além do efeito reforçado do sequestro de carbono, devido à maior produção de biomassa, acresce o aumento da disponibilidade de azoto com consequências muito positivas para a fertilidade do solo e para o desenvolvimento das culturas. As espécies e variedades mais aconselhadas e o sucesso na instalação de cobertos vegetais de leguminosas anuais de ressementeira dependem de variáveis agroecológicas diversas, como o clima local, a fertilidade do solo, o cultivo em sequeiro ou em regadio e o volume da copa da cultura perene e o grau de cobertura que confere ao solo. O estudo a seguir apresentado teve como objetivo principal testar uma mistura de trevos subterrâneos de ciclo curto em um olival instalado num solo de boa fertilidade, cultivado em sequeiro e com árvores adultas que fornecem uma ampla cobertura do solo. Avalia-se a capacidade de instalação do coberto no primeiro ano, o grau de cobertura, produção de biomassa e o azoto acumulado e também o seu efeito no estado nutricional das árvores e na fertilidade do solo. Os resultados mostraram um bom poder de germinação das cultivares de trevo subterrâneo, Dalkeith e Campeda, usadas neste estudo. Mostraram também que as plantas semeadas rapidamente dominaram o coberto. Neste estudo ficou também presente que o tratamento com trevos produziu mais biomassa. Ficou também demonstrado que o tratamento com trevos alberga uma maior concentração de nutrientes nos tecidos, consegue obter melhores resultados na capacidade de recuperar nutrientes o que mais tarde terá efeitos benéficos para as oliveiras e para o solo.